Grunge: Top 50 melhores álbuns pela Revista Rolling Stone - nº 27
27) Banda: BABES IN TOYLAND
Disco: "Spanking Machine" (1º álbum, 1990)
Antes de bandas como BABES IN TOYLAND, L7 e HOLE, existia um grupo chamado SUGAR BABYDOLL do cenário pré-grunge na cidade de San Francisco, California, estrelando a futura baixista do L7, Jennifer Finch, a futura vocalista do BABES IN TOYLAND, Kat Bjelland, e Courtney Love, a lendária inimiga de Bjelland, cujo relacionamento com Love vagamente recordou os enredos de algumas canções do BABES IN TOYLAND.
Bjelland estava "tentando fugir de Courtney", como ela mesma afirmou numa entrevista em 2015, então, ela fugiu para a cidade de Minneapolis, casa do grupo THE REPLACEMENTS, para fundar a sua banda de punk rock, BABES IN TOYLAND, com a baterista Lori Barbero e a baixista Michelle Leon.
O 1º single, a canção "Dust Cake Boy", disparou como um cometa no circuito universitário de rádio. Mais parecendo que Bjelland estava esfregando uma faca com manteiga nas cordas de sua guitarra, ela rabiscou riffs como mensagens de resgate em frenético desvario.
Gravado em Seattle pelo lendário produtor Jack Endino (que já tinha produzido até ali o NIRVANA e MUDHONEY, citando somente estes dois), o disco "Spanking Machine" do BABES IN TOYLAND foi um casamento perfeito entre o punk crocante do meio-oeste americano com o mal-estar de Seattle (lembrando que este já é o segundo disco do BABES IN TOYLAND incluído aqui nesta lista).
Já a seção rítmica da banda, Barbero e Leon se mudaram da discoteca barulhenta na música “Swamp Pussy” para o groove barulhento da canção “He's My Thing” - e Barbero "quebra" a sua personagem na bateria da música “Dogg”.
Durante todo o tempo, os versos de Bjelland atravessaram os recantos obscuros de sua mente, onde as águias ousavam e a maioria dos homens temiam em pisar.
Em sua autobiografia de 2016, "Live Inside", a baixista Leon escreveu: "Os jornalistas continuavam nos perguntando se éramos mulheres revoltadas. Sempre achamos que é outra coisa estúpida de dizer, como denominar as bandas femininas da época como foxcore ou grunge, então, aprendemos a dizer 'não'. Descobri que o riot grrrl foi um movimento todo sobre o feminismo, política e ativismo da época, mas nós não somos todas 'inteligentes' e 'motivadas' dessa forma... Somos apenas mais uma banda de punk rock”
"Dust Cake Boy"
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