Durante a conversa, Corgan deu uma ideia do que esperar dos próximos shows da turnê, dizendo que não tem planos de apaziguar os fãs tocando as músicas mais famosas do SMASHING PUMPKINS todas as noites.
“Eu não toco nenhuma música que não queira tocar. Não me importa se são clássicas ou não”, disse o vocalista/guitarrista do SMASHING PUMPKINS. “Se eu não quero tocar tal música, simplesmente não toco. Eu não coloco isso para o público de uma forma como: ‘Ok, eu tenho que tocar esta canção para vocês’".
Em vez disso, Corgan explicou que prefere incorporar algumas músicas menos conhecidas nos shows, na esperança de que não apenas sejam mais interessantes para os fãs devotos, mas também inspirem os novos ouvintes a mergulhar em seu catálogo.
“Essa é a melhor maneira de dizer isso: o melhor show pra mim, seria... Digamos que você é um fã que realmente se concentra principalmente nas músicas mais antigas. Você chega ao show e ouve aquelas músicas antigas e pensa: ‘Nossa, elas soam ótimas, a banda soa ótima e a voz dele ainda está lá’, ou seja, você se sente bem com sua decisão de ir ao show”.
“Mas então, você pode ouvir 05, 06 ou 07 outras canções e se pegar pensando: 'Não conheço essas'. Depois do show, você começa a procurar essas músicas e diz: 'Oh, essa é um lado-b profundo de 1996. Eu não conhecia e é muito interessante'".
Corgan continuou: “E então, outra pessoa faz a mesma descoberta sobre as nossas músicas novas, mas pensando que eram canções antigas. Sabe, não estou falando sobre causar confusão, estou falando sobre fazer a pessoa ficar curiosa sobre isso”.
Corgan voltou a concentrar-se em seus comentários, dizendo que os músicos não podem “viver no passado” apenas repetindo as suas músicas mais conhecidas nos shows, adicionando que isso levaria inevitavelmente à queda de qualquer ato.
“Isso vem de uma coisa boa, que é que as pessoas realmente amam sua música, entende o que eu quero dizer? Não é uma coisa ruim que as pessoas queiram ouvir as músicas das antigas que amam, mas você não pode viver no passado. É a morte de qualquer artista”.
SMASHING PUMPKINS está vindo em turnê desde 2022 e no meio de sua corrida lançaram seu último álbum de estúdio, "Atum" (11º disco, 2023), a ópera rock de 03 discos com 33 músicas ao total. Lançado em 03 atos (2022/2023), se trata da trilogia final que iniciou nos álbuns conceituais "Mellon Collie and The Infinite Sadness" (3º disco, 1995) e "Machina The Machines of God" (5º disco, 2000).
Somente agora que o SMASHING PUMPKINS está desembarcando na Europa.
Para finalizar, Corgan explicou que está perplexo com o fato das pessoas reclamarem de bandas e artistas que lançam álbuns longos, e disse que enfrentou um problema semelhante com o disco "Atum".
Conforme resenha que a revista britânica New Music Express havia feito sobre o álbum "Atum" - recebendo 04 estrelas em um total de 05: "No que diz respeito a álbuns, ‘Atum' é um trabalho ambicioso e exige muito do seu público, mas também há muito aqui para agradar qualquer fã obstinado do SMASHING PUMPKINS”.