Smashing Pumpkins: como as bandas lidavam com os jornalistas nos anos 90?

Billy Corgan, frontman do SMASHING PUMPKINS, foi entrevistado pelo programa de rádio Secrets of Sire e falou sobre lidar com jornalistas irritantes na década de 90.

"Eu sei que isso parece estranho, mas infelizmente para nós, como uma banda, crescemos numa bolha em Chicago (cidade natal). Embora seja uma cidade importante nos anos 90, ela havia sido desconectada dos negócios da música, sabe? Então, não conhecíamos ninguém em New York ou em Los Angeles - e não quero me referir apenas a pessoas no negócio da música - mas estou falando sobre aquele sujeito ‘legal’ do Jornal Village Voice de New York e coisas do tipo”.

“Quando nos apresentamos nos corredores internacionais do mainstream – Los Angeles, New York, Londres, Tóquio - éramos literalmente aliens no meio da mídia. Nós éramos de outro planeta que estávamos tocando um estilo de música que os críticos e jornalistas não entendiam, e não respeitavam os nossos recursos e influências. O fato de que estávamos citando bandas como LED ZEPPELIN, BLACK SABBATH, UFO, CHEAP TRICK e 7 SECONDS, estava além da palidez dos críticos. Não estávamos querendo controlar as ‘caixas’ certas para entrarmos numa lista legal, para os jornalistas ficarem falando: ‘É isso aí! Vocês tem a influência certa!’"

"Naquela época todos falavam: ‘Ah, eu amo a banda SONIC YOUTH’. Era a resposta padrão que você obtinha, sabe? Era o que você dizia a um crítico de música para que ele soubesse que você era legal, porque nós ofendíamos os jornalistas por termos entrado imediatamente e sem ter pedido licença nesse estranho mundo do entretenimento. Nós dizíamos a eles: 'Bem, quem é você e o que você está fazendo aqui? Por que você está querendo aparecer em nossa preciosa cena?’. É claro que você viu este mesmo stress e compromissos acontecendo com o NIRVANA, PEARL JAM, NINE INCH NAILS, HOLE e outras bandas. Todas passaram por esta situação e cada grupo teve a sua visão específica sobre isso".