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Chico Science & Nação Zumbi: Mangue, a cena

* PARTE 03/07

Em 1994 a banda CHICO SCIENCE & NAÇÃO ZUMBI havia lançado o seu 1º álbum de estúdio, "Da Lama ao Caos". E no encarte do livrinho que vem junto neste álbum, é descrita algumas curiosidades e interessantes tópicos levantados pelos caranguejos com cérebro.

Nesta 3ª parte de notificações, segue logo abaixo o conceito da cena mangue que está exemplificado no livrinho desse disco:

Emergência! Um choque rápido ou a cidade de Recife/PB morrerá de infarto! Não é preciso ser médico para saber que a maneira mais simples de parar o coração de um sujeito é obstruir as suas veias. O modo mais rápido também de enfartar e esvaziar a alma de uma cidade como Recife, é matar os seus rios e aterrar os seus estuários. O que fazer para não afundar na depressão crônica que paralisa os cidadãos? Como devolver o ânimo, deslobotomizar e recarregar as baterias da cidade? Simples! Basta injetar um pouco de energia na lama e estimular o que ainda resta de fertilidade nas veias de Recife.

Em meados de 1991, começou a ser gerado e articulado em vários pontos da cidade um núcleo de pesquisa e produção de ideias musicais. O objetivo era engendrar um circuito energético, capaz de conectar as boas vibrações dos mangues com a rede mundial de circulação dos concertos musicais, sendo que a imagem símbolo seria 01 antena parabólica enfiada na lama.

Os mangueboys e as manguegirls são indivíduos interessados em quadrinhos, TV interativa, anti-psiquiatria, Bezerra da Silva, hip hop, midiotia, artismo, música de rua, John Coltrane, acaso, sexo não virtual, conflitos étnicos e todos os avanços da química aplicada no terreno da alteração e expansão da consciência.

Confira o 3º single do álbum “Da Lama ao Caos”, a música “A Praieira”:

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