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by Brunelson

Smashing Pumpkins: por que eles devem se reunir em 2018?


Smashing Pumpkins

Vamos encarar os fatos. No clima musical atual, cada vez menos novas bandas alternativas surgem no meio do caminho e que realmente lhe cativam ao seu verdadeiro núcleo, sendo que há muita coisa em jogo que podemos apontar para alguns fatores determinantes.

Por um lado, a indústria da música está muito longe do que era e somente no auge da década de 90 era onde (também) brotavam sinceras bandas, quando mais parecia que o próximo grande grupo ou um novo álbum surgia quase que semanalmente.

Eram pequenos intervalos de atenção, sob um fluxo de demanda incessante numa variedade de mídias e estilos de banda. Sem dúvida, todos desempenharam um papel fundamental para aquela época de ouro, mas seja o que for, desde o século atual o rock está plastificado e artificial (salvo algumas exceções).

O que precisamos desesperadamente mais do que qualquer coisa agora no mundo do rock e na música alternativa é um grande espetáculo. Algo para virar as coisas de cabeça para baixo e voltar à atenção para a glória da música rock.

Precisamos de um campeão. Precisamos de um herói! Atualmente, mais do que tudo, precisamos da volta da formação original do SMASHING PUMPKINS.

Não me interpretem mal, mas Billy Corgan (frontman) tem sido um dos nomes mais prolíficos do rock na última década. Desde 2007, quando o SMASHING PUMPKINS retornou do seu hiato (separado desde 2000), eles explodiram novamente à cena com o seu 6º álbum de estúdio e o mais pesado de toda a sua discografia, “Zeitgeist”, com somente Corgan e o baterista Jimmy Chamberlin como membros originais.

Em 2009, Chamberlin pediu para sair da banda amigavelmente e com um elenco rotativo de músicos em diferentes graus de aclamação da crítica, o SMASHING PUMPKINS lançou mais 02 discos, “Oceania” (2012) e “Monuments to an Elegy” (2014). Lembrando que mesmo assim, estes 02 últimos álbuns também foram aclamados pela crítica especializada e obtiveram algumas das análises mais fortes e positivas desde os discos lançados nos anos 90. Foi uma boa corrida de retorno para o SMASHING PUMPKINS e se você pesquisar a opinião da maioria das bandas deste século, elas assinaram embaixo quanto a qualidade dessa última trinca.

Corgan não precisa – e nunca fez – ceder a nada perante aos críticos. Qualquer um com metade de uma boa orelha atesta que o homem é um dos maiores compositores de sua geração, mas há algo sobre este fascínio de banda original semeada pelos fãs que o catapulta para outro nível. Mesmo que o grande Jimmy Chamberlin - e na minha medíocre opinião, um dos melhores bateristas do rock de todos os tempos – tenha estado na banda destruindo a bateria como um gorila do rock’n roll quando retornaram do seu hiato, ainda era apenas 50% da formação clássica.

Lembrando que Chamberlin retornou à banda em 2015!

Chegou a hora de Billy Corgan, Jimmy Chamberlin, James Iha (guitarrista) e D'arcy Wretzky (baixista) deixarem para trás as suas desavenças e de uma vez por todas dar aos fãs o que tanto desejam: uma reunião completa! As sementes de uma reunião parecem terem sido plantadas com o guitarrista James Iha fazendo 03 aparições nos palcos em shows da banda no ano de 2016.

O próprio Corgan até alimentou fogo com comentários de que as relações deturpadas entre os membros da banda eram agora uma coisa do passado. Sobreviventes do grunge como o PEARL JAM, ALICE IN CHAINS e o STONE TEMPLE PILOTS (até recentemente o SOUNDGARDEN também), eles conseguiram manter vivo o sonho do rock alternativo, com o FOO FIGHTERS, RADIOHEAD e o QUEENS OF THE STONE AGE também assumindo o posto.

Ou seja, não há melhor momento para que isso aconteça com o SMASHING PUMPKINS.

Abrindo um parênteses agora (desabafo): queria tanto que Chris Cornell estivesse entre nós para encorpar a turma citada acima, mas infelizmente ele levou consigo ao túmulo o SOUNDGARDEN, AUDIOSLAVE, TEMPLE OF THE DOG e os lampejos que o MAD SEASON estava novamente fornecendo...

SMASHING PUMPKINS eram mágicos. Eles ainda ressoam nas rádios alternativas mundo afora e se eu ganhasse R$ 1,00 por cada vez que as clássicas músicas “1979”, “Today” ou “Zero” foram tocadas na rádio, eu conseguiria comprar muitos presentes para o Natal (citei somente 03 canções, ok?) Os 03 primeiros álbuns da banda são clássicos do rock alternativo – e por quê não do grunge também? Eles são obrigatórios para os fãs do gênero e da música em geral.

Mesmo reconhecido na história do rock, o SMASHING PUMPKINS não experimentou a mesma explosão e choque cultural que o NIRVANA proporcionou na época e que será relevante até o fim dos tempos – não concorda sobre o NIRVANA? Pergunte a Paul McCartney como um beatle foi parar no line-up da banda então?

Voltando ao tema acima, darei o fato também de que eles não receberam na mesma proporção aquela enxurrada de holofotes e flechadas da mídia do ponto de vista social a la PEARL JAM e NIRVANA. Mas quem se importa? O negócio é e sempre deve ser sobre a música, ponto final! Os seus álbuns foram paixões súbitas que pescaram cada adolescente que viveu essa última explosão na história do rock que foi os anos 90.

E sobre a sua personalidade? Corgan era um louco controlador? Talvez, por mais que flutuem informações de que ele gravou todas as linhas de guitarra e baixo nos 02 primeiros discos, mas alguém fala mal de Dave Grohl? Dave foi louvado por ter gravado todos os instrumentos no álbum de estréia do FOO FIGHTERS, certo? E por acaso foi infame por sua atitude e manipulação na gravação da bateria em seu 2º disco?

De novo sobre Corgan: as suas ações foram mal-intencionadas? Duvidoso... O cara começou a criar algumas das canções rock mais viciantes e reconhecidas instantaneamente do seu tempo - e ele conseguiu! Toda banda possui um capitão, assim como qualquer time esportivo, e Corgan fez o que ele achou certo para a banda e a prova está na história. Com o benefício do retrospecto, Billy Corgan de 2017 não é o mesmo Billy Corgan de 1997 – assim como nem os outros membros são as mesmas pessoas que eram há 20 anos atrás. O tempo cura todas as feridas e o SMASHING PUMPKINS ainda tem a chance de proporcionar tanta alegria, ousadia e um som estridente para a faceta do rock, que os fãs e os seus mentores iriam agradecer por mais esse fôlego para o rock’n roll.

Então, vamos plantar mais 01 rock no mapa, porque essas músicas significam muito para tanta gente... Elas são muito boas para não serem mais tocadas pelos seus criadores originais.

Nada é garantido e o amanhã não é exceção - não existe tempo real como o presente. Então, vamos dar aos fãs do rock o que eles realmente querem: a reunião original do SMASHING PUMPKINS para 2018!

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