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by Brunelson

Ramones: a resenha do álbum "Mondo Bizarro"


Ramones

A biografia dos RAMONES, “Hey Ho Let’s Go: A História dos Ramones”, escrita pelo jornalista musical inglês, Everett True, foi lançada originalmente em 2002. Este jornalista era da revista Melody Maker e foi a mesma pessoa que "descobriu" o grunge em 1989 e mostrou à imprensa britânica, antes ainda do gênero explodir no mainstream em 1991.


Portanto, segue logo abaixo um trecho desse livro onde é destacado o 12º álbum de estúdio dos RAMONES, “Mondo Bizarro”, e que havia sido lançado em 1992:




Em 29 de Dezembro/1991, os RAMONES tocaram em um show no Hotel Ritz, New York, quando mostraram músicas do seu novo álbum que ainda seria gravado, “Mondo Bizarro” (12º disco - sem ninguém perceber que poderia, e foi, o penúltimo álbum de inéditas do grupo).


A banda vinha trabalhando em material novo desde 1990. Marky Ramone (baterista, que depois da saída do baixista Dee Dee Ramone em 1989, passou a contribuir com as composições, apesar das dúvidas no começo sobre a sua habilidade) tinha um trabalho em andamento que era uma música chamada, “Rat Race”, enquanto Joey Ramone (vocalista) tinha escrito a canção, “There’s Gotta be More to Life Than This”, deprimido pelo que ele chamava de: “O Natal mais miserável da minha vida”.


Nenhuma dessas 02 músicas viram a luz do dia, mas o 1º disco de estúdio dos RAMONES em 03 anos – o maior tempo sem lançamentos entre álbuns de estúdio – foi gravado a partir de Janeiro/1992, com equipamento analógico nos estúdios Magic Shop e no Baby Monster, ambos na cidade de New York.


Este disco ficou bem acima das expectativas geradas por muitas pessoas...


Ed Stasium estava de volta (agora como produtor, antes como engenheiro de som no 2º e no 3º álbum e produzindo junto com Tommy Ramone o 4º e o 8º álbum do grupo). “Eu tinha me mudado para Los Angeles em 1989”, Stasium recorda, “e lá os vi pela 1ª vez com CJ Ramone no baixo. Eu estava impressionado pela energia revigorada, porque eles estavam ajustados, muito bons, tocando o melhor que eu já tinha visto e então, disse ao empresário deles que eu queria produzir o próximo disco. Naquela época, eu estava por cima por conta do meu trabalho com as bandas THE SMITHEREENS e com o LIVING COLOUR, então, eles me aceitaram novamente. Tentei fazer um disco dos RAMONES com a cara dos anos 90”.


Johnny Ramone (guitarrista) queria chamar o álbum de “Condemned to Live” – obviamente, o guitarrista ainda tinha algum senso de humor – ou de “Mondo Deprovado” - mas essa pronúncia foi considerada difícil para os americanos.


Dee Dee Ramone (ex-baixista, membro original do grupo) poderia ter saído da banda, mas continuava contribuindo com grandes músicas – ele tem 03 composições com Daniel Rey nesse disco (guitarrista de estúdio e grande amigo dos "bro"): o liricamente triste single do álbum, a canção “Poison Heart”, a música inspirada “Main Man” e a canção desesperada “Strength to Endure”. As 02 últimas foram cantadas por CJ – a sua voz era boa, mas com certeza não era a de Joey.


“Não importava quem cantava”, CJ explica, “porque eram grandes músicas!”


"A canção 'Strength to Endure' é sobre viver a vida nos termos da vida”, Dee Dee disse para a revista Boston Rock. “Nós somos responsáveis frente à nova geração, sabe? Outro dia, eu vi um anúncio do METALLICA que mostrava a palavra ‘alcoólica’ escrita nele. Eu não acho legal”, ele afirmou, soando como os seus pais, “bandas encorajarem as pessoas a beber”.


“Eu acho que todos nós temos um ‘tempo’, sabe?”, Marky falou para uma revista alemã. “Talvez, por causa de um relacionamento, talvez por causa da morte de alguém ou por alguma questão pessoal, é quando é preciso força para resistir - e isso tem um gosto amargo. Dee Dee precisou dessa força quando decidiu deixar os RAMONES em 1989”.


Ainda havia rancor... Dee Dee declarou que os RAMONES estavam se recusando a paga-lo até que ele assinasse um papel abrindo mão de todos os direitos sob o nome Dee Dee Ramone - mais tarde, ele escreveu em seu livro, “Coração Envenenado”, que foi forçado pelo empresário a vender os direitos de publicação das suas músicas em “Mondo Bizarro”, em troca de alguns poucos milhares de dólares para que pudesse contratar um advogado para tira-lo da cadeia (a prisão aconteceu em um ponto de venda de drogas em Washington).


Seja qual for a verdade, a canção “Poison Heart” é de longe a melhor música que os RAMONES gravaram nos anos 90: a voz de Joey está clara e emocionada em frases, como: “Eu só quero caminhar para fora desse mundo / Porque todo mundo tem um coração envenenado”, com a guitarra gritando em contraponto melódico.


“Gravamos o álbum em uma sala pequena e barata em New York”, disse Stasium, “e mixamos em East Hill. Daniel Rey escreveu algumas músicas e tocou um pouco de guitarra – ele estava sempre por perto”. Daniel, de fato, escreveu algumas músicas - as 03 já citadas com Dee Dee e mais 02 canções com Joey, são elas: “Tomorrow She Goes Away” (uma tradicional música rock'n roll dos RAMONES, simpática e poderosa) e a obviamente auto-plagiada canção, “Heidi is a Headcase” (mais uma indicação da crescente auto-paródia dos "bro").


E não poderia faltar o cover tradicional de cada álbum. “Eu estava em uma loja de roupas um dia”, Johnny disse, “e ouvi a música do THE DOORS chamada, ‘Take it as it Comes’, vinda de um gravador e pensei que seria uma boa música para os RAMONES. Normalmente, eu não gosto do jeito como fazemos os covers em nossos discos, mas esse ficou bom”.


Há ainda a versão grunge dos RAMONES com solo de guitarra para a brincadeira diferente de Joey, que foi a música “Cabbies on Crack” – uma canção verídica inspirada em uma infernal corrida de táxi por um motorista louco de crack..., corrida de táxi!? Cruzes! Os RAMONES estavam sem contato com os seus fãs...


Tão autorreferente como a canção “Heidi is a Headcase”, não há nada tão ruim como a última música do álbum, o cover da canção “Rock’n Roll High School” (música dos RAMONES, lançada no 5º álbum) – me desculpem, a canção “Touring”. Com certeza, é uma barulhenta música no estilo: “Vamos lá! Todos cantando juntos!”, sendo um tributo às canções-festa ao estilo dos anos 60 dos BEACH BOYS e intermináveis versos sobre a rede de hotéis chamada Holiday Inns – mas também foi escrita 14 anos antes, vocês sabiam disso? Esta música chega a roubar frases inteiras de canções como, “Rockaway Beach” (dos RAMONES, lançada no 3º álbum) e “California Girls” (dos BEACH BOYS), e estranhamente ela é tão desavergonhada em seu auto-plágio que quase funciona. Joey canta alegremente sobre uma base de guitarras surf music em doces harmonias de gola olímpica, falando: “Bem, nós estivemos em Londres e estivemos em Los Angeles / Espanha, Nova Zelândia e nos EUA”.


Não é de se surpreender, então, que a banda tenha originalmente feito uma demo dessa música em 1981, pela época da gravação do álbum “Pleasant Dreams” (6º disco) - era um refugo dos RAMONES ganhando vida nova. Outra demo gravada nessa mesma época foi a música “I Can’t Get You Out of My Mind”, revivida no álbum “Brain Drain” em 1989 (11º disco). Pelo visto, os RAMONES acreditavam em reciclagens.


As guitarras nas canções, “The Job That Ate My Brain” e “Anxiety”, ambas da parceria Marky/Skinny Bones (também parceiro dos "bro"), parecem suspeitosamente terem saído do 3º álbum da banda BUZZCOCKS – certo, mas outro sinal da esterilidade artística dos "bro" que talvez explicasse os seus "roubos". Antes, tudo isso já era parte do som dos RAMONES.


A música mais interessante de “Mondo Bizarro” é a canção que abre o disco, “Censorshit”. Em Setembro/1991, os RAMONES escreveram um artigo para a revista Musician, detalhando a sua oposição ao movimento que liderava a censura à indústria de discos por meio da colocação de adesivos nos álbuns lançados, alertando aos pais e responsáveis sobre conteúdos ofensivos. Os RAMONES escreveram nesse artigo: “Adolescentes querem ouvir música e faz parte do crescimento experimentar coisas diferentes. Não se pode tirar isso deles. A garotada gosta de rock’n roll, baseball, Burger King e de ir aos shows... Eles não querem que a repressão comece a acontecer aqui, porque assim é como começa. Certas liberdades são tiradas e então, tem-se a revolta”.


O grupo já havia lançado uma música política que havia causado controvérsias na época, que foi a canção “Bonzo Goes to Bitburg” (lançado no 9º álbum, em 1986), no entanto, a música “Censorshit” é muito mais direta e odiosa, dando conta de sua mensagem utilizando o velho humor dos RAMONES. A letra diz com Joey destilando: “Ah, Tipper, vamos lá! / Você não está entendendo?” A melodia é RAMONES puro – brava e motivada com uma grande bateria. É uma pena que a letra – que de tão boa daria um belo artigo de jornal – esteja somente exposta em versos de canção, no entanto, era um sinal bem-vindo de que ainda havia paixão no punk velho de guerra.


CJ, como fã dos RAMONES – e também mais em sintonia com o que engrandecia a banda do que os outros membros – achou a experiência de gravar “Mondo Bizarro” difícil: “Eu não estou me desfazendo das habilidades de Ed Stasium, porque ele é ótimo trabalhando com elas. Ele fez o que queria e ele os fez soarem mainstream, mas eu preferia o meu rock mais de garagem, sabe? A gravação desse disco soa meio sebosa”.


A capa do álbum é outra produção de George Dubose (fotógrafo da banda). Os 04 foram fotografados em efeito "mylar" para parecerem como se estivessem se dissolvendo em um espelho retorcido. Dubose apresentou a ideia, depois de se inspirar no trabalho do fotógrafo Ira Cohen – que prestou serviços à banda SPIRIT no seu álbum lançado em 1970.


“Em 1970, a minha namorada havia me mostrado o disco da banda SPIRIT com a capa em efeito 'mylar'”, disse Dubose. “Lembro de ter ficado impressionado pelas imagens derretendo, então, comecei a experimentar essa fórmula... Você pode vê-la na capa do 1º álbum da banda B-52’s também”.


Quando os RAMONES contataram Dubose, ele mostrou a Johnny, CJ e Marky, o conceito dessa arte e eles gostaram. “Eu tive que negociar com Joey”, lembra Dubose. “Ele raramente aparecia nos ensaios. Telefonei um dia e ele me disse: ‘George, você pode fazer o design da capa do nosso disco, mas eu quero usar aquele fotógrafo que faz aquelas imagens derretidas’. Perguntei se ele estava falando de Ira Cohen e lhe disse que eu também vinha fotografando assim desde 1970. Joey estava preocupado que, se eu usasse a técnica na capa do álbum, Ira Cohen iria pensar que tinha me dado a ideia. Então, promovemos uma reunião com Ira. Ele era um senhor de 70 anos, mal-humorado e nos mostrando as suas fotos de JANIS JOPLIN e de JIMI HENDRIX que ele havia tirado... Assim, mostrei a ele as minhas fotos e ele ficou um pouco mais simpático. Perguntei-lhe: ‘O que eu posso fazer para deixa-lo feliz?’ Ira Cohen me respondeu: ‘Que tal se eu aparecesse na sessão de fotos, fumasse um baseado e lhe desse a minha benção?’ Monte Melnick (gerente de turnê da banda) não permitia baseados, então, em vez do baseado, me ofereci para comprar 01 das suas fotos de JIMI HENDRIX e Joey comprou 01 também. Dei a ele um grande crédito no encarte do álbum, assim todos saberiam de quem eu estava copiando”.


A reação da mídia ao disco “Mondo Bizarro”, quando foi lançado em Setembro/1992, foi cautelosamente otimista.


“Pode não ser o melhor álbum dos RAMONES de todos os tempos”, a revista Orlando Sentinel escreveu, “mas é certamente o melhor dos últimos tempos” (era, na verdade, o 1º disco dos últimos tempos. Nos 03 anos entre 1976 e 1979, no começo da carreira, eles lançaram 04 álbuns de estúdio, 01 álbum ao vivo e compuseram o lado A de uma trilha sonora).


“Eles eram o BUDDY HOLLY da nossa geração”, declarou Lemmy Kilmister (vocalista/baixista do MOTORHEAD). “O que dizer agora? São as mesmas pessoas em jeans diferentes”.


Da Escócia veio o comentário: “Não são músicos de verdade”, o crítico Peter Easton explicou em uma resenha do jornal Glasgow Herald, sobre o show em Dezembro/1992 na capital escocesa - ecoando críticas de outros tempos. A revista Melody Maker rebateu: “Isso sim é uma performance”.


O roteiro da banda para 1992 (América do Norte em Janeiro, Europa em Março e Maio) foi interrompido por alguns pequenos acidentes. Joey estava parecendo cada vez mais frágil (ele realmente tinha uma saúde debilitada) e tinha que ir ao hospital para fazer uma cirurgia a laser por causa de um buraco em sua retina – e CJ teve um acidente de moto em um rally em Long Island, New York, onde quebrou o punho. Este último incidente aconteceu entre 02 festivais: na Finlândia (19/06) e na Alemanha (27/06).


“Eu estava com uma dor excruciante!”, CJ relembra, “então, eles trouxeram alguém do hospital para me dar uma injeção na axila. O problema foi que eles injetaram demais e a minha mão ficou morta. Eu sequer conseguia mantê-la no braço do baixo para tocar, sendo que alguém da plateia ainda soltou um sinalizador que acabou acertando a minha mesma mão, piorando a situação ainda mais! Bem nessa hora, uma barreira onde a multidão estava foi rompida e o show teve que ser suspenso, graças a Deus...”


O ferimento de CJ resultou no adiamento de uma turnê pela Espanha que a banda ainda iria fazer...


Em Agosto/1992, a banda retornou à América do Sul, desta vez tocando também no Chile e no México, além de outros países de praxe. “Foi uma loucura!”, recorda CJ. “Fãs totalmente maníacos, furiosos e selvagens. No México, vê-se a verdadeira pobreza, mas os garotos são loucos por rock”.


“Quando passamos pelos detectores de metal num aeroporto na Argentina”, Joey se lembra, “os guardas nos pararam, apenas para pegar os nossos autógrafos”. Durante os 05 dias em que a banda ficou no Hotel Panamerica, em Buenos Aires, 500 fãs acamparam do lado de fora. Em cenas que pareciam saídas de um documentário dos BEATLES, fãs agarraram Johnny e começaram a puxar os seus cabelos. Mais tarde em um estúdio de TV, formou-se um tumulto entre fãs e policiais: “Eles arrebentaram as portas, janelas e o saguão ficou coberto de estilhaços de vidro”, disse Joey.


No caminho de volta em outra entrevista concedida, fãs bloquearam um caminhão no meio da rua para forçarem os RAMONES a parar.


Justamente antes da turnê na América do Sul, Samuel Bayer dirigiu o vídeo clipe da música “Poison Heart”, na estação de bombeamento de um reservatório de água no Central Park, New York – Bayer era mais bem conhecido como o homem responsável pelo vídeo clipe da canção, “Smells Like Teen Spirit”, do NIRVANA.


Mas a mágica comercial não se repetiu - pelo menos para os críticos - mesmo a música indo muito bem nas paradas...


Johnny recebeu o fracasso (vindo dos críticos) com a sua graça usual: “Medíocre é o NIRVANA, o rap é impronunciável e o rock’n roll pode estar morto... Tem dias em que me sinto em outro mundo”.


Outros lugares em que os RAMONES fizeram shows em 1992 foram na Ásia (Setembro) e uma turnê de 02 meses nos EUA (com a banda SOCIAL DISTORTION abrindo para eles), incluindo 03 noites no Hollywood Palladium. Mais datas na Europa se seguiram em Dezembro, com o grupo TERRORVISION como banda de abertura. O baixista dessa banda, Leigh Marklew, relatou: “Os RAMONES nos disseram 01 vez para abaixar o volume de uma música que estávamos escutando em nosso camarim, além de não nos deixarem fazer passagem de som enquanto estavam almoçando. Mas não houve incidentes, você me entende? Eles também tiveram uma discussão entre eles quando 01 deles mijou no banheiro e não puxou a descarga... As nossas ilusões foram por água abaixo, sabe? CJ era legal, mas não era nenhum Dee Dee. Talvez Dee Dee fosse o ramone rock’n roll”.


Em 1993, os RAMONES seguiram normalmente em mais 01 turnê mundial para dar seguimento a divulgação do disco "Mondo Bizarro" - até a hora de entrarem em estúdio novamente para gravarem o seu 13º álbum.


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“É música clássica para as futuras gerações. Bandas como os BEACH BOYS e os RAMONES, as pessoas irão ouvi-los daqui a 100 anos e falarão sobre eles como falamos sobre BEETHOVEN. Pode soar ridículo agora, mas será assim no futuro” (Captain Sensible, vocalista/guitarrista do THE DAMNED).


“Eles geraram a maior parte do punk rock no final dos anos 70. Este era o modelo para todas as bandas na época: poucos acordes, sem solos e com letras muito estúpidas. Eles inspiraram muitos iletrados a começarem uma banda e se tornaram grandes, muito maiores que a banda DICTATORS ou qualquer um de seus pares. Eles foram os que disseram a todos os idiotas que era legal estar em uma banda de rock. Antes disso, os membros de bandas de rock eram para pessoas ricas e modelos, mas eles trouxeram o rock de volta ao que costumava ser, no tempo em que era cru e agressivo. Isso fez com que milhares de jovens os imitassem pegando uma guitarra, aprendendo 01 acorde e sendo os primeiros a mergulhar do palco” (Don Fleming, produtor musical e vocalista/guitarrista de algumas bandas, entre elas, GUMBALL).


“O legado dos RAMONES é vasto. Dá para vê-lo fluindo no speed metal e no hardcore - hoje, conseguimos reconhecer isso. Certamente afirmo que o hardcore, o movimento independente das meninas de Seattle e região, Riot Grrrl, e a banda SLEATER KINNEY, não teriam acontecido sem os RAMONES. O NIRVANA sem os RAMONES não teria sido possível, mesmo com as influências do BLACK SABBATH e LED ZEPPELIN” (Donna Gaines, escritora, socióloga e assistente social).


“Além do usual, eles deram a muita gente o direito de tentar, mesmo não sendo músicos perfeitos. Os RAMONES fizeram com que muitas bandas se dessem ao direito de ser como eram, sem medo” (Janis Schacht, relações-públicas da 1ª gravadora dos RAMONES, Sire Records, e que acompanhou a banda até o seu 11º álbum em 1989).


“Os RAMONES provavelmente foram mais influentes que qualquer outra banda na história. Aqui estamos 25 anos depois e ainda há bandas tentando tocar como eles... Os BEATLES são muito influentes, sem eles não teria havido os RAMONES, mas 25 anos depois, você não vai a um clube em New York ouvir uma banda como os BEATLES. Cada banda de heavy metal, mesmo as bandas de rap e cada banda hardcore, foram muito influenciadas pelo punk rock e os RAMONES puseram isso no mapa. É incrível como uma banda que nunca teve um sucesso de rádio ou 01 disco de ouro, tenha se tornada a mais influente na história do rock! O punk rock se recusa a morrer” (John Holmstrom, editor da revista Punk e ilustrador de capas).


“Os RAMONES influenciaram todo mundo! Até mesmo a banda U2” (Rodney Bingenheimer, famoso DJ de rádio em Los Angeles).


“Existem 05 ou 10 bandas de toda a era do rock que tiveram uma influência massiva e os RAMONES estão entre elas. A Inglaterra é conhecida por produzir grandes bandas: BEATLES, ROLLING STONES, THE WHO, THE CLASH, THE SMITHS e por aí vai – enquanto que os EUA são conhecidos pelos seus artistas solo: BRUCE SPRINGSTEEN, JIMI HENDRIX, PATTI SMITH... Isso faz sentido, porque a história nos EUA é sobre o culto ao indivíduo, então, quem são as grandes bandas americanas? Você conta os BEACH BOYS ou os consideram um glorioso projeto solo de seu frontman, Brian Wilson? Os RAMONES são o topo de uma pequena lista de grandes bandas americanas que inclui o VELVET UNDERGROUND, THE DOORS, SONIC YOUTH, NIRVANA e talvez, THE BYRDS e o FUNKADELIC” (Slim Moon, fundador do selo musical independente, Kill Rock Stars)


“Cada taxista em New York irá mencionar os RAMONES. Talvez ainda mais, mundialmente também... Eu estava no Brasil fazendo check-in num hotel, quando uma pessoa me pediu um autógrafo! Fiquei espantado com isso... No Japão, Espanha e na Alemanha, os RAMONES é uma linguagem universal! Já encontrei gente que aprendeu inglês usando os RAMONES. É simples, repetitivo e você pode cantar junto. É uma ferramenta de aprendizado” (Daniel Rey, guitarrista de estúdio da banda e grande amigo).


Track-list:


1- Censorshit

2- The Job That Ate My Brain

3- Poison Heart

4- Anxiety

5- Strength to Endure

6- It's Gonna be Alright

7- Take it as it Comes

8- Main Man

9- Tomorrow She Goes Away

10- I Won't Let it Happen

11- Cabbies on Crack

12- Heidi is a Headcase

13- Touring

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