Dave Grohl: falando sobre o divórcio dos seus pais na sua infância

Em entrevista para a revista GQ, Dave Grohl se abriu sobre o divórcio dos seus pais e a tensão gerada com o seu pai. Os pais de Grohl se divorciaram quando ele era muito jovem, muito parecido com o colega de banda do NIRVANA, Kurt Cobain.

Os pais de Grohl se divorciaram quando ele tinha 6 anos, enquanto que Cobain tinha 7 anos quando os seus pais se divorciaram.

Quando o mesmo jornalista havia perguntado recentemente ao frontman do QUEENS OF THE STONE AGE, Josh Homme (amigo há anos de Grohl), o que faz Dave ser uma pessoa tão cheia de energia e tão cheia desse zelo otimista, Josh havia respondido: “Bem, você sabe, há uma escuridão lá em Dave, porque ele teve um relacionamento difícil com o seu pai, então, pode ser uma possível razão para Dave ser o Dave Grohl que conhecemos".

Grohl falou, sentado em sua suíte de hotel: "Os meus pais se divorciaram quando eu era jovem e o meu pai desistiu de tudo quando eu tinha 06 anos. Eu acho que as coisas não estavam dando certo em casa e ele foi fazer o trabalho dele na capital Washington, sendo que eu fiquei morando com a minha mãe na cidade de Virgínia".

Jim Grohl (foto acima), pai de Dave, morreu em Agosto/2014. Ele era jornalista, começando como repórter em Michigan para o jornal Niles Daily Times e indo trabalhar no jornal Painesville Telegraph - antes de servir ao exército nos anos 60. Depois, ele acabou trabalhando como redator de discursos republicanos na Casa Branca e também foi um grande flautista.

Grohl continuou, rindo: "Você pode imaginar que tivemos as nossas diferenças. Ele estava na Casa Branca enquanto que o seu filho estava sentado no quarto, usando um travesseiro como uma caixa de bateria e ouvindo death metal. Numa certa hora, ele me tirou da escola comunitária que frequentava e me mandou para uma escola católica para tentar resolver as minhas dificuldades. Nós não éramos religiosos e isso me confundiu na época, sabe? Me enfureceu na hora".

As palestras de Jim Grohl foram memoráveis: “Elas foram épicas, quero dizer, um redator de discursos republicano, você consegue imaginar o texto? Ele fazia com que toda a nossa família praticasse exercícios de articulação..."

"Tipo, nos era dado um assunto e então você tinha que falar sobre aquela coisa específica, por exemplo: uma cadeira, a capital da Espanha, qualquer coisa".

"Por 04 minutos a gente tinha que falar e sem titubear nenhuma parte do discurso. Não poderia ter 'hmmms' ou 'mas...', sem hesitação, sabe? E foi uma lição valiosa, porque me fez pensar em tons medidos de discurso... Se você não percebeu, eu não tenho problema em me levantar na frente de 150.000 pessoas e conversar com elas. Eu nunca fico sem palavras”.