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by Brunelson

Rage Against The Machine: "procurava emular sons de aspirador de pó, rinoceronte e liquidificad


Rage Against The Machine

O guitarrista do RAGE AGAINST THE MACHINE, AUDIOSLAVE e PROPHETS OF RAGE, Tom Morello, foi recentemente entrevistado por uma rádio inglesa. Seguem alguns trechos:


Radialista: Como você se sentiu quando o RAGE AGAINST THE MACHINE alcançou o ranking nº 01 de Natal no Reino Unido em 2019?


Morello: Foi um exemplo espetacular do poder popular. Enquanto a banda tinha muito pouco a ver com a merda do X-Factor, foi um movimento dos fãs que fez acontecer (reality show musical, que todo ano tinha um artista do programa no ranking nº1 de Natal no Reino Unido, sendo que o apresentador do programa havia tirado um sarro do RAGE AGAINST THE MACHINE naquele ano, fazendo com que a banda relançasse o single de 1992, a canção 'Killing in The Name', e se tornando nº1 em pleno Natal de 2019). O show subsequente onde nos apresentamos no Finsbury Park, Londres, foi a melhor noite na história do RAGE AGAINST THE MACHINE e vou me lembrar dela para sempre.



Radialista: Quão complicado foi fazer esses sons de guitarra em 1991/1992? A tecnologia tornou isso mais fácil agora?


Morello: Quando decidi que era o DJ do RAGE AGAINST THE MACHINE, comecei a praticar de uma maneira não tradicional. Eu tentava recriar sons do meu ambiente, tipo, de aspiradores de pó a helicópteros, viajando em sons de zoológico, porque não havia som que fosse descartado em fornecer inspiração. Ao tentar polir o som de um liquidificador ou de um rinoceronte, isso me fez pensar na guitarra de uma maneira muito diferente.


Morello: A guitarra elétrica é um instrumento relativamente novo no planeta e consiste apenas num pedaço de madeira, 06 cordas e alguns componentes eletrônicos que podem ser manipulados em uma infinidade de maneiras, para criar material tonal que pode ser o bloco de construção das músicas de uma maneira não muito tradicional. Eu ignorei toda essa nova tecnologia e continuo contando com os mesmos sujos pedais de efeitos que tinha em 1992, junto com a minha imaginação e teimosia inata de criatividade.


Morello: Em todos os álbuns do RAGE AGAINST THE MACHINE fizemos questão em deixar anotado nos créditos: "Todos os sons foram feitos por guitarra, baixo e bateria", porque você pode confundir os ruídos curiosos com a amostragem, o sequenciamento ou o arranhamento de DJs. Tem sido um emblema de orgulho continuar a tradição de procurar sons não tradicionais para fazer um rock'n roll incrível.

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