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by Brunelson

Grunge: Top 50 melhores álbuns pela Revista Rolling Stone - nº 25


Melvins


25) Banda: MELVINS

Disco: "Bullhead" (3º álbum, 1991)


É impossível creditar uma única banda a inventar a assinatura do grunge, mas muitas das estrelas do gênero citam o MELVINS como um dos primeiros senhores do pacífico do Noroeste (Seattle e região).


"MELVINS deixou de ser a banda mais rápida da cidade para ser a banda mais lenta da cidade", disse Kim Thayil, guitarrista do SOUNDGARDEN, numa entrevista para a revista Guitar World. “Foi um movimento bastante surpreendente e corajoso. Todo mundo estava tentando ser punk rock ou uma espécie de dano artístico, mas o MELVINS decidiu ser a banda mais pesada do mundo”.


O álbum "Bullhead" foi onde o trio reivindicou esse título. Embora os seus discos anteriores tivessem embalado listas de trilhas com explosões rápidas, este 3º álbum da banda os encontrou se alongando, recuando e flertando com o metal convencional, enquanto também mostrava o quão inclinado o grunge realmente era.


A música que abre o disco, “Boris”, é essencialmente um percurso de 08 minutos e meio de olhar fixo, transformando riffs imponentes num minimalismo indutor de transe hipnótica, enquanto canções como “Anaconda” e “Zodiac” se contorcem e rumam em direção ao deslumbrante clímax próprio.


Por toda parte, o ataque contundente e preciso do baterista Dale Crover (o mesmo que "quebrava o galho" para o NIRVANA e FECAL MATTER nos primeiros dias) e o briguento olhar do vocalista/guitarrista Buzz Osborne, assumem um poder quase ritualístico que parece estar totalmente distante não apenas do som de Seattle, mas do próprio rock.


Assim como o grunge estava prestes a se apresentar ao mainstream, MELVINS foi se aprofundando cada vez mais em seu próprio mundo sonoro.

"Anaconda"

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