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by Brunelson
Enquanto o grupo era um dos representantes do chamado "Big 4" pela mídia na época - com NIRVANA, PEARL JAM e SOUNDGARDEN completando o grunge de Seattle - o álbum “Dirt” marcou o momento em que Staley também se destacou em relação aos seus deveres de composição, anteriormente assumidos inteiramente pelo guitarrista Jerry Cantrell.
Numa certa hora da entrevista, o baterista Sean Kinney lembrou como 02 dos momentos mais icônicos do disco vieram das ideias relutantes do seu vocalista.
Seguem alguns trechos:
“Layne começou a tocar mais guitarra nessa época e ele tinha esses riffs... Eu não sei se ele realmente queria usá-los com a banda, tipo, acho que ele estava pensando para alguma outra coisa, mas eu me lembro apenas de nós pensando em como aqueles riffs eram legais e querendo fazer música com eles. Foi assim e acabamos desenvolvendo estas canções e as lançamos no álbum 'Dirt'".
Jerry Cantrell acrescentou: “Layne se destacou como guitarrista e escreveu algumas músicas fantásticas na guitarra como 'Hate to Feel' e 'Angry Chair'. Eu amo estas canções e também adorei o fato dele ter pegado mais a guitarra... Me lembro que ele nos mostrou essas músicas e estava pensando em incluí-las em um disco por conta própria”.
Muitos suspeitam que Layne Staley tirou essas ideias de guitarra de Jerry Cantrell, já que Cantrell desde sempre é o principal compositor e letrista do ALICE IN CHAINS - mas que não foi o caso.
Cantrell continuou: “Ele era um grande fã do NINE INCH NAILS e do MINISTRY e de todo o movimento da música rock industrial. Essas eram as músicas que ele embolsava para ele e Layne as tocou para nós e todos nós ficamos, tipo: ‘Caralho! Isso é muito legal e devemos levar adiante'. E Layne relutantemente concordou e nós as trabalhamos e com toda a certeza se tornaram 02 músicas incríveis que se encaixam muito bem no álbum”.
Sobre a parceria de composição da dupla, Cantrell falou: “Trabalhávamos de uma forma muito interessante, principalmente liricamente e melodicamente. Do jeito que Layne e eu trabalhávamos juntos, tínhamos uma parceria muito boa. Nós realmente não falávamos muito sobre essas coisas, mas apenas preenchíamos a outra metade do que o outro não tinha. Como se eu estivesse preso em algum lugar ou não tivesse uma ideia e Layne sempre tinha uma, e se ele estava preso em algum lugar, eu sempre tinha uma ideia também”.
Cantrell acrescentou, citando outra música: “Foi uma coisa muito legal o que tivemos... Em uma canção em particular, 'Rain When I Die', eu tinha pronto uma ideia vocal muito forte e uma cadência para a música, e Layne também tinha a dele. Ele me mostrou a sua ideia e eu mostrei a minha, e a parte estranha disso foi onde eu escrevi as letras colocando os lugares para cantar nos espaços e tempo em que ele respirava, em comparação à versão que ele tinha criado para a música”.
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