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by Brunelson

Billy Corgan: frontman do Smashing Pumpkins compara a criação de discos na era pré e pós-Pro Tools


O frontman do SMASHING PUMPKINS, Billy Corgan, tinha sido entrevistado pelo jornalista Rick Beato e dentre vários assuntos, ele comparou a criação de discos na era pré e pós-Pro Tools, observando como as novas tecnologias tornam o processo muito mais fácil, em relação a gravação analógica e com rolos de fita.


Porém, em era digital e cibernética, fazer música é mais fácil do que costumava ser - para melhor ou para pior.

Os pontos positivos são fáceis de localizar, mas você não precisa ser um artista consumado para transmitir a sua visão hoje em dia. O outro lado do argumento pode ser resumido por uma frase que Corgan falou nessa entrevista: “Antes do Pro Tools, havia profissionais”.

Sempre ácido e sincero em suas opiniões e sendo alguém que planejou álbuns como “Gish” (1º disco, 1991) e “Siamese Dream” (2º disco, 1993) bem antes do Pro Tools estar disponível, Billy Corgan certamente não precisa confiar em tecnologias modernas para fazer boa música, mas ele admite que os benefícios são muitos para querer ignorar.

Questionado se ele poderia voltar para aquela mentalidade de gravação de 1992, Corgan respondeu:

“Para responder fielmente à sua pergunta, é difícil voltar a essa mentalidade. Em 1992, você tentaria gravar algo em uma tomada, mas praticamente não conseguiria, porque era muito trabalhoso. Era melhor apenas acertar uma boa tomada e depois tocar coisas boas em cima dela. Você estava totalmente comprometido com isso e tinha que realmente fazer para conseguir alguma coisa".

“Inconscientemente, agora, se você tentar fazer isso, estará pensando no fundo de sua mente: 'Bom, se eu errar, podemos consertar aqui, mover ali e etc', e quando você começar a fazer isso, pra mim acabou. É como o filtro do Instagram, certo? No minuto em que uso o filtro, é como: 'Oh, assim parece melhor!' Você não volta para a imagem real sem filtro, então, acho que essa é a dificuldade”. Corgan finalizou: “Mas certamente há músicas nossas, como ‘Jellybelly’ ou ‘Cherub Rock’, que você nunca poderia, em 01 milhão de anos, querer grava-las hoje da mesma forma que foram gravadas. Seria difícil, na vida moderna, fazer com que as pessoas se comprometessem a isso, me refiro a produtores, engenheiros de som, mixadores... Eles já se acostumaram com a forma Pro Tools". "Jellybelly" (3º disco, "Mellon Collie and The Infinite Sadness", 1995)


"Cherub Rock" (2º disco, "Siamese Dream", 1993)


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