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by Brunelson
Billy Corgan, frontman do SMASHING PUMPKINS, disse em recente entrevista que a Inteligência Artificial (IA) mudará a música para sempre: "Você acha que há muita música ruim sendo lançada agora? Apenas espere então..."
Sendo entrevistado pelo programa Zach Sang Show, Corgan, que é um músico ativo desde 1985 e que formaria o SMASHING PUMPKINS no final dos anos 80, começou explicando: “Uma vez que um jovem artista descobre que pode usar a IA para obter um sistema e escrever uma música melhor, eles não vão gastar 10 mil horas em um porão como eu fiz. Eles simplesmente não irão".
Quando perguntado se isto ainda resultará em “arte”, Corgan refletiu: “Em última análise, a arte é sobre discernimento. Alguém estava me contando outro dia sobre como a indústria da música resolve escolher um artista de rap para ficar famoso. Eles trazem todas essas pessoas diferentes para testes de audição e meio que escolhem o artista em questão mostrando vários tipos de batidas/levadas, mas querendo ver se o artista vai escolher e se sentir mais atraído pela batida que os executivos querem que seja escolhida”.
Ele comparou esse processo a uma mera forma primitiva de um músico usando IA como guia para o seu ofício: “Agora, vamos mudar isso para IA: ‘Hey, IA, me dê 50 batidas diferente’, veja, e mesmo assim, a pessoa não precisa realmente gostar ou obter um sentimento por isso, ok? ‘Hey, IA, me dê 50 batidas das 50 canções de rap mais famosas de todos os tempos. Ok, eu gostei da batida nº 37, é a batida que me inspira'”, falou Corgan de forma hipotética.
Ele acrescentou: “Mas essas pessoas estão roubando de outros artistas? Na verdade não, porque eu fiz a mesma coisa, mas a diferença é que eu fiz de forma analógica. Eu escutei 10 mil músicas e pensei: ‘Eu gosto dessa batida’, então, qual é a diferença?”
Corgan acrescentou que a sua própria abordagem de composição é baseada no discernimento do que vai de encontro com base nas descobertas de seus estudos musicais. Sendo assim, ele afirmou que a IA basicamente simplifica esse processo.
No entanto, ele destacou o problema potencial da simplificação excessiva do processo, resultando em um produto de qualidade inferior.
Ele concluiu: “O problema com isso é que, se você é um artista orgânico assim como eu, vai ser muito difícil competir com um monte de gente que não sabe escrever música, mas que apenas possui um bom discernimento, tipo, ela não sabe cantar, mas possui a ferramenta auto-tune em seu computador. Portanto, você acha que tem muita música ruim sendo lançada agora? Apenas espere então...”
A prol de quê? Sem contar quantas versões fake irão mais ainda causar poluição sonora do que já temos por aí na internet.
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