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by Brunelson

Bruce Springsteen: conversando sobre caminho mainstream com Eddie Vedder


No 2º episódio do programa online, Apple Music Hits sobre Bruce Springsteen, ele foi acompanhado por ninguém menos em entrevista por Eddie Vedder e Dave Grohl, para conversarem sobre o caminho a percorrer ao sucesso do mainstream, suas próprias carreiras e curiosidades.


Já publicamos 02 partes dessa conversa recentemente.



Seguem outros trechos deste bate-papo de Springsteen com Vedder:

Bruce Springsteen: Bom, eu decidi que para crescer, você tem que ser capaz de suportar a ansiedade do crescimento. O crescimento sempre traz consigo um tremendo conflito interno de ansiedade. É assim que funciona e então, eu decidi, e mal às vezes, que minha habilidade e a habilidade da minha banda de apoio e o tipo de banda que éramos, poderia não ser boa o suficiente. Claro, os nossos braços estavam abertos para quem estivesse interessado no que estávamos fazendo e me levou por um certo caminho para, eu acho, mais mainstream, se é assim que você quer chamar a vida profissional... E eu tive alguns grandes desentendimentos com o mainstream, obviamente com o disco "Born to Run" e depois com a música "Born in The USA", onde a coisa toda quadruplicou.


Era como: "Ok, isso já é bom o suficiente", e então, bum! Uma onda de um tamanho que você nem pode imaginar atinge você, mas naquela época eu tinha 34 anos e já havia passado por isso uma vez e era muito mais capaz de lidar com aquilo, embora fosse um desafio. Também saímos de uma cena com muitos colegas e bandas ao redor, tipo, não saímos de uma cena intensamente grande, mas que tinha muitas outras bandas do mesmo lugar, como se fosse uma cena local real, onde você teria que lidar com as opiniões de muitos dos seus colegas de outros grupos... Quero dizer, basicamente eu estava muito ansioso.


A banda achou que era a melhor coisa do mundo estarmos tendo sucesso e tudo, mas eu lidava com a ansiedade, sabe? E no final do dia, sempre me lembro, teve um momento em que eu poderia decidir se eu... Na época eu ia ser capa dessas duas revistas, Time e Newsweek, que para os nossos ouvintes do mainstream, eram as revistas que eles liam e acredite ou não, eram revistas numa época em que muita gente as liam. Eram o tipo de revista que não trazia artistas do rock em suas capas e eu tive a capacidade de decidir se faria essas entrevistas ou se aceitaria sair nas capas.


Eu queria ser um dos caras que dissesse: "Bom, eu posso ter um arrependimento aqui ou ali, ou talvez não, mas eu levei isso tão longe quanto os limites dos meus talentos, habilidades, sonhos, desejos, esperanças e dos meus medos, que me permitiram ser quem eu queria". E eu não me arrependo de fazer essas coisas...


Agora, do meu ponto de vista de quem assistiu tudo de fora, o resultado final era que você, Eddie, tinha o tipo de banda que simplesmente era uma banda grande e poderosa com um alcance que queria se estender a um público considerável. Quero dizer, era apenas a natureza da sua música. Não sei se você se sente assim ou não, mas é assim que parecia do meu ponto de vista.

Eddie Vedder: Não éramos tão seguros em nosso... Sim, pensei que se as pessoas gostassem do nosso 1º disco ou daquele lote de músicas, porque, realmente, houve muita atenção somente com o primeiro álbum e nem tínhamos gravado ainda o 2º disco. Eu só queria fazer o próximo álbum e ter o próximo álbum cada vez melhor e eu estava, tipo: “Se você gosta disso, então, acho que temos ainda mais para que possamos melhorar”. Sim, eu só queria fazer mais discos.

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