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by Brunelson
Não há como negar que Chris Cornell nasceu para cantar músicas rock. Desde a formação do SOUNDGARDEN em 1984, os gritos agudos de Cornell têm deixado a sua marca em gerações de vocalistas do rock'n roll, desde os reinos do metal até mesmo em artistas na cena pop.
No que diz respeito a Cornell, os parâmetros de gêneros não precisam ser aplicados quando se fala de boa música.
Cornell se arriscou cantando as canções mais desafiadoras que qualquer artista poderia reunir ao longo de sua carreira. Embora a sua inspiração mais clara tendesse a ser de um Robert Plant do LED ZEPPELIN, Cornell era conhecido por estourar o seu talento melódico em cima de estruturas musicais do SOUNDGARDEN totalmente estranhas e em contratempos, para torna-las acessíveis ao público mainstream.
Ele sempre prosperou ao criar músicas para o SOUNDGARDEN, TEMPLE OF THE DOG e AUDIOSLAVE. Ao longo do seu trabalho em todas essas bandas e em carreira solo, Cornell era conhecido por flexibilizar tanto o lado reservado quanto o intenso de sua performance vocal, desde o lamento na canção "Hunger Strike" do TEMPLE OF THE DOG, partindo para o lado agressivo e pesado na música "Outshined" do SOUNDGARDEN, chegando até a coragem comovente e vulnerável na canção "Like a Stone" do AUDIOSLAVE.
Por outro lado, Cornell provavelmente não imaginaria que um dia uma lenda da música pegaria uma música sua e a transformaria.
Nos anos 90, enquanto o SOUNDGARDEN rapidamente se transformava em uma das maiores bandas de rock do mundo, Johnny Cash estava no meio de um renascimento de carreira. Graças à ajuda do lendário produtor Rick Rubin, Cash começou a incorporar influências modernas em sua forma de tocar, apresentando covers no estilo country tradicional, mas de bandas como NINE INCH NAILS e DEPECHE MODE.
Entre outras, uma escolhida foi a canção "Rusty Cage" do SOUNDGARDEN. Enquanto o grunge original se beneficiava com algumas das mudanças de compasso mais selvagens de sua era, Cash mantém o ritmo levemente saltado, brincando com a melodia vocal para se adequar ao seu sotaque intimidante.
No início da conversa com Cash, Cornell disse que sentiu uma presença espiritual em torno de Cash, dizendo uma vez em entrevista: “Johnny Cash fazendo um cover de uma música que eu escrevi, é definitivamente um destaque na minha carreira. Quando finalmente o conheci, foi como se estivesse conversando com Deus e Jesus ao mesmo tempo”.
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