Courtney Love: quando escolheu seus 03 discos grunge preferidos
Courtney Love foi uma das pessoas que dividiram fortes opiniões no mundo do rock em sua história.
Ela fez algumas afirmações que a colocaram em maus lençóis ao longo dos anos, mas desde que Love começou a dividir as atenções com seu marido, Kurt Cobain, ela tem sido considerada pela mídia e boa parte do público como a Yoko Ono dos anos 90.
Sendo assim, quase nunca se fala de Love como musicista liderando sua banda, HOLE, mas mesmo assim como uma das lendas do grunge, ela possui um firme entendimento do que fez o gênero funcionar em primeiro lugar.
Onde Love estava, tudo se resumia primeiramente às sensibilidades do punk rock. Apesar de toda a postura que as bandas aspirantes ao grunge queriam ter, o espírito central por trás de cada música era sua autenticidade, que veio de anos e anos ouvindo punk rock, além do heavy metal e hard rock.
Ao escolher os melhores discos grunge da década de 80 e 90, Love teve uma conexão especial com o álbum "Superfuzz Bigmuff" do MUDHONEY (1º EP, 1988). Enquanto o grunge deveria ser um pouco sujo do ponto de vista da produção, o frontman do MUDHONEY, Mark Arm, não dava a mínima para não tentar soar como uma banda de rock profissional.
Embora uma música como "Touch Me I'm Sick" soe absolutamente crua do ponto de vista sonoro, pode ser um dos maiores indicadores do que o grunge realmente era, ou seja, apenas um bando de adolescentes em sua garagem fazendo a música mais selvagem que podiam, enquanto a chuva caía sem parar na nebulosa e cinzenta Seattle.
E difícil seria Love ignorar a banda de seu falecido marido. Ignorando o fato de que Cobain era o líder do NIRVANA, as outras 02 escolhas de Love para seus álbuns grunge favoritos incluem "Nevermind" (2º disco, 1991) e "In Utero" (4º trabalho de estúdio, 1993). Esses álbuns foram a declaração de missão não intencional de onde as bandas de rock poderiam ir na esfera do rock alternativo da época e além.
Mais ainda para o disco "In Utero", que não foi muito amigável às rádios, onde ouvimos Cobain atacando a imprensa e ainda tentando encontrar algum tipo de paz através de sua música - o que se tornaria seu testamento final. É apenas um dos muitos exemplos de um ícone cultural lembrando a todos que Cobain e o NIRVANA eram seres humanos normais com defeitos e problemas emocionais como qualquer outra pessoa.
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