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by Brunelson
O 2º álbum de estúdio da banda CREAM, "Disraeli Gears", é um clássico indiscutível.
Amplamente aclamado como uma encarnação sonora do ponto em que o rock despiu a sua pele aberta do blues através da experimentação de drogas alucinógenas e junto com a influência da contracultura, tornou-se em rock psicodélico - além de ser um ponto essencial no desenvolvimento da música alternativa.
Claro, o blues ainda existia, mas foi aumentado e melhorado mais ainda no perfil do CREAM.
Lançado em 1º de novembro de 1967, o álbum foi um sucesso. Ele apresenta algumas das músicas mais amadas do 1º supergrupo na história do rock, incluindo as canções "Strange Brew" e "Sunshine of Your Love".
Pode-se imaginar como teria sido ouvir esse disco quando foi lançado pela primeira vez...
Cada membro do grupo - Jack Bruce (vocalista/baixista), Eric Clapton (vocalista/guitarrista) e Ginger Baker (baterista) - eram virtuosos por direito próprio e por meio dos seus compromissos com a progressão que tinham em relação aos seus respectivos instrumentos, eles criaram algo esotérico e sedutor.
É também revelador quando pensamos em bandas do rock psicodélico, pensamos primeiro no CREAM, ao invés dos BEATLES ou JEFFERSON AIRPLANE.
CREAM capturou todas as características essenciais da psicodelia no disco "Disraeli Gears" e é por isso que perdurou. Atemporal, mas muito além do seu tempo, é como um portal sônico de volta aos dias inebriantes da contracultura e a promessa que permeava o ar em 1967.
Ouvimos todos os 03 membros da banda entregarem os vocais nesse álbum e mais notavelmente, o baterista Ginger Baker é ouvido em seu sotaque característico cantando na música mais blues desse disco, a lânguida "Blue Condition". Gravado no Atlantic Studios em New York, o álbum foi trabalhado pelo produtor Felix Pappalardi e na verdade foi ele e a sua esposa, Gail Collins, que co-escreveram as canções "Strange Brew" com Eric Clapton e "World of Pain" apenas como um duo.
Notoriamente, a música obra-prima psicodélica "Tales of Brave Ulysses", foi escrita por Clapton em conjunto com Martin Sharp (cineasta e cartunista australiano), a primeira de muitas colaborações entre Sharp e a banda. Apresentando um dos primeiros usos do pedal wah-wah, também podemos afirmar que 1967 foi o ano do wah-wah ao lado da psicodelia de Jimi Hendrix.
O álbum não tem nenhuma desvantagem real, além do fato de que, dinamicamente, os 03 membros da banda possuíam ferramentas limitadas e devemos salientar que isso era em 1967, há 55 anos atrás de desenvolvimento musical. É cativante, os vocais e o baixo de Jack Bruce são incomparáveis, Clapton nos dá alguns de seus melhores momentos na guitarra e Ginger Baker se manifestando como um total iconoclasta rítmico.
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