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by Brunelson

Dave Grohl: escolhendo os seus 04 documentários musicais preferidos de todos os tempos


Antes de mais nada, Dave Grohl é um fã de música. Embora ele tenha se tornado uma estrela do rock graças ao seu tempo como baterista do NIRVANA e depois como frontman do FOO FIGHTERS, Grohl provavelmente teria feito algum tipo de conexão musical se não tivesse se tornado um músico profissional.

Tendo escrito o seu próprio livro de memórias, "The Storyteller: Tales of Life and Music" (2021), Grohl realmente possui as habilidades para compartilhar as suas histórias favoritas do folclore do rock and roll.

Mas ele também encontrou outro caminho para compartilhar essas histórias: em documentários.

Em 2013, Grohl dirigiu o seu 1º documentário, que foi sobre o lendário estúdio de música de Los Angeles, "Sound City". O estúdio foi onde uma série de álbuns clássicos foram gravados, incluindo "Damn The Torpedos" (Tom Petty), "After The Gold Rush" (Neil Young), "Terrapin Station", (GRATEFUL DEAD), "Black Album" (METALLICA), o disco homônimo do RAGE AGAINST THE MACHINE, "Rated R" (QUEENS OF THE STONE AGE), "Nevermind" (NIRVANA) e tantos outros...

Depois, Grohl dirigiu outro documentário sobre a história do rock americano, "Sonic Highways" (2014), e mais recentemente, "What Drives Us" (2021). Neste último, focando na vida de turnê que todos os músicos passam em diferentes momentos no início de suas carreiras, o filme mostrou a nostalgia de Grohl por viajar em vans equilibrada com a sua gratidão por não ter que viver mais esta cansativa rotina.

Ao ser entrevistado pela revista Mojo sobre a produção do documentário "What Drives Us" na época do seu lançamento, Grohl foi questionado sobre alguns dos seus documentários musicais preferidos de todos os tempos. Como um músico que dirigiu alguns, não é de surpreender que ele tenha bom gosto sobre documentários de rock.

Confira em ordem cronológica, os Top 04 documentários musicais favoritos de Dave Grohl:


"The Decline of Western Civilization" (Diretora: Penelope Spheeris, 1981)

Este clássico documentário musical dirigido por Penelope Spheeris segue alguns dos primeiros punks hardcore de Los Angeles, principalmente a banda THE GERMS, que contava com o guitarrista Pat Smear, futuro guitarrista do NIRVANA e do FOO FIGHTERS.

“Você pode ver como esses músicos eram imprudentes. Quando Kurt Cobain disse para nós que Pat Smear seria o próximo guitarrista do NIRVANA, eu me lembro de ter falado para Kurt: ‘Ele não está morto?'” , disse Grohl.

Ele continuou: "A diretora Penelope Spheeris persuadiu todos esses relutantes punk rockers – desajustados, fodidos e drogados – a documentar o que era o segredo mais bem guardado de todos. Não havia muita documentação ou filmagem mainstream sobre isso naquela época, porque ninguém tinha 'permissão' para entrar nesse reduto. Esse documentário é um dos maiores na história do rock'n'roll de todos os tempos, o único que capturou a essência daquele início da cena hardcore americana dos anos 80”.


"Hype!" (Diretor: Doug Pray, 1996)

Grohl também decidiu reservar um tempo para dar um alô ao documentário que melhor trouxe à tona a sua própria cena musical: a explosão grunge de Seattle no início dos anos 90.


Ele aprendeu muito sobre a sua cidade adotiva graças às imagens capturadas no documentário "Hype!"

Grohl falou: “Desde os primeiros clubes de punk rock em Seattle, à explosão do grunge no mainstream em 1991, até a morte de Kurt Cobain em 1994 e onde Seattle teve que ir a partir daí, penso que o diretor Doug Pray resumiu muito bem toda aquela era. Sendo uma pessoa que não cresceu em Seattle, isso me fez entender muito mais sobre a cidade e as pessoas envolvidas. Eu nunca saí com o produtor Jack Endino, mas depois de assistir aquele documentário, senti que o conhecia um pouco melhor, vendo a sua entrevista que foi tão bonita e que mostrou ser uma pessoa muito boa. A parte do documentário em que eles falam sobre a morte de Kurt foi tão comovente... Talvez tenha sido a 1ª vez que realmente desabei e chorei muito por causa disso”.


"Woodstock" (Diretor: Michael Wadleigh, 1970)

Todos os documentários musicais deveriam homenagear o original: Woodstock.

O documentário que captura o festival de música mais icônico de todos os tempos tinha um pedigree sério por trás dele (que foi o editor assistente que aparece nos créditos finais, um tal de Martin Scorsese) e Grohl não pôde deixar de se entusiasmar com um filme que captura a verdadeira história do rock and roll.

Ele disse: “Eu assisti a esse documentário quando era uma criança de 09 anos de idade e fiquei muito impressionado que as versões ao vivo dessas canções clássicas do rock de Jimi Hendrix ou do THE WHO, soavam diferentes das versões gravadas no estúdio. Assistir Jimi Hendrix mergulhando em feedbacks e microfonias na guitarra, me lembro de ter pensado na hora: 'Isso é bem melhor que a gravação do álbum de estúdio!' Vendo todos esses artistas se apresentando no palco do Woodstock foi uma visão tão crua da música ao vivo, sabe? Mais do que assistir a qualquer esporte ou filme de ficção científica, assistir ao documentário de Woodstock quando criança me levou a outro lugar”.


"The Song Remains The Same" (Diretores: Joe Massot e Peter Clifton, 1976)

Se há uma banda da qual Grohl é um fã conhecido, é o LED ZEPPELIN. Afinal, ele tem as tatuagens em seu corpo para comprovar isso.







Portanto, não é de surpreender que Grohl tenha uma queda pelo icônico documentário "The Song Remains The Same", o completo filme musical que captura algumas das melhores apresentações ao vivo do LED ZEPPELIN no lendário show realizado no Madison Square Garden em 1973, na cidade de New York.

Grohl concluiu: “Foi um documentário de amadurecimento pra mim... Os meus amigos e eu estávamos começando a conhecer algumas drogas como maconha e ácido LSD, e me lembro de assistir pela 1ª vez a esse documentário e ver Jimmy Page (guitarrista do LED ZEPPELIN) tocar como se fosse o seu último dia na Terra. Ele mal está se aguentando no palco, mas é muito emotivo de se ver e definitivamente causou uma grande impressão em mim. Foi maravilhoso que eles tenham capturado esses momentos”.


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