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by Brunelson

Eddie Vedder: como o R.E.M. mudou sua perspectiva sobre a música?


Todo artista pode agradecer a uma série de influências por colocá-lo no caminho que escolheu. Ninguém acorda com uma paixão ardente por fazer música sem primeiro amar essa forma de arte e com uma série de primeiros heróis encorajando-o a aprender um instrumento musical.

No entanto o aprendizado nunca termina, assim como para Eddie Vedder, que descobriu ao estudar o trabalho do R.E.M.

Quando o R.E.M. firmemente se estabeleceu já em meados da década de 80, Vedder tinha se mudado recentemente para San Diego na California, antes de ser convidado para ser o vocalista do PEARL JAM em Seattle. Porém, antes dessa fase na sua vida, ele nasceu e cresceu nos arredores de Chicago, onde chegou a assistir pela 1ª vez um show do R.E.M. e que revelaria um momento de afirmação que mudaria seu percurso profissional na música.

Mesmo que o THE WHO tenha sido a principal influência de Vedder quando adolescente, ao encontrar o R.E.M. a sua perspectiva mudou rapidamente. A partir daquele momento, ele entendeu como as músicas eram elaboradas de uma forma nova e colorida, o que o ajudou imensamente quando se juntou ao PEARL JAM.








Mais de 20 anos após o importante concerto do R.E.M. que havia testemunhado em Chicago, Vedder teve o privilégio de apresentar o próprio R.E.M. quando eles foram eleitos ao Rock and Roll Hall of Fame em 2007 (foto).


Em seu discurso na cerimônia oficializando a eleição do grupo, Vedder disse que estava “extremamente honrado” e falando sobre seu amor pela banda, acrescentando: “A música do R.E.M. é verdadeiramente abrangente. Eles usaram todas as cores da paleta, inventaram cores por conta própria, pintaram este enorme mural de música, som e emoção tão grande quanto edifícios... E ainda estão acrescentando algo até hoje, sendo que a história de como eles ficaram juntos não poderia ser escrita, especialmente considerando esta noite, não poderia ser mais... romântica".

Refletindo sobre ter visto o grupo pela primeira vez ao vivo, Vedder falou: “Tive muita sorte no verão de 1984 de ver o R.E.M. tocar ao vivo em um lugar pequeno em Chicago, e eu poderia continuar falando mais coisas aqui porque me lembro de absolutamente de tudo daquela noite, mas o que direi é que mudou a forma como ouço música e o que ouvia antes, porque depois daquele show, comecei a ouvi-los de forma exclusiva".

Além disso, Vedder também afirmou que ouviu o disco de estreia do R.E.M, "Murmur" (1983), umas “1260 vezes” após aquele show, ilustrando sua obsessão pelo grupo e seu impacto sísmico em sua vida durante aquele período de formação.

Comoventemente, o vocalista do PEARL JAM fez uma menção honrosa em seu discurso ao falecido vocalista do NIRVANA, Kurt Cobain, que tinha escolhido o vocalista do R.E.M, Michael Stipe, como padrinho de sua filha recém-nascida em 1992: “Gostaria que fosse Kurt Cobain quem fizesse este discurso essa noite. Eu ficaria muito feliz por ter sido a segunda escolha depois dele”, afirmou Eddie Vedder.

Tanto Cobain quanto Vedder não seriam as mesmas pessoas se não fosse por seu amor pelo R.E.M. e suas atitudes. Ambos estavam em bandas que se orgulhavam de não serem convencionais, inadvertidamente levando a dupla a dar o pontapé inicial do movimento grunge para o mainstream no começo dos anos 90.


E somente para complementar, quando chegou na hora da banda eleita se apresentar ao público do Hall of Fame, os membros do R.E.M. estenderam a sua gratidão de volta a Vedder, convidando-o a cantar algumas letras de sua lendária música, "Man on The Moon" (8º disco do R.E.M, "Automatic For The People", 1992).


Confira essa apresentação no vídeo abaixo:









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