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  • by Brunelson

Eddie Vedder: quando escolheu a música “mais emocionante e comovente” do Pearl Jam


Toda grande música grunge geralmente nasce de uma emoção intensa. 


Mesmo que não tenha sido fácil inicialmente decifrar o que Kurt Cobain estava cantando em uma canção como "Smells Like Teen Spirit", você sabia que era importante por causa de como ele estava se entregando em sua performance vocal.


E embora o PEARL JAM possa ter estado em sintonia com suas emoções ao lançar seus primeiros álbuns, o vocalista Eddie Vedder seria colocado em uma situação difícil quando se tornou no maior astro do rock do mundo em 1993 com o lançamento do álbum "Versus" (2º disco) e após o falecimento de Cobain em abril de 1994.


À medida que a banda crescia com sua grande e fiel base de fãs, Vedder começou a se sentir fora de sintonia com sua fama. Como todos queriam que o grupo lançasse uma sequência ao álbum "Ten" (1º disco, 1991), Vedder não estava pronto para se tornar um artista que agradaria seus fãs do mainstream, ficando ainda mais irritado quando foram gravar seu 2º disco.


Quando o resto do mundo colocou músicas deste 2º álbum como "Daughter" no topo das paradas, Vedder sabia que precisava mudar o rumo de sua carreira no próximo disco que fossem gravar.


À primeira audição, o álbum "Vitalogy" (3º disco, 1994) é um dos mais ecléticos do PEARL JAM em toda sua discografia, inspirado pela necessidade de Vedder de se livrar das algemas da celebridade. Mesmo que existam canções incríveis espalhadas pelo álbum e que se tornariam clássicas, muitas das músicas em seu meio foram uma das mais questionáveis em toda carreira da banda.


Ao lado de experimentos como as canções "Bugs", "Pry To" e "Aye Davanita", uma outra música lançada nesse disco foi a curva à esquerda mais acentuada que a banda poderia ter feito. Criada no estilo da canção “Revolution 9” dos BEATLES, a música "Hey Foxymophandlemama, That's Me" é uma colagem de Vedder gravando sons de um programa de TV que documentava pacientes com transtornos mentais.


Apesar de ser uma das mudanças de gênero mais excêntricas na história do PEARL JAM, Vedder manteve a gravação para ser lançada no disco, dizendo uma vez em entrevista na época do lançamento do disco "Vitalogy": “Eu gravei algo da TV quando tinha uns 17 anos de idade ou algo assim, e acho que era um documentário de pessoas que tinham problemas mentais e que estavam sendo liberadas de hospitais psiquiátricos… Mesmo assim, ainda era muito intrigante a maneira como suas mentes funcionavam e o que elas diziam, sendo que nós experimentamos e tentamos incorporar coisas nessa faixa que até hoje é a nossa música mais emocionante e comovente de nossa carreira”.


Embora essa faixa possa ter sido desagradável para muitos fãs originais do PEARL JAM, esta foi uma declaração de intenções por parte de Vedder. PEARL JAM não era a banda mainstream que a maioria das pessoas pensava que fosse e se os fãs do mainstream não conseguiam apreciar a necessidade da experimentação com músicas anticomerciais, Vedder e o resto do grupo não os queriam por perto de qualquer maneira.


"Hey Foxymophandlemama, That's Me"








































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