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by Brunelson
Depois de 25 anos, uma das maiores bandas de rock do planeta já estiveram em todos os lugares e viram de tudo, FOO FIGHTERS.
Seguem alguns trechos dessa matéria de capa da revista:
“A capital Washington é a minha cidade natal”, disse Dave Grohl. “Eu cresci na capital e só de ver aquelas árvores e os monumentos da cidade, quase posso sentir o cheiro do ar como era na minha juventude... Vendo a eleição do novo presidente acontecer, simplesmente me trouxe de volta para casa e que alívio da porra foi!"
“Porém, não aconteceu ao vivo”, falou Grohl sobre a homenagem do FOO FIGHTERS em relação à posse do presidente, onde a banda tocou a música "Times Like These" (4º disco, "One by One", 2002). “Tivemos que gravar virtualmente e preferia muito mais ter estado lá ao vivo, mas devido a pandemia..."
Em vez disso, a banda se encontrou num tempo inesperado e suas mãos se voltaram para suas famílias, depois de quase 03 décadas na estrada.
“Os shows do FOO FIGHTERS são como estar numa luta de box por 03 horas fodidas” Taylor Hawkins disse numa ligação telefônica separada do bate-papo com Dave Grohl. “É como entrar no ringue todas as noites, então, pra tirar essa folga, eu não posso reclamar de nada”.
Depois de 01 ano afastado, FOO FIGHTERS finalmente lançou o tão aguardado 10º álbum de estúdio para comemorar (atrasado) os 25 anos de banda, "Medicine at Midnight" (2021) - que é o disco do FOO FIGHTERS com uma coleção de canções mais forte desde o álbum "Wasting Light" (7º disco, 2011).
Anteriormente, Grohl descreveu o novo álbum como "estranho pra caralho", mas os fãs de longa data podem ficar tranquilos sabendo que o espírito reconhecível da banda está presente e de forma correta - embora tenha sido energizado com sucesso pelos loops de bateria, ritmos funk rock e a contribuição do super produtor, Greg Kurstin, o mesmo do álbum anterior, o também ótimo "Concrete and Gold" (9º disco, 2017).
Hawkins disse que o álbum "Medicine at Midnight" definirá “esta era na história da nossa banda”, comparando-o aos momentos de referência, como por exemplo, ao álbum "The Colour and The Shape" (2º disco, 1997), enquanto Grohl acrescentou: “Como banda, conversamos sobre este novo álbum não poder ter vindo antes em nossa história... Imagine se esse disco fosse o nosso 1º álbum, onde estaríamos agora? Se esse disco surgisse mais cedo em nossa carreira, não teria parecido certo. Todos estes sons estão enraizados em coisas que já fizemos antes, mas nunca levamos dessa forma tão longe quanto no álbum 'Medicine at Midnight'”.
Grooves e festas à parte, o disco também mostra o FOO FIGHTERS entregando alguns dos seus momentos líricos mais sombrios até hoje. A escaldante música, "Waiting on a War", é inspirada pelos temores da infância de Grohl, de que ele morreria num holocausto nuclear na sua adolescência nos anos 80, à medida que as tensões políticas aumentavam entre os EUA e a União Soviética: "Todos os dias esperando o céu cair..." Esses temores voltaram quando o governo Trump e o déspota ditador norte-coreano, Kim Jong-Un, começaram a aumentar as tensões num breve surto diplomático, levando a filha de Grohl a perguntar para ele se uma guerra estava a caminho.
Hawkins também sabe como é mediar com sucesso a divisão política, explicando que o seu sogro é um defensor devoto de Trump: “Temos longas disputas de gritos no jantar e depois nos abraçamos a caminho de casa. É porque ele é um dos meus melhores amigos e você precisa de pessoas com pontos de vista opostos, ou então, você estará realmente em apuros... Isso é saudável".
Em outro lugar, o disco "Medicine at Midnight" mostra Grohl prestando homenagem aos amigos falecidos - ele já disse que as guitarras estilo MOTORHEAD da canção "No Son of Mine" são uma homenagem ao falecido e grande frontman, Lemmy Kilmister.
Grohl é uma pessoa que só se preocupa com as opiniões dos seus companheiros de banda e do produtor Greg Kurstin: “É isso, é isso aí... Sabe, se alguém sai e diz: 'Isso é uma merda', seja um pequeno cara do YouTube ou mesmo um grande artista, isso realmente não me irrita, porque eu não estou fazendo isso por eles”.
Hawkins se juntou à banda em 1997, após um período onde era baterista da banda de Alanis Morissette.
“Eu conheci Dave num programa de Natal da rádio americana K-Rock, porque o FOO FIGHTERS estava em ascensão e Alanis Morissette estava na porra da estratosfera naquele momento”, Hawkins explicou. “Eu e Dave, de uma forma estranha, parecíamos irmãos há muito tempo perdidos. Tínhamos uma vibração semelhante e não sei por quê. Me lembro de um amigo meu tocando junto com o FOO FIGHTERS nos bastidores da rádio, antes de eu conhecer Dave. Depois, meu amigo chegou a mim e disse: ‘Esse cara poderia ser o seu irmão’".
“E com certeza, quando nos conhecemos, apenas pensamos: 'Somos irmãos de outra mãe!' Foi instantâneo, tanto que Alanis Morissette apenas me disse depois: 'O que você vai fazer quando Dave Grohl lhe pedir para ser o baterista do FOO FIGHTERS?'”
Oferecendo uma estimativa humilde dos seus imensos talentos, Hawkins acrescentou: “Com certeza não fui escolhido porque sou o melhor baterista do mundo. Fui escolhido porque a minha bateria de alguma forma combinava com as vantagens de Dave".
Grohl, por sua vez, insiste que "não existe uma audição musical para se juntar ao FOO FIGHTERS", explicando: "É uma coisa muito mais pessoal e emocional. Você poderia ser o melhor baterista do mundo, mas nunca estaria nesta banda se não se encaixasse. Todos nessa banda se encaixam por um motivo. Quando conheci Taylor, demorou 02 minutos e meio antes de nos tornarmos melhores amigos. Simplesmente aconteceu! É assim na vida, seja um melhor amigo, uma pessoa para amar ou alguém que você sabe que carregará pelo resto da vida".
“Quando ele entrou na banda, a sua bateria era o fator menos importante, porque eu só pensei que queria viajar o mundo com esse cara, queria pular no palco e beber cerveja com esta pessoa. Esta era a minha maior preocupação”.
FOO FIGHTERS é uma das principais bandas de rock que lotam estádios hoje em dia, mas é claro, já está muito longe dos anos musicais de formação de Dave Grohl na cena punk da capital Washington. Ele realmente estreou sendo baterista da banda SCREAM, tocando na vasta gama de "bares de esquina, locais em subsolo e picos punk rock", antes de sua fama aparecer quando ele se juntou ao NIRVANA em 1990.
Dave Grohl falou sobre esses pequenos locais de shows tendo que lidar com a pandemia atual: “Esses lugares são muito mais importantes do que a maioria das pessoas poderia imaginar”, diz ele. “Muitas pessoas vão vê-los apenas como poços, mas esses lugares são campos de treinamento para a próxima geração de músicos que precisam de um lugar para estrear no palco, antes de chegarem ao próximo estágio. Todos nós passamos por essa rede… Eu vejo esses locais como sendo instrumentais no desenvolvimento dos músicos que você verá como a atração principal de um festival ou arena. Estes são os artistas que irão inspirar você”.
A filha de Grohl de 14 anos de idade, Violet, que fornece os backing vocals impressionantes na música de abertura do novo álbum, "Making a Fire", também tem sonhos de se apresentar no lendário clube Troubadour em Los Angeles, que supostamente enfrentou a ameaça de encerrar as atividades em 2020: “Depois que tudo estava fechado, uns 06 meses atrás, eu a levava para passear de moto, dirigíamos por Los Angeles e passávamos pelo clube Troubadour”, disse Grohl.
“Ela havia me dito: ‘Ouvi dizer que o Troubadour pode estar fechando em definitivo’, e eu disse: ‘Bom, vamos tentar impedir que isso aconteça’. Ela me respondeu: ‘Deus, espero que não, porque o meu sonho é tocar lá um dia’. Acabei de perceber o quão importante é, porque ela tem 14 anos e não está envolvida em nenhum tipo de indústria musical, mas ela estava ansiosa por isso como um lugar onde pudesse realizar o seu sonho”.
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