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by Brunelson

Foo Fighters: entrevista do site Guitar.com com os 03 guitarristas da banda


Confira a matéria e entrevista que o site Guitar.com realizou recentemente com os 03 guitarristas do FOO FIGHTERS: Dave Grohl (vocalista), Pat Smear e Chris Shiflett.



David Bowie do início dos anos 80, a música "Eye of The Tiger", tocando com guitarras single coils...

Foi assim que o FOO FIGHTERS ficou “estranho” para o álbum "Medicine at Midnight" (10º disco, 2021).

“Era o 25º aniversário do FOO FIGHTERS e seria um grande ano em 2020”, disse Dave Grohl. “Nós pensamos que seria ótimo gravar um novo álbum, que foi o nosso 10º disco, e comecei a planejar em torno disso, tipo: 'Vamos rodar o planeta!'"

“Vamos lançar esse documentário que fizemos! Vamos fazer esses passeios de van! Vamos tocar nas mesmas cidades 25 anos atrás onde tocamos em nossa 1ª turnê e na mesma van em que fizemos aquela turnê! Só toda essa merda, sabe? Basicamente, surgindo com essa coisa de celebração”.

Alerta de spoiler: 2020 não funcionou da maneira que ninguém havia planejado.

É por isso que Dave Grohl, em vez de contar essa história da parte de trás de uma van surrada em algum local distante viajando por aí, ele está sendo entrevistado on-line pelo Guitar.com.

É quando a nossa narrativa é enriquecida com novas anedotas de cortesia de um dos guitarristas da banda, Chris Shiflett, também confinado na segurança de sua casa.

A peça final do triunvirato das guitarras, Pat Smear, também entra na conversa por meio de uma conexão falhada de celular da costa leste do Canadá, onde também está enfurnado, relatando: "Na neve em uma pequena cabana no meio da floresta, sem entrega de correspondências ou coleta de lixo".

“Ele se tornou um homem da fronteira canadense”, Shiflett disse com uma risada.

O ano de 2020, para dizer o mínimo, foi estranho, mas embora o FOO FIGHTERS não tenha passado o ano circulando pelo planeta encantando os fãs, eles conseguiram realizar um trabalho de verdade.

Pra começar, Grohl terminou o seu documentário, What Drives Us, que mostra explorando a psicologia por trás do motivo pelo qual músicos largam tudo para passar as suas vidas viajando, sim, numa van apertada para levar a sua música às pessoas. Além do FOO FIGHTERS - que é complementado pelo baterista Taylor Hawkins, o baixista Nate Mendel e o tecladista Rami Jaffee - que lançaram este comemorativo 10º álbum de estúdio.

O disco se chama "Medicine at Midnight" e é matador! Também é diferente de tudo o que você já ouviu da banda antes.

Claro, existem todas as marcas registradas do FOO FIGHTERS com riffs indeléveis ("Cloudspotter", "Holding Poison"), fortes quebraceiras ("No Son of Mine"), baladas elevadas ("Waiting on a War") e ganchos ("Making a Fire") sobre ganchos ("Medicine at Midnight") e sobre ganchos ("Love Dies Young").

Mas também há algo mais acontecendo: uma aderência ao groove e à atmosfera - e um tipo muito particular de groove e atmosfera do início dos anos 80, da new wave e música dançante - que apresenta uma nova plataforma de lançamento sônica e estilística para essas canções.

Você ouve isso nos ritmos furtivos e fortemente sincopados do primeiro single do álbum, a música "Shame Shame", e você ouve ainda mais nos riffs borbulhantes e sintéticos que dão força à canção "Love Dies Young".

Também no funk rock quente e abafado da música "Medicine at Midnight", que remete fortemente ao clássico David Bowie de 1983 em som e estilo - e até mesmo no solo de guitarra, que mostra Shiflett prestando homenagem a Stevie Ray Vaughan.

“Estou meio que imitando Albert King pelas lentes de Stevie Ray Vaughan”, admitiu Shiflett sobre o seu solo na música "Medicine at Midnight". “Eu até disse ao nosso produtor, Greg Kurstin: 'Queremos misturar um pouco todas essas levadas, porque é realmente tudo uma homenagem'”.

Ele riu: "Mas, cara, isso é rock 'n' roll!" Shiflett abordou o solo da música "Medicine at Midnight" não apenas de uma perspectiva única em termos de toque, mas também em sua escolha de guitarra.

“FOO FIGHTERS geralmente são um tipo de grupo de humbuckers”, ele disse. “Me lembro de alguns anos atrás em que apareci em algum disco para gravarmos com uma Fender Stratocaster e Dave olhou pra mim e disse: 'Isso era algo que eu nunca pensei que veria na banda!'"

“Porque nós realmente não tocamos guitarras single coils, mas para o disco 'Medicine at Midnight' era onde queríamos ir. Peguei uma das minhas Stratocasters, trabalhei no solo desta canção e foi muito divertido. Eu amo isso em nossa banda, que ainda temos esses momentos de pular em coisas que nunca experimentamos antes”.

Grohl expõe o assunto em termos gerais: “Depois de 25 anos e agora estamos com o nosso 10º álbum, eu queria ter certeza de que não faríamos uma canção como 'Learn to Fly' ou as músicas 'Best of You' e 'My Hero' novamente. Já fizemos isso... Se queremos ser uma banda por mais 25 anos, temos que ser capazes de encontrar algo novo. Portanto, a maior referência que tive para esse álbum foi tudo o que fizemos no passado e foi: 'Não vamos fazer isso de novo’".

Ou, como disse Smear: "Nós apenas dissemos: 'Foda-se, vamos ficar esquisitos com isso'".

De uma forma, essa estranheza começou muito parecida de como os discos anteriores do FOO FIGHTERS começaram - embora esta frase seja um pouco estranha por si só.


Depois de sair de uma turnê mundial de 03 anos para divulgar o álbum de 2017, "Concrete and Gold" (9º disco), a ideia era, como costumam fazer as bandas, em dar uma pausa.

“Nós meio que trabalhamos neste ciclo em que vamos para o estúdio e gravamos um álbum, depois tocamos em clubes e fazemos algumas promoções por alguns meses e então, lançamos o álbum e fazemos uma turnê por 01 ano e meio”, Grohl disse modestamente sobre o período de turnê. “Quando terminamos este ciclo, estamos todos exaustos e prometemos a nós mesmos que nunca mais vamos colocar um ao outro nessa porra do caralho".

Ele riu: “Eu digo isso toda vez, sabe? Você pode perguntar para a minha esposa. Ela fica, tipo: ‘Eu ouço isso todas as vezes, de que estou exausto, nunca mais vou fazer isso de novo, este é o último álbum e blá, blá, blá’”.

“Sempre afirmamos que faremos esse grande intervalo, mas então, começamos a sentir falta”, complementou Smear. “Sentimos falta um do outro e sentimos falta de fazer música juntos”.

“Então, em 02 semanas e meia, estou fazendo uma gravação demo e já enviando para a banda”, continuou Grohl. Smear concorda: “Nunca é mais do que alguns meses depois de chegarmos em casa que receberemos uma mensagem de texto em grupo de Dave dizendo: ‘Hey, escrevi algumas músicas…’ É quando estamos prontos novamente”.

FOO FIGHTERS começou a gravar o álbum "Medicine at Midnight" antes da pandemia chegar, mas enquanto no passado eles gravaram em várias instalações, incluindo no próprio Studio 606 da banda e para o disco "Concrete and Gold" no East West Studios, localizado no coração de Hollywood, desta vez eles fizeram uma abordagem diferente, fixando residência numa casa em Encino, Califórnia, não muito longe da casa de Dave Grohl.

“O estranho é que, na verdade, morei naquela casa há 10 anos”, disse Grohl. “Eu estava passando por uma reforma na época e precisava de um lugar próximo para me mudar enquanto a minha casa era totalmente demolida. Este lugar se parece como uma velha mansão com esses grandes portões de ferro na frente..."

“Parece lindo, mas na verdade é uma casa velha em ruínas, decadente e assustadora no meio de Encino, California. É um bairro incrível, porém, você pode pular algumas cercas e ir para o quintal da casa de Slash, ou caminhar 06 casas abaixo e lá está a casa de Steve Vai. Em cerca de 75 metros, há toda essa magia de guitarristas e é insano".

Quanto a como o ambiente não tradicional afetou o processo de gravação, Shiflett disse: “Era uma vibração realmente diferente do álbum 'Concrete and Gold'. Esse disco foi feito num estúdio lindo e clássico com várias salas, então, você tem aquela coisa onde, você sabe, um dia você entra e Lady Gaga está sentada no sofá da sala ou algo assim".

“Mas desta vez para o disco 'Medicine at Midnight', porque você está numa casa e remove todo o tipo de elementos de entretenimento de Hollywood dela, foi ótimo! Você aparecia de manhã e dependendo de onde estávamos no processo de gravação, você poderia estar trabalhando ou apenas relaxando na cozinha, bebendo café e jogando o lixo lá fora... Foi realmente descontraído”.

Mas se os próprios membros da banda estivessem relaxados, a própria casa tinha uma boa quantidade de "atividades" acontecendo: “Comecei a ver demonstrações por conta própria por volta de junho de 2019 e foi assustador”, disse Grohl. "Mas eu pensei, bom, você pode se assustar realmente se estiver sozinho em uma casa velha à noite gravando músicas de rock".

“Mas então, conforme avançávamos, pequenas coisas estranhas aconteciam aqui e ali, fossem guitarras sendo desafinadas, configurações movendo-se na mesa do console ou merdas acontecendo na sessão do Pro Tools que não deveria acontecer”.

“Era uma casa meio esquisita”, reconheceu Shiflett. “Tem aquela aparência que é como se estivesse sendo reivindicado pela encosta da montanha e toda a casa estava rachada, a piscina era nojenta e havia trepadeiras por toda parte. A casa possui esta vibe...”

“Além disso, havia a sensação de que você estava sendo seguido ou observado o tempo todo”, continuou Grohl. “E quando mais de uma pessoa está se sentindo assim, mas não contam uma para a outra, e então, de repente, todos começam a confessar e você fica, tipo: 'Meu Deus...'”

Até mesmo Smear, que afirma que "não acredito realmente no sobrenatural e esse tipo de coisa", mas admitiu, quando pressionado, que "houve muitos acontecimentos estranhos e assustadores na casa".


“Então, vamos gravar 09 músicas e damos logo o fora daqui!” Grohl disse com uma risada. Na verdade, com apenas 09 músicas e 37 minutos, "Medicine at Midnight" é o álbum completo mais conciso do FOO FIGHTERS até hoje, mas não porque eles estivessem tentando fugir das forças sobrenaturais.

Em vez disso, Grohl disse: “Pretendíamos fazer um álbum que fosse curto e doce, porque é inspirado por um certo tipo de álbum que todos nós amávamos quando éramos jovens. Como um disco de David Bowie dos anos 80, todo apertado, cheio de grooves, muitas melodias e é isso... Vamos lá!"

Embora a banda no final das contas tenha percorrido um caminho estilístico muito específico, essa intenção não foi definida desde o início: “Houve algumas coisas que foram gravadas que não viram a luz do dia”, confirmou Shiflett.

“Era um monte de músicas, todas ótimas e bem a cara do FOO FIGHTERS”, continuou Smear, "mas então, nós começamos com a canção 'Shame Shame' e isso mudou a direção de todo o processo musical”.

Na verdade, a música "Shame Shame" é construída sobre uma figura de cinco notas repetitivas e rígidas que é adornada com palmas, acentos de teclado e outras efêmeras sonoras. Simplesmente está entre as maiores novidades estilísticas no disco "Medicine at Midnight" e talvez até mesmo dentro de todo o catálogo do FOO FIGHTERS.

“Foi a primeira curva à esquerda”, disse Grohl, "e é um riff tão simples. Quando fiz a gravação demo, eu tinha aquele ritmo e depois um overdub sobre isso batendo palmas. Em seguida, na hora de gravar a bateria a colocamos debaixo de uma escada que tinha na casa e fez mais overdubs ainda".

”Agora, de repente, era um groove que nunca havíamos feito antes e não só isso, tinha esse tom e dinâmica que nunca tínhamos realmente entrado. Isso realmente nos inspirou a começar a afrouxar as rédeas e deixar a merda acontecer”.

Essa mudança de atitude e abordagem resultou em canções como a de encerramento, "Love Dies Young".

Mas não importa onde uma música termine, para Grohl ela geralmente sempre começa no mesmo lugar - com o ritmo: “Eu basicamente escrevi todas essas músicas no violão”, diz ele. “Como baterista, quando você está tocando com alguém, você observa a mão e como o guitarrista bate ou dedilha as cordas da guitarra e é o que eu faço. Me baseio no groove na forma como uma pessoa dedilha uma guitarra... Eu não leio música, então, não sei os termos adequados para nenhuma dessas merdas, mas eu vejo como alguém toca uma guitarra e me baseio o que estou fazendo na bateria a partir disso".

“Então, se estou sentado no sofá criando uma música no violão”, ele continua, “já estou estalando os dentes enquanto estou tocando e penso: 'Ok, aqui está o groove da música, aqui está o ritmo e esta é a sensação'. Então, muitas das músicas começaram com uma sensação mais específica do que um riff específico. Começaria com uma espécie de base rítmica e depois partiria a partir disso”.

Mas é claro, é quando entra a melodia...

“Ficar gritando e tocar o máximo de notas que puder, isso é divertido, mas pra mim, o complicado do quebra-cabeça de trançar essas coisas de uma maneira que pareça simples, é o maior desafio. É como: ‘Ok, ótimo, eu tenho um ritmo e isso é legal. Eu tenho riffs e isso é legal, mas nada disso vai funcionar a menos que haja uma porra de uma melodia', e então, você percebe que ninguém vai se importar com nada disso, a menos que você tenha uma letra. Você adiciona as suas palavras e é como fazer um bolo ao contrário”.

Para continuar na metáfora, esse bolo também requer alguns ingredientes adicionais - o principal deles, equipamento.

No disco "Medicine at Midnight", os caras usaram muito equipamento: “Como geralmente é o caso de gravar um disco do FOO FIGHTERS, onde todo mundo traz as suas coisas especiais” Shiflett disse. “Então, tínhamos uma sala cheia de nossas guitarras e amplificadores favoritos que todos trouxeram”.

No caso de Shiflett, isso significava várias versões Master Built de sua assinatura Fender Telecaster Deluxe, bem como várias Strats e Teles e um '57 Les Paul Gold Top com "acessórios antigos". Amplificadores, diz ele, incluíam um tweed vintage Fender Champ e Vibrolux, este último carregado com um alto-falante Celestion Greenback, bem como um recente Vox AC15 que ele chama de amplificador “mágico”.

“E então, um dos caras da nossa equipe trouxe alguns velhos amplificadores da Marshall, um velho Park Head”, acrescenta Shiflett. “E também havia algumas coisas realmente estranhas com as quais eu nem estava familiarizado, como um excêntrico amplificador caseiro feito para tocadores de gaita".

“Eu estaria mentindo se tentasse dizer quê amplificador tocou em qual música, porque você está apenas juntando coisas, tentando sons diferentes e adicionando coisas”, ele continua. “Uma grande parte disso é apenas encontrar algo que fique onde precise e isso será através de diferentes combinações de guitarras, amplificadores e pedais".

Grohl acrescenta: “Havia um quarto cheio dessas coisas e só nos restava decidir onde queríamos ir sonoramente. Misturávamos diferentes amplificadores e o meu técnico de guitarra trouxe um monte de merdas legais que tínhamos no Studio 606 (estúdio do FOO FIGHTERS)".

“Quanto às guitarras, na maior parte eu confiei nos meus modelos Gibson Trini Lopez. Tive o meu número 01, que é uma vermelha antiga e depois um Pelham Blue. Eu prefiro Trinis porque sinto que eles são mais dinâmicos do que a maioria das guitarras", acrescentou Grohl.

Ele continuou: "Eu também tenho uma velha Telecaster '73 que estava usando. Porque tudo é apenas um processo: ‘Como você ouve o som? Como você acha que deveria ser?'"

E quanto a Pat Smear? “Eu tendia a tocar qualquer guitarra que eu quisesse tocar naquele dia”, ele simplesmente admite. “Pat coleciona guitarras, pessoal! Não se deixem enganar!” Grohl se atravessa com uma risada. "Esse cara tem centenas de guitarras da porra na casa dele!"

Na verdade, Smear reconhece que ele é “mais um cara da guitarra do que um cara do amplificador, então, eu meio que não presto muita atenção nos amplificadores. Eu direi: 'Oh, eu gosto do jeito que essa guitarra soa com aquele amplificador, mas a propósito, que amplificador é aquele?'”

Quanto às suas guitarras no disco "Medicine at Midnight", Smear pelo menos reconhecerá que havia uma Gibson SG “vacilante” na mixagem. "Você sabe como as SGs podem ter uma tendência a ser muito instáveis?" ele pergunta. "Bem, eu tenho esta SG que é particularmente instável e coloquei cordas leves nela".

No final do dia, todos os três guitarristas afirmam que tudo se resume a conseguir um bom som e depois seguir em frente.

“Ninguém é uma verdadeira diva técnica nesta banda”, disse Grohl. “Até hoje, estamos perfeitamente confortáveis apenas pegando um monte de combos e colocando-os na parte de trás de um caminhão e levando-os a uma pizzaria para liga-los e tocar um som. Ainda operamos no nível de, tipo, uma banda de 'festa do barril' nos finais de semana”.

Dito isso, em 2020 não houve nenhuma festa do barril - quero dizer, até teve gente por aí em plena pandemia fazendo, mas espetáculos de rock em estádios com mais de 50 mil fãs, não houve. O que certamente prejudicou os planos do FOO FIGHTERS quanto ao lançamento e turnê do que Pat Smear caracteriza como um "álbum de festa feliz e divertida".

Grohl disse: “Com o passar do tempo, eu me perguntei não apenas quando, mas como iríamos lançar o álbum, sabendo que uma grande parte do mundo do FOO FIGHTERS, as turnês e os shows, foram tirados de nós”. E de fato, o álbum "Medicine at Midnight" foi adiado em relação à data de lançamento original, que estava programada para o início de 2020 - tanto que estava tudo pronto e impresso, que o ano que saiu no encarte do álbum foi o de 2020 mesmo.

“Tudo paralisou”, disse Shiflett, “e os planos foram empurrados cada vez mais para trás, mas então, num certo ponto, me lembro de Dave apenas batendo o pé e dizendo: ‘Não, não... Temos que lançar esse álbum e começar já a fazer as nossas coisas’”.

“Sim, eu estava, tipo: 'Ok… Acho que vamos lançar um novo álbum’”, complementou Grohl. “Porque ficou claro que não adiantava esperar que as coisas voltassem ao normal. Simplesmente não iria acontecer tão cedo".

Curiosamente, depois de um longo período de intervalo - "Passei 07 meses sem ver Taylor Hawkins, o que nunca aconteceu em 20 anos!" - quando a banda voltou a ficar junta "estávamos realmente reaprendendo as novas músicas pela primeira vez”, disse Shiflett. “Porque não fizemos nenhuma pré-produção ou nada quando resolvemos promover o disco em 2021, mas foi legal voltar a ele com ouvidos novos e dizer: ‘Nossa, ainda soa muito bem!’”

Dito isso, acrescentou Smear: “Desde os primeiros ensaios para aquela nossa apresentação sem público em novembro de 2020 no Roxy Theatre em Hollywood, foi imediatamente o sentimento de ter voltado ao 'lar' e vou te dizer, até mesmo a transmissão ao vivo antes de fazermos, pensávamos: 'Ah, isso vai ser tão estranho, fazer um show para roadies e câmeras?', mas nem consigo lhe dizer que show divertido foi... Não me lembro da última vez que me diverti tanto tocando!”

Apesar do quanto eles gostaram de pular no palco para alguns cinegrafistas e roadies, FOO FIGHTERS estão firmes em sua determinação de, eventualmente, trazer os grooves consideráveis do álbum "Medicine at Midnight" para a vida no palco na frente de milhares de fãs dançantes.

“Assim que tivermos a luz verde, vamos iniciar as tarefas”, disse Shiflett sobre retomar os planos da banda.

Grohl riu, encerrando a entrevista: “E claro, quando chegarmos, imaginar um estádio cheio de pessoas pulando e dançando, mas por enquanto, a hora é apenas de você estar na sala da sua casa escutando música com uma garrafa de Crown Royal numa porra de noite de quinta-feira... E daí? Vamos lá, está na hora!"


"Medicine at Midnight"


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