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by Brunelson

Foo Fighters: o lado-b que não foi lançado no 2º álbum porque "já tínhamos feito isso antes"

Há um bom argumento de que o FOO FIGHTERS poderia ser chamado da banda solo de Dave Grohl. 


Como figura de proa da cena pós-grunge, a quantidade de coração e alma que Grohl colocou em cada música do FOO FIGHTERS fez dele o chefe de fato do grupo em todas as partes de sua carreira.


E quando a banda estava procurando alcançar os grandes patamares com seu 2º álbum de estúdio e o 1º de fato gravado pela banda completa, Grohl sabia que não havia espaço para alguns lados-b que quisessem ser lançados nesse 2º disco.


Isso não resultou exatamente na melhor camaradagem quando chegou a hora de gravar o álbum "The Colour and The Shape" (1997). Trabalhando com o famoso e rigoroso produtor do PIXIES, Gil Norton, a banda não deu certo no início, com o baixista Nate Mendel e o baterista William Goldsmith sendo chamados de “a seção sem ritmo” pelo produtor depois de apenas algumas semanas de gravação. 


Sendo assim, se Goldsmith não conseguisse enfrentar o desafio, Grohl não iria esperar até que tudo fosse feito.



Depois de regravar ele mesmo em segredo e praticamente toda a parte da bateria do álbum, Grohl viu essa rica tapeçaria de músicas se formando. Para todos os discos subsequentes do FOO FIGHTERS, este aqui parece ser o manual não intencional, apresentando músicas que se mantêm como clássicos das rádios como "Everlong", "My Hero" e "Monkey Wrench", além de canções menos lembradas mas amadas tanto quanto como "Hey Johnny Park", "Enough Space" e "February Stars".


Como todo o álbum fluía como uma peça contínua - depois da trava que se encontrava com seu agora ex-baterista - a faixa-título começou a se tornar cada vez menos possível para a lista das canções que seriam lançadas no álbum "The Colour and The Shape".


Esse disco simplesmente nos forneceu algumas das clássicas músicas do FOO FIGHTERS, através de uma energia estilo hino que define uma obra de arte que atinge seu coração, então, trazer uma canção que fosse um desvio daquelas músicas que seriam lançadas no álbum teria atrapalhado o todo em seu final.


Assim como está escrito em uma das biografias de Dave Grohl, a faixa-título lhe soava familiar demais, dizendo: “Há uma canção chamada ‘The Colour and The Shape’ e que iríamos lança-la no disco. Sabe, é quase como mais uma música do tipo ‘Weenie Beenie’ que a lançamos no 1º disco, apenas mais uma canção gritante, rápida e hardcore, mas que decidimos não lança-la no 2º álbum porque era como se fosse um passo para trás, tipo, já fizemos isso!”


Mas como a história nos comprova, isso não quer dizer que Grohl de repente tinha largado seu elixir punk rock. Basta ouvir músicas deste 2º disco como "Enough Space", "Monkey Wrench" e "Wind Up", que vai regando o álbum com sua quebraceira, praticidade e fúria vocal. Ou mais tarde com as canções "White Limo" (7º disco, "Wasting Light", 2011) e "La Dee Da" (9º disco, "Concrete and Gold", 2017), que são cartas de amor não intencionais a esse estilo de música. 


Todo músico está tentando fazer seu melhor disco quando entra no estúdio, mas a canção "The Colour and The Shape" pode ser o caso da música certa na hora errada.


"The Colour and The Shape"

























































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