Foo Fighters: quando eles quase se tornaram uma banda power trio

Houve um breve período em que o FOO FIGHTERS se tornou uma banda power trio.

Uma banda power trio é um esteio amado na música rock, com todos, desde o CREAM, Jimi Hendrix, RUSH e THE POLICE, aproveitando ao máximo uma formação minimalista de músicos, sendo que Dave Grohl até chegou a fazer parte de uma banda power trio que iria entrar na história do rock'n roll e da música em geral: NIRVANA.

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Após a gravação do 2º álbum de estúdio do FOO FIGHTERS, "The Colour and The Shape" (1997), o grupo experimentou a sua 1ª mudança de formação. O baterista original, William Goldsmith, ficou descontente quando Grohl regravou quase toda a bateria desse disco e resolveu sair da banda antes do início da turnê do mesmo.

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FOO FIGHTERS rapidamente convocaria o baterista da banda de apoio da artista Alanis Morissette, o surfista Taylor Hawkins, mas apenas algumas semanas após o início de Hawkins no FOO FIGHTERS, seria a vez do guitarrista Pat Smear anunciar a sua intenção em deixar o grupo.

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Grohl conseguiu convencer Smear a ficar por tempo suficiente até encontrarem um substituto enquanto a banda já estava em turnê, o que significava que Smear ainda permaneceria no FOO FIGHTERS por quase 06 meses. Quando o grupo apareceu no evento da MTV Video Music Awards de 1997 em New York, Smear tocou junto com a banda a música "Monkey Wrench", antes de entregar a guitarra ao novo guitarrista do FOO FIGHTERS, Franz Stahl.

Stahl completou a turnê, mas não conseguiu encontrar o seu lugar na dinâmica de composição no grupo, fazendo com que ele fosse dispensado antes de iniciarem a gravação do 3º álbum de estúdio, "There is Nothing Left to Lose" (1999).

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Isso significava que, pela 1ª e única vez na história, o FOO FIGHTERS era uma banda power trio. Grohl tocou todas as guitarras nesse disco (assim como boa parte da bateria), e o álbum resultante foi um dos mais leves e melódicos do grupo - e que geraria o seu 1º prêmio Grammy.

E quando chegou a hora de fazer uma turnê para divulgar esse disco, Hawkins acreditou que a banda poderia ter funcionado como um power trio.

“Sabe, eu tentei fazer de nós uma banda power trio”, Hawkins compartilhou no documentário do FOO FIGHTERS de 2011, "Back and Forth". O baterista continuou: “Eu disse a Dave Grohl: ‘Cara, veja o THE POLICE, eles são uma banda power trio!'"

Mas Grohl não estava aceitando por um simples motivo: “Musicalmente, precisávamos de mais... Mais guitarra”, ele compartilhou nesse mesmo documentário.

Com isso, a busca começou para achar um novo guitarrista.

“Nenhum de nós tinha o cara certo que era amigo ou amigo de um amigo para indicar. Simplesmente não tínhamos a pessoa certa e tivemos que fazer audições abertas para escolher um novo guitarrista”, revelou o baixista Nate Mendel no documentário. Hawkins brincou que a banda estava colocando anúncios nas lojas locais da Guitar Center para encontrar novos membros em potencial e Grohl nunca havia experimentado uma audição aberta antes e não estava preparado para o que estava para acontecer.

“Acabamos neste espaço de ensaio e eu apenas me lembro daquela fila de guitarristas querendo fazer o teste”, lembrou Grohl. “Eu estava apavorado!”

O trio viu todos os tipos de guitarristas aparecerem, do profissional ao amador, tocando em sessions aparentemente intermináveis. A certa altura, um jovem entrou com uma guitarra novinha em folha, mas não conseguiu tira-la do seu case porque o mesmo estava trancado e ele não havia trazido a chave para destranca-lo.

Momentos cômicos como esse continuaram a persistir, mas conforme as audições continuavam, os membros do FOO FIGHTERS começaram a sentir um certo aperto no coração.

“Fizemos literalmente 01 ou 02 semanas de testes”, lembrou Hawkins. “E eu lembro que houve um momento em que estava ficando um pouco terrível aquelas audições”.

Uma das últimas pessoas a fazer o teste foi um rapaz chamado Chris Shiflett, guitarrista punk rock da banda NO USE FOR A NAME. Shiflett e Grohl logo se identificaram por causa de suas raízes punk underground, sendo que Grohl chegou a dizer no documentário que reconheceu Shiflett de shows de bandas de garagem do passado.

Shiflett conhecia todo o material do FOO FIGHTERS e ele foi um dos poucos guitarristas que se sentiu confortável o suficiente para também fazer backing vocals durante a sua audição.

Os resultados se encaixaram perfeitamente e Shiflett completou a formação da banda e continua no FOO FIGHTERS até hoje.

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