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  • by Brunelson

Jack Irons: 1º baterista do Red Hot Chili Peppers explica por que saiu da banda


Jack Irons é um nome que os fãs de música ouviram mais falar em créditos por gravar álbuns em bandas ou artistas, do que viram ele pessoalmente se apresentando ao vivo com uma banda.

Esse lendário baterista do rock esteve em quase todos os discos influentes que foram essenciais para moldar a vida de tantos.


Quando o RED HOT CHILI PEPPERS ainda era uma banda de garagem e não tinha nenhum álbum de estúdio lançado, ele foi o 1º baterista da banda.


Porém, quando foram elevar o patamar do grupo para gravarem um disco e sair em turnê para levar a carreira da banda a sério, Irons e o guitarrista original, Hillel Slovak, resolveram dar prioridade para outra banda que eles faziam parte na época e que a princípio, poderia ser mais promissora.


Foi somente no 3º álbum de estúdio do RED HOT CHILI PEPPERS, “The Uplift Mofo Party Plan”, que iria contar com o retorno de Irons à banda, o que também seria o único a apresentar a formação original completa do RED HOT CHILI PEPPERS (foto), já que Slovak havia retornado no disco anterior.

O vocalista Anthony Kiedis e Slovak desenvolveram sérios vícios em drogas pesadas quando terminaram de gravar esse 3º álbum e saíram em turnê, porém, em 25 de junho de 1988, Hillel Slovak morreria tragicamente por overdose de heroína.

Com o falecimento de Slovak, quase que o RED HOT CHILI PEPPERS encerrou a carreira, com Anthony Kiedis "fugindo" da cidade natal do grupo, Los Angeles, e Jack Irons optando por sair da banda.

Em uma nova entrevista para a revista Rolling Stone, Irons relembrou como a morte de Slovak o fez partir do RED HOT CHILI PEPPERS e reconsiderar seriamente a sua carreira de músico profissional.

Irons começou falando: “Eu estava realmente acabado e aquele se tornou no período mais difícil da minha vida. Honestamente, definiria o resto da minha vida. Nós tínhamos viajado tanto na turnê e eu estava muito cansado. Sabe, direto na estrada fazendo 200 shows em 01 ano e todos apertados numa van, onde fiquei simplesmente muito cansado. Não consegui me adaptar com facilidade a tudo aquilo".

Ele continuou: “Já havia um certo nível de exaustão e dificuldade pessoal que eu estava enfrentando antes da morte de Hillel Slovak, e quando ele morreu, foi realmente o ponto de ruptura pra mim. Portanto, eu fiz uma jornada muito diferente naquele ponto da minha vida, que era sobre recuperar a minha vida, colocar os meus pés no chão e descobrir o que eu realmente queria fazer. Pensava que a música simplesmente não poderia mais fazer parte da minha vida”.

Irons concluiu: “No mínimo, eu estava culpando a música de várias maneiras, já que a minha vida era tão sem fundamento. Talvez se tivéssemos trabalhado menos, o pior não teria acontecido? Eu não sei... Quem sabe onde a minha mente estava naquele momento? Mas foi um acontecimento muito difícil que me derrubou… A vida ficou muito mais séria depois daquilo. Eu me pegava pensando: ‘O que realmente está acontecendo aqui? Do que se trata a vida?' Tornou-se realmente uma coisa profunda e aquilo me consumia. Eu sabia que não faria música por muito tempo, por isso que eu saí da banda. No final das contas, eu simplesmente não conseguia me ver fazendo aquilo, sabe? Eu simplesmente não estava... Eu não conseguia mais".


A carreira de Jack Irons acabaria por crescer novamente, pois ele iria ser o baterista da banda ELEVEN e do PEARL JAM (entre 1994 à 1998), além de contribuições com inúmeros outros artistas. Ele também foi a pessoa que entregou em mãos para um desconhecido Eddie Vedder uma fita-cassete demo de um pessoal de Seattle que estavam procurando por um vocalista...


"Behind The Sun" (Disco: “The Uplift Mofo Party Plan”)


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