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by Brunelson

James Hetfield: qual música do Metallica fez o frontman da banda "estremecer" durante a gravação?


É difícil imaginar alguém à frente do METALLICA que não seja o seu frontman, James Hetfield.

Mesmo que ele não seja o letrista mais diverso ou com uma presença de palco mais dinâmica de todos os tempos, o latido de marca registrada de Hetfield deu força às lendas do thrash metal por mais de 04 décadas, junto com a sua implacável escolha pela guitarra base.


Mas quando a banda estava começando a fazer sucesso, Hetfield não se sentia muito confortável em estar na frente do palco.



Apesar de também conhecermos Hetfield ao microfone, ele sempre se sentiu mais confortável ficando em 2º plano, até mesmo perguntando inicialmente aos seus companheiros de banda se eles queriam outra pessoa encarregada para cantar no grupo. Durante os 04 primeiros álbuns do METALLICA, Hetfield admitiu não cuidar adequadamente de sua voz, dizendo uma vez em entrevista no DVD "Classic Albums": “Eu nunca quis ser cantor. Estávamos querendo tocar e tinha que ter letras nas músicas, então, sobrou pra eu fazer isso”.

E ao quebrar o gelo com o novo produtor da banda, Bob Rock, quando foram gravar mais um clássico disco do METALLICA, "Black Album" (5º disco, 1991), eles tinham algo diferente em suas mãos com uma nova canção, "Nothing Else Matters".

No entanto, Hetfield admitiu que a progressão de acordes para essa música surgiu por acaso.


Depois de ficar entediado e conversando ao telefone com uma mão e a outra mão estava com o seu violão no colo, ele começou a tocar todas as cordas soltas antes de prever algo musical em sua mente, transformando-a na música "Nothing Else Matters". Depois de adicionar pequenas extensões, Hetfield nunca considerou trazer esta canção para a banda porque achava que soava muito suave. Quando o baterista Lars Ulrich a ouviu, ele sentiu que eles deveriam dar corpo a ela, o que estava levando a um dos maiores receios de Hetfield: canta-la de uma forma mais "sofisticada".

Trabalhando com o produtor Bob Rock para obter a entonação adequada, Hetfield chegou a treinar com cantores de uma sinagoga para ajudar a estabelecer um vocal adequado para a canção, o que lhe permitiu abrir o seu alcance vocal em vez de apenas "latir". Mais adiante nesse mesmo documentário, Bob Rock mencionou ajudar Hetfield através da música, oferecendo diferentes inflexões para deixar o ouvinte canalizar a voz de Hetfield, em vez de escutar uma gigante parede de som.

Ao ouvir a música da forma que ficou gravada, Hetfield se emocionou com a versão que acabaria sendo lançada no disco. Durante os versos da linha: "Todas essas palavras não são da boca pra fora", há um momento em que a sua voz vacila, com a performance atingindo o seu emocional e fazendo-o estremecer fisicamente. Após Bob Rock garantir no documentário que nenhum Pro Tools foi usado na gravação, ele disse que, depois que Hetfield a cantou, o frontman do METALLICA olhou para um dos engenheiros de som do estúdio e disse: “Essa gravação ficou ruim”.


E durante o ciclo de produção desse álbum, a banda contratou o compositor de música clássica, Michael Kamen, para inserir uma versão orquestral para acompanhar esta canção, embora a edição final tenha usado a orquestra com moderação.

Mal sabia Hetfield que a música "Nothing Else Matters" abriria novas portas para o METALLICA...


"Nothing Else Matters"

















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