James Hetfield: "sem o Motorhead, não existiria Metallica"
Quando a 2ª metade da década de 70 iniciou, junto com o punk rock mais à frente mas em seu próprio estilo, estava surgindo o MOTORHEAD em terras britânicas, grupo este que até hoje não se encontra rótulos para defini-lo, sendo um hard rock precursor ao heavy metal, vestido em meias punk rock.
Recém-saído da banda psicodélica HAWKWIND, Lemmy Kilmister estava procurando montar um grupo que fosse muito mais pesado do que qualquer coisa que tivesse vindo antes, mas mesmo assim misturando os sons de Little Richard com sons selvagens do pré-punk de grupos como MC5 e THE STOOGES.
Mesmo que Lemmy afirmasse em entrevistas que a sua banda nada mais era do que um típico grupo de rock and roll, sementes do thrash metal seriam plantadas em músicas como “Overkill”, apresentando sons de baixo e entrega vocal laminadas de Lemmy Kilmister (vocalista/baixista).
Sendo Lemmy influência para muitos, o frontman do METALLICA, James Hetfield, uma vez falou sobre a importância do MOTORHEAD para sua educação musical: “Ele foi uma inspiração pra mim, mesmo sem conhecê-lo muito bem. Eu não o conhecia tão bem quanto muitas outras pessoas, sabe? Ele foi definitivamente um mentor no mundo do heavy metal. Ele é o epítome do rock and roll pra mim e sem o MOTORHEAD, certamente não existiria o METALLICA”.
E com o timbre vocal de cada um, é fácil também ver onde Hetfield fez anotações ao ouvir os cortes profundos do MOTORHEAD, que não ficam restritos somente em sua música. Essa influência seria uma via de mão dupla, com o MOTORHEAD ganhando seu primeiro prêmio Grammy ao fazer um cover da música "Whiplash" do METALLICA, apenas para o METALLICA retribuir o favor compondo a canção "Murder One" em memória a Lemmy Kilmister, após sua morte em 2015.
Quando em vida, Lemmy podia não estar procurando fazer nada além de querer tocar rock and roll, mas nem mesmo ele poderia prever que tinha todo um gênero musical que descenderia de sua música.
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