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by Brunelson

Jim Morrison: quais eram as 02 bandas favoritas do vocalista do The Doors?


Todo o cânone do THE DOORS muitas vezes parece existir fora dos limites normais do rock and roll.

Como a maior parte da cena rock no anos 60 estava se preocupando mais com o movimento hippie e andando com flores no cabelo saboreando o "Verão do Amor", Jim Morrison estava pintando uma imagem sombria do que estava acontecendo dentro de sua cabeça, geralmente com representações gráficas da violência em cada coração humano.

Nos primeiros dias do THE DOORS, Morrison geralmente estava mais sintonizado com a poesia do que com o rock and roll padrão. Em seus encontros com o futuro tecladista, Ray Manzarek, Morrison nem se imaginava como cantor, pensando que não tinha voz para isso.



Ao trocar influências, Manzarek disse conforme registrado no DVD "Classic Albums": “Jim Morrison foi influenciado pelos poetas da beat generation. Certamente pessoas como Jack Kerouac, Allen Ginsberg e Michael McClure”.

Depois que o THE DOORS começou a ganhar força na cena em Los Angeles, Morrison começou a aproveitar diferentes personas dependendo da música que cantava, desde abraçar o seu papel como "O Rei Lagarto" mais parecendo que estava recitando poesia por cima da musicalidade do THE DOORS, até se tornar um cantor no sentido literal da palavra como na música "The Crystal Ship".



Ao falar sobre algumas de suas bandas favoritas da mesma época, Morrison tinha um gosto igualmente espaçado por alguns dos grupos mais novos que saíam em cena.

Ao discutir os seus gostos modernos, Morrison primeiro falou sobre o seu amor pela música blues, pensando que era isso que o THE DOORS estava destinado a fazer nos primeiros dias. No entanto, bandas mais novas da cena britânica como o PINK FLOYD também estavam chamando a sua atenção na época, conforme Morrison explicou numa entrevista retirada do YouTube: “Eu vi eles no Hyde Park em Londres quando estavam fazendo um show gratuito e gostei muito deles”.

Também não é difícil ver por que os primeiros dias do PINK FLOYD atraíram Morrison, tendo a mesma vibração psicodélica sombria que o THE DOORS absorveria sendo o inverso americano em álbuns como "Strange Days" (2º disco, 1967).


Fora do rock padrão, Morrison também expressou interesse pelo jazz, tornando-se poético sobre a apresentação que ele presenciou de Miles Davis na Ilha de Wight, Inglaterra, dizendo: “Não sou músico. Eu só sabia que havia algo ali e percebi que se podemos ir nessa direção e nos tornarmos complexos assim, então, é melhor fazermos isso no que fazemos de melhor, que é o blues”.

Embora o THE DOORS certamente tenha feito o seu quinhão de canções blues em álbuns como "L.A. Woman" (6º disco, 1971), sempre houve elementos de ambos os artistas favoritos de Morrison rastejando em seu som.



Em algumas de suas épicas canções como "The End" e "When The Music's Over", Morrison tende a divagar em verso livre enquanto a banda improvisa ao seu redor, o que é tirado diretamente do caminho que os músicos da banda de Miles Davis alimentavam uns aos outros.


Enquanto a formação original do PINK FLOYD não ficaria junta por muito tempo com a dispensa do seu vocalista/guitarrista original, Syd Barrett, o THE DOORS também aproveitou um pouco de sua energia maluca, colocando alguns dos efeitos sonoros psicodélicos em músicas como "People Are Strange" ou "Hello I Love You".


Para todas as bandas hippies padrão que surgiram na época, é fácil ver a linha comum entre Miles Davis, THE DOORS e o PINK FLOYD. Nem todos eles tocavam o mesmo tipo de música, mas escondido dentro de suas canções havia um destemor inato para tentar qualquer coisa que pudessem nas gravações de estúdio e em suas apresentações ao vivo.


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