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by Brunelson
“Quando eu morrer, quero que as pessoas apenas toquem a minha música, enlouqueçam, pirem e façam o que quiserem” - Jimi Hendrix.
Se alguém acreditasse que um artista está “à frente de seu tempo”, então, é um credenciamento que também deve ser reservado a Jimi Hendrix.
Criado em Seattle, Hendrix nunca teve um único dia de aula formal e teórica de guitarra. Em vez disso, ele absorveu todo o blues popular e música R&B que podia da época escutando Muddy Waters, Howlin' Wolf e Chuck Berry como os seus favoritos. Como um artista negro, ele provavelmente era muito experiente com o tipo de tratamento que músicos negros sofriam e seus maus-tratos poderiam ser completamente inevitáveis.
Quando o ROLLING STONES ganhou destaque na cena londrina, os músicos de blues acima mencionados foram despertados na consciência do público americano, trazendo Muddy Waters e companhia de sua aposentadoria precoce de volta aos palcos.
Hendrix começou como músico de banda de apoio, tocando em grupos como de Little Richard, THE ISLEY BROTHERS e King Curtis. Hendrix sempre foi muito mais do que apenas um guitarrista de R&B, mesmo quando jovem. O seu início fundamental foi incorporado aos arquétipos da música blues, o que foi um bom treinamento, mas Hendrix, muito cedo, decidiu que largaria o seu emprego como músico de apoio e se mudaria para New York para tentar a sua própria carreira.
Recrutando outros músicos, Mitch Mitchell na bateria e Noel Redding no baixo, estaria pronta a banda de Jimi Hendrix, onde logo eles gravaram o cover de "Hey Joe" e que entraria nas paradas.
O biógrafo de Hendrix, John McDermott, comentou sobre o relacionamento e o esforço de equipe entre Hendrix e Chas Chandler: “Tratava-se de facilitar o talento de Hendrix. Acho que, o que Chandler percebeu é que, com alguns parâmetros, esse cara é um artista tremendo e acho que ele foi inteligente o suficiente para reconhecer: 'Preciso colocar esta seção rítmica em torno dele e precisamos estar em um bom estúdio', e isso tudo iria cuidar de si mesmo”.
E o momento mágico veio quando Chas Chandler ouviu pela 1ª vez o início da música "Purple Haze" de Jimi Hendrix.
O escritor John McDermott continuou a sua história sobre o fatídico dia em 1966: “Jimi Hendrix estava tocando em um pequeno clube em Londres e estava nos bastidores brincando com o riff da canção 'Purple Haze', e Chas, você sabe, estando lá, ouviu imediatamente e lhe disse: 'Escreva o resto disso, pois este será o próximo single'. Creio que ele decidiu que seria o próximo single, porque Chas tinha escutado o suficiente de Jimi Hendrix até aquele ponto, mesmo apenas nos 02 ou 03 meses em que eles estavam juntos, para saber que era algo muito especial e que eles teriam que trabalhar naquilo”.
Com fundos suficientes reunidos com o sucesso nas paradas da canção "Hey Joe", Chandler estava determinado a levar Jimi Hendrix a um estúdio melhor, onde um jovem e promissor engenheiro de estúdio trabalhava, Eddie Kramer. Kramer já tinha trabalhado em estúdios grandes e ele próprio também era muito experimental, assim como Jimi Hendrix.
Kramer lembrou dessa história, ele que iria ser o engenheiro de som fiel de Jimi Hendrix até o fim de sua vida: “O gerente do estúdio onde estávamos me disse um dia: ‘Sabe, há um sujeito americano com cabelo grande chamado Jimi Hendrix e já que você gosta de todas essas coisas estranhas, por que você não resolve trabalhar com ele?' Quando conheci Jimi, nos demos muito bem logo de cara”.
Ele foi colocado em um pedestal e anunciado como o novo rei da contracultura e muitas pessoas associaram a canção "Purple Haze" a tomar ácido LSD, mas Hendrix disse o contrário. Na verdade, a música foi escrita na época em que ele estava lendo um romance de ficção científica e pegou no sono. Hendrix sonhou que estava debaixo d'água e cercado por uma névoa roxa impenetrável. Ele acreditava que a névoa roxa foi um despertar espiritual e religioso, e talvez tenha sido protegido por Deus. Inicialmente, o refrão da música era: “Purple haze / Jesus saves”.
A canção foi lançada em março de 1967 e foi um grande sucesso. As gerações mais jovens o amavam e alguns críticos, à sua maneira habitual e rabugenta, optaram por fazer guerra.
Um crítico o chamou de “o psicodélico Tio Tom”, ao que Hendrix respondeu: “Eu não me importo, cara. Eu não me importo mais com o que eles dizem. Cabe a eles, então, se eles querem estragar a noite olhando para uma coisa. Você sabe, porque tudo isso está incluído, cara. Quando eu tenho vontade de tocar guitarra com os dentes, eu faço, porque eu tenho vontade, sabe? Tudo isso está completo quando estou no palco, sou completamente natural, mais do que, você sabe, conversando com um grupo de pessoas ou algo assim”.
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