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by Brunelson

Jimi Hendrix: conselhos para quem quer formar uma banda (e para os que já estão na estrada)


Ninguém conseguiu reproduzir a feitiçaria fascinante que Jimi Hendrix poderia criar com uma guitarra, mas isso não o impediu de sempre tentar ajudar outros a aprender o ofício.

Hendrix ofereceu alguns comentários incríveis de sabedoria no auge de sua fama, as mesmas palavras de conselho que sem dúvida inspiraram outros a tentar a difícil tarefa de pegar um pedaço de madeira com componentes eletrônicos e 06 cordas amarradas nele, para montar uma banda - apesar de saber que seria quase impossível estar perto do talento que ele era.

No entanto, Hendrix não nasceu apenas com esse dom divino e como tudo na vida, ele trabalhou para melhorar constantemente aos poucos. Com a sua dedicação sendo seu maior trunfo no desenvolvimento das habilidades que mudariam a face da música, seu esforço entorpecente o tornou o melhor guitarrista que já existiu na face da terra.


E como qualquer pessoa, houve momentos em que Hendrix pensou em desistir de tudo quando era mais jovem, mas a sua natureza resiliente o impediu de fazê-lo.

O músico não começou a sua carreira tocando para um público de milhares de pessoas e sua primeira experiência com uma banda estava longe de ser glamorosa. “Quando eu tinha 17 anos de idade, formei esse grupo com alguns outros caras, mas eles me abafaram e me deixavam pra trás”, comentou uma vez. “Eu não sabia por quê no início, mas depois de cerca de 03 meses percebi que teria que comprar a minha própria guitarra e fazer as minhas próprias coisas”.


Esta revelação de Hendrix se deu, quando ele foi perguntado em entrevista qual conselho ele daria a músicos aspirantes na época.

“A minha 1ª guitarra foi uma Danelectro que o meu pai comprou pra mim. Devo ter insistido muito para ele comprar, mas antes tinha que lhe mostrá-lo que eu podia tocar. Naquela época, eu acho que só gostava de rock'n'roll e costumávamos tocar coisas de bandas como THE COASTERS, por exemplo. De qualquer forma, todos tiveram que fazer as mesmas coisas antes de entrarem numa banda, tipo, você ainda tem que passar pelas mesmas etapas”, ele acrescentou.

“Então, comecei a procurar lugares para tocar e lembro que o meu 1º show foi num arsenal na casa da Guarda Nacional e ganhamos 0,35 centavos cada e 03 hambúrgueres”, continuou ele. “Foi muito difícil pra mim no início, sabe? Eu conhecia somente umas 03 músicas e quando chegou a hora de tocarmos no palco, eu estava me tremendo todo. Então, eu fiquei meio que escondido atrás das cortinas, porque simplesmente não conseguia ficar lá na frente do palco e então, você fica muito desanimado. Você ouve e vê bandas diferentes tocando ao seu redor e o guitarrista das outras bandas sempre parece muito melhor do que você”, Hendrix se lembrou.

“A maioria das pessoas desiste nesse momento, mas é melhor não desistir. Apenas continue e apenas continue. Às vezes, você vai ficar tão frustrado que vai odiar a sua guitarra, mas tudo isso é apenas uma parte do aprendizado. Se você persistir, será recompensado. Se você for muito teimoso, você pode conseguir”, concluiu comoventemente o guitarrista.

A questão de Hendrix de que o talento por si só pode levá-lo até certo ponto e a importância da resiliência mental, é algo que não pode ser subestimado, pois era um atributo-chave para Jimi Hendrix tanto quanto a sua habilidade de criar magia nas 06 cordas.


"Voodoo Child" (3º disco de Jimi Hendrix, "Electric Ladyland", 1968)


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