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by Brunelson

Jimi Hendrix: guia para iniciantes; 06 canções definitivas de sua carreira


Existem poucos músicos de um instrumento que são tão celebrados quanto Jimi Hendrix e a sua guitarra.

A figura icônica da música e com razão tão amplamente considerado o maior guitarrista que já existiu, também foi impressionante em suas habilidades de composição.


Embora Hendrix ainda seja considerado um ícone da cultura popular, a sua música não pode ser esquecida com facilidade e resolvemos fornecer um guia de suas principais musicalidades em suas canções.

Como o nosso objetivo é oferecer uma pequena visão de todo o seu leque musical - não necessariamente selecionar as melhores músicas ou as mais conhecidas - resolvemos destilar somente 06 canções de Jimi Hendrix para deixar muita coisa boa ainda de fora da lista.

Apesar do seu cânone relativamente pequeno, algo dolorosamente afetado pela morte prematura de Hendrix em 1970 e tendo lançado em vida somente 03 álbuns de estúdio e 01 disco ao vivo - sendo este ao vivo o seu último trabalho e que apresentou somente músicas novas e inéditas - transformar esta rica coleção em apenas 06 músicas foi difícil de fazer.

Pode parecer um pouco trivial vasculhar o trabalho de uma lenda como Jimi Hendrix, mas essas matérias de "Guias" que o site rockinthehead formula de vez em quando, serve mais para os novos fãs da atual geração (ou não) conhecerem um pouco a música de tal artista.






Afinal, sempre temos mais para aprender com o maior guitarrista que o mundo já conheceu, Jimi Hendrix.

Confira em ordem cronológica o guia para iniciantes de Jimi Hendrix:

Música: "Red House"

Álbum: "Are You Experienced" (1º disco, 1967)

Uma das primeiras canções que Hendrix gravou, "Red House" é amplamente mantida por uma estrutura simples de blues de 12 compassos que, como sempre, permite que ele doure as arestas da música com um toque de ouro.


A canção muda o ritmo do álbum e muitas vezes proporcionou um momento mais calmo em seus shows.

O público pode ter dado um suspiro coletivo quando as primeiras notas da música "Red House" pousaram no ar, mas isso não acalmou Hendrix. Sobre a batida simples, ele libera uma série de riffs esguios que fazem toda a conversa que o seu vocal nunca conseguiu.

Dizem que esta canção é sobre a namorada do colégio de Hendrix, Betty Jean Morgan, e é uma de suas músicas mais convencionais de sua carreira. Isso só mostra que Hendrix era mais do que capaz de trazer as coisas de volta ao básico quando precisava.


Música: "Foxy Lady"

Álbum: "Are You Experienced" (1º disco, 1967)

Às vezes, certas músicas atingem você em algum momento de sua vida...

E quando escutei esse riff em 1995 pela 1ª vez aos 15 anos de idade, fez explodir a minha mente e me aprofundar em Jimi Hendrix depois de ter sido fisgado pelo grunge, punk rock e rock alternativo em 1991.

Se há uma canção na qual você pode destilar o talento de Jimi Hendrix, encapsular a sua visão e a sua exploração sonora, "Foxy Lady" é a canção.

Com letras aparentemente ligadas a Heather Taylor, que se casou com o vocalista do THE WHO, Roger Daltrey, a música é toda saída da alma de Jimi Hendrix.


Música: "Stone Free"

Álbum: "Are You Experienced" (1º disco, 1967)

Esta canção rapidamente se tornou num hino integral para o movimento da contracultura.

Com o seu título ambíguo, o som insondável da guitarra, a energia criativa e o entusiasmo sustentados pelo refrão, a música "Stone Free" muitas vezes se tornou um arranjo estendido quando tocada ao vivo, o que mostra o quanto Hendrix valorizava essa música.


Forneceu todos os pontos necessários para fazer de Hendrix um ícone cultural e o novo "garoto-propaganda" do movimento do amor livre.

A letra dessa música supostamente explora a vida inquieta de Jimi Hendrix.


Música: "Bold as Love"

Álbum: "Axis Bold as Love" (2º disco, 1967)

Grande parte desse 2º álbum pode ser visto como uma extensão do disco de estreia de Jimi Hendrix.


É parte da erupção inicial das faíscas criativas de Hendrix quando o seu agente/produtor, Chas Chandler, lhe deu espaço para se expressar verdadeiramente.


E aqui nesta canção, Hendrix faz aquela coisa mercurial que apenas alguns artistas podem fazer e ele se conecta com algo atemporal.

No centro da música está a visão caleidoscópica de Hendrix sobre a vida e o amor. À medida que ele percorre os muitos tons que o amor pode assumir, ele conclui que cada um é tão poderoso e potente quanto o anterior.


A canção adiciona um tom universal de aceitação e paz que faz dela uma música de Hendrix para todas as idades - sendo que até hoje esta mensagem soa verdadeira.

Essa música provou que, além de ser um guitarrista maravilhosamente talentoso com as suas boas doses de licks, Hendrix era um grande letrista. Poeticamente sólido e sonoramente muito à frente dos seus contemporâneos, Hendrix estava provando ser tudo o que as pessoas esperavam dele.


Música: "Voodoo Child"

Álbum: "Electric Ladyland" (3º disco, 1968)

A música que encerra o último álbum de estúdio lançado por Hendrix em vida, é certamente uma das mais icônicas de sua carreira e na história do rock.

Até aqui, o baterista Mitch Mitchell e o baixista Noel Redding vinham acompanhando Jimi Hendrix desde o disco de estreia e numa entrevista concedida logo depois, Redding explicou como eles tinham aprendido a tocar esta canção: “Aprendemos essa música no estúdio, ali, na hora… Eles deixavam os rolos de fitas gravando e aconteceu numa hora enquanto tocávamos”.

Jimi Hendrix acrescentou, nessa mesma entrevista para o canal americano da ABC: “Alguém estava filmando quando começamos a criar a música 'Voodoo Child'. Tocamos esta canção umas 03 vezes porque eles queriam nos filmar no estúdio para nos fazer parecer que estávamos realmente gravando para o disco, você sabe, uma dessas cenas para editar, e nós: 'Ok, vamos tocar isso na nota Mi' e então, começamos o que iria se tornar na música 'Voodoo Child'”.

É uma canção furiosa que merece o seu lugar no panteão do estimado trabalho de Hendrix. Poderosa e potente, é um lembrete do talento abrasador que Hendrix possuía do início ao fim de sua vida.


Música: "Who Knows"

Álbum: "Band of Gypsys" (Disco ao vivo, 1970)

Esse álbum é um dos melhores trabalhos que a discografia de Jimi Hendrix já lançou em toda a sua carreira - antes e depois de sua morte.

A história que o envolve é gigante e muito interessante, onde fica a dica para quem quiser ler a resenha no tópico abaixo.



Aqui, Hendrix estava se apresentando com Buddy Miles na bateria e o baixista que substituiu em definitivo Noel Redding em 1969, Billy Cox - Mitch Mitchell voltaria a assumir a bateria até o final da banda, após ter dado "um tempo pra cabeça".

A música de lei que deveria ter sido escolhida desse disco seria "Machine Gun", mas queríamos mostrar o lado funk rock que Hendrix queria introduzir em suas futuras composições - "Who Knows" é apenas 01 das músicas funk rock desse disco ao vivo.


E claro, as músicas aqui apresentadas eram todas inéditas e que não constavam em nenhum álbum de estúdio que Jimi Hendrix havia lançado até então. O álbum inteiro é uma compilação somente dessas músicas inéditas que foram apresentadas em 02 shows que Hendrix fez na véspera do Ano-Novo de 1969/1970 e mais 02 shows que ele fez no dia 01 de Janeiro/1970, todos realizados na cidade de New York na famosa casa de shows chamada Fillmore East.


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