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by Brunelson

Jimi Hendrix: Top 10 melhores solos de guitarra

"O conhecimento fala, mas a sabedoria ouve" - Jimi Hendrix.


Jimi Hendrix foi uma pessoa que dominou a cena musical durante sua vida e continua até hoje, justamente aclamado como o maior e melhor guitarrista que já existiu. 


O selvagem garoto-propaganda da contracultura fez seu nome como o espírito livre do rock ‘n’ roll e, talvez devido à sua morte prematura, ele nunca "desistiu" desse cargo. Ainda assim, no século 21 ficamos maravilhados com o talento sincero e marcante que Hendrix possuía ao seu alcance.


Claro, houve outros heróis da guitarra antes da chegada de Hendrix. Eric Clapton (CREAM) era mais do que formidável, enquanto Jimmy Page (LED ZEPPELIN) vinha se tornando um especialista, mas ninguém tocava como Jimi Hendrix. Ele possuía o mesmo tipo de florescimento artístico, determinação criativa e evolução incontrolável que cabe em alguns dos criativos mais notórios do mundo de qualquer área que for.


Quando o próprio Jimmy Page rotulou Hendrix como “o maior músico do mundo”, há bons motivos para tal. Não é um grande salto pensar em Hendrix com a guitarra tão parecido quanto Picasso estava para a pintura. Se tornando um ícone para uma nova geração de pensadores, perturbados pela 2ª Guerra Mundial e determinados a não cair nos mesmos buracos de trevas, Hendrix também deveria ser reverenciado como um maestro do seu instrumento. 


Dito isto, não foram apenas suas habilidades técnicas que impressionaram o público, foi seu comportamento, espírito, vibração e a maneira como ele deixou a música fluir através dele que acabou atraindo as pessoas. Retirado do mundo após uma trágica overdose acidental de remédios para dormir em 1970, a cena musical não iria conseguir ver até onde Hendrix poderia chegar, fosse por conta própria ou as inúmeras parcerias que eventualmente iria participar no estúdio e nos shows. 


Sendo assim e em forma de homenagem, resolvemos fazer um Top 10 melhores solos de guitarra de Jimi Hendrix.


Segue em ordem cronológica:


Música: "Foxey Lady"

Álbum: "Are You Experienced" (1º disco, 1967)


Às vezes, certas canções parecem que se aglutinam em nosso gene depois que tomamos conhecimento. Em algum momento em nossas vidas, quando escutamos aquele riff abrasador explodindo nas rádios ou na MTV quando era um canal de música, o negócio realmente lhe atingia e abria novas portas em seu inconsciente.


E se há uma música em que você pode destilar o talento de Hendrix, resumir sua visão e sua exploração sonora, essa música é "Foxey Lady", uma canção e solo de guitarra que vem direto da alma de Hendrix.


Uma alma primitiva e orgânica que emana em cada nota nessa música, o que a deixa difícil de não se apaixonar por ela. E por ser lançada em seu disco de estreia, é sem dúvida o solo de guitarra que logo de cara confirmou Jimi Hendrix como uma lenda.


Música: "Red House"

Álbum: "Are You Experienced" (1º disco, 1967)


"Red House" foi uma das primeiras canções gravada por Jimi Hendrix. Seguindo a forma de um blues convencional de 12 compassos, Hendrix desenvolveu essa música antes de formar sua banda, seguindo sugestões de alguns dos grandes nomes do blues que o inspiraram a pegar a guitarra, como Albert King e Elmore James.


Um dos indicadores mais sólidos de quão estelar Hendrix era na criação de peças lentas de blues, também apresenta alguns de seus melhores solos, nos quais ele canaliza o grande B.B. King com o coração na mão. Seu solo é excepcional, refletindo como um guitarrista de blues deve percorrer a estrutura de 12 compassos com ênfase nos espaços. 


Apenas uma versão atemporal de uma canção e solo de guitarra.


Música: "I Don’t Live Today"

Álbum: "Are You Experienced" (1º disco, 1967)


Esta canção continua sendo um ponto alto no catálogo de Hendrix. É aclamada como uma precursora do rock psicodélico e devidamente há uma sensação palpável dessa atmosfera percorrendo-a. 


Pode ser considerada também uma personificação auditiva do lado mais sombrio da contracultura dos anos 60, denotando que o movimento "flower power" dos hippies não era tão arejado quanto parecia inicialmente.


Seja com seu refrão hino ou a mensagem política que “foi dedicada aos índios americanos e a todos os grupos minoritários da depressão americana”, há muito o que amar nessa música, mesmo depois de mais de 50 anos. 


No entanto, é o seu solo de guitarra que brilha mais, surgindo do nada e carregado por uma onda de feedbacks, confirmando o quão pioneiro Hendrix foi. Não é um dos seus solos típicos no sentido de que não é convencional, em vez disso, ele deixa os efeitos fazerem o trabalho, tornando momentaneamente a canção em uma jam psicodélica que fornece um contraponto ao seu otimista refrão.


Vários fãs poderiam ter retirado este solo da nossa lista e o motivo é plausível, mas é esse o ponto da questão. Você poderia categorizar isso como um anti-solo e é por essa razão que resolvemos escolhe-la.


Música: "Purple Haze"

Álbum: "Are You Experienced" (1º disco, 1967)


Pela própria natureza do seu apelo inconstante, é provável que muita gente não irá concordar 100% com essa lista, achando que resolvemos focar nas canções mais conhecidas de Hendrix em vez de respeitar o título dessa matéria.


Mas achamos que está bem definido que a música arquetípica de Hendrix simplesmente tem que ser "Purple Haze", se não apenas pela suas letras icônicas que está enraizada no cérebro de todos.


E tratando somente o lado instrumental, possui todos os fios mais finos e nobres que fazem de Hendrix um gênio da guitarra, com sua musicalidade de uma seda brilhante das modalidades orientais, a mistura robusta e colorida do blues e que renderia essa beleza de processamento sonoro.


Música: "Spanish Castle Magic"

Álbum: "Axis Bold as Love" (2º disco, 1967)


Desde que foi lançada como um dos singles desse álbum, a canção "Spanish Castle Magic" tem sido reverenciada como uma das melhores músicas de Jimi Hendrix.


É um caso estridente com uma tendência notavelmente forte para a época, e isso se deve ao baixista Noel Redding realizando suas partes em um baixo da marca Hagstrom de 08 cordas direcionado através de uma unidade de efeitos Octavia, o que permitiu à banda se livrar de algumas algemas. 


Um dos pontos mais interessantes da ampla obra de Hendrix, seja no estúdio ou em muitas versões ao vivo, a canção "Spanish Castle Magic" estava muito à frente de seu tempo em termos de composição e produção. Embora possa haver muitos pontos de discussão sobre essa música, incluindo a sugestão de que ela seja um dos primeiros embriões do gênero metal, o destaque mais brilhante são os seus solos de guitarra.


O nativo de Seattle explode em um solo que é tão melódico quanto visceral.


Música: "Little Wing"

Álbum: "Axis Bold as Love" (2º disco, 1967)


Esta canção é uma balada que captura tudo o que há de impressionante em Jimi Hendrix. Ele conseguiu atravessar a linha entre o físico, o imponente e, ainda assim, de alguma forma totalmente etérea.


Claro, Hendrix eleva as coisas quando deixa sua guitarra falar as palavras que ele não conseguia pessoalmente. Sendo uma das suas músicas mais antigas - ele a tinha escrito antes de lançar seu 1º disco - o solo que ele executa na guitarra é absolutamente cativante.


Cheio de distorção, Hendrix presta homenagem aos músicos de R&B das antigas com um solo retirado diretamente dos livros de história. E assim que ele a apresentou ao mundo, este solo de guitarra voltou diretamente para os livros de história como um dos seus melhores de todos os tempos.


Música: "Bold as Love"

Álbum: "Axis Bold as Love" (2º disco, 1967)


Este 2º álbum de Jimi Hendrix pode ser visto como uma extensão do seu disco de estreia, mas na canção "Bold as Love", Hendrix faz aquela coisa inconstante que apenas alguns artistas conseguem fazer quando se conectam com algo atemporal.


No centro da música está a visão caleidoscópica de Hendrix sobre a vida e o amor. À medida que ele analisa as várias matizes que o amor pode assumir, ele conclui que cada uma é tão poderosa e potente quanto a anterior. Acrescenta um tom universal de aceitação e paz, o que torna esta canção para todas as idades escutarem mesmo em pleno ano de 2024.


Isto é apenas uma das marcas que designa uma obra de arte, através de sua mensagem verdadeira e íntegra.


E claro, Hendrix também impressiona com seu solo que foi o prefácio da experimentação na guitarra, onde ele tocou usando o pedal de distorção chamado flanger e um conjunto de efeitos difusos que levam a música ao pedal overdrive. 


Como sempre, Hendrix conta sua história através da guitarra fazendo-a falar.


Música: "All Along The Watchtower"

Álbum: "Electric Ladyland" (3º disco, 1968)


Claro, um dos momentos que definiram a carreira de Hendrix foi esse cover de Bob Dylan. 


Dylan disse uma vez sobre essa versão de Hendrix: "Realmente isso me oprimiu. Jimi Hendrix tinha tanto talento que conseguia encontrar coisas dentro de uma música e desenvolvê-las vigorosamente. Ele encontrou coisas que outras pessoas não pensariam em encontrar lá. Ele provavelmente melhorou com os espaços que estava usando... Eu tirei a licença original para a versão que ele criou e na verdade, continuo fazendo isso até hoje”.


Esta canção foi executada por vários artistas no decorrer da história, seja por Eddie Vedder em suas apresentações solo (vocalista do PEARL JAM), por Neil Young, a banda U2 e tantos outros, mas nenhuma se compara e nem chega perto da versão de Jimi Hendrix que tanto é usada como definitiva na cultura popular. Enquanto todas essas bandas e artistas tentavam honrar suas versões de forma comportada, Hendrix foi o único que a ingeriu, digeriu, vomitou e foi embora, deixando ali na calçada uma marca que nunca mais foi igualada.


O solo é literalmente perfeito e muito desse brilho vem das habilidades supremas de Hendrix com sua guitarra. É apenas a maneira perfeita de verificar sua habilidade e que ele literalmente podia fazer tudo o que imaginasse.


Música: "Voodoo Child"

Álbum: "Electric Ladyland" (3º disco, 1968)


Difícil escolher o que não é icônico na música e na cultura popular quando mergulhamos na discografia de Jimi Hendrix.


Assim como o baixista Noel Redding havia dito uma vez em entrevista: “Aprendemos esta canção no estúdio… Eles colocaram câmeras filmando enquanto tocávamos”.


Hendrix acrescentou: “Alguém estava filmando quando começamos a tocar a música 'Voodoo Child' no estúdio. Tocamos umas 03 vezes seguida para eles filmarem tudo o que queriam filmar".


É uma canção furiosa que merece seu lugar nos escalões superiores do estimado trabalho de Hendrix. E embora seja uma peça intrigante em termos de composição, é nos poderosos licks de guitarra que essa música realmente brilha. Poderoso e potente, o solo da guitarra é um lembrete do talento que Hendrix possuía desde o início até o fim de sua passagem pelo planeta Terra. 


É mais do que um simples solo e que nunca mais ouvimos alguém fazer algo do tipo (vide apresentação no Woodstock Festival), sendo mais uma explosão de força inebriante com o tipo de genialidade que somente Hendrix imbuia.


Música: "Machine Gun"

Álbum: "Band of Gypsys" (Disco ao vivo, 1970)


"Band of Gypsys" poderia ser nomeado como o 4º álbum de Jimi Hendrix lançado em vida.


O disco inteiro é uma compilação ao vivo de 04 shows e somente de músicas inéditas na época. Foram 02 shows na véspera do Ano-Novo de 1969/1970 e mais 02 shows no dia 01 de Janeiro/1970, todos realizados na cidade de New York na famosa casa de shows, Fillmore East. Provavelmente algumas delas seriam lançadas em um vindouro álbum de estúdio, mas infelizmente Hendrix viria a falecer em setembro de 1970.


E a música "Machine Gun" é um dos momentos mais icônicos na carreira de Jimi Hendrix. Uma peça extensa, sinuosa e seu solo é a cereja do bolo, onde ouvimos Hendrix emular na sua guitarra os barulhos sangrentos que uma guerra emite (do Vietnã), algo que ele já tinha criado antes, quando apresentou o hino nacional americano no lendário Woodstock Festival em 1969 (e que também deveria ter sido incluída aqui nessa lista).



































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