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by Brunelson
Um dos aspectos mais importantes por trás de qualquer bom guitarrista é a atenção ao timbre da guitarra.
Para todos os mestres do braço da guitarra que gostam de afirmar que o poder está todo nos dedos, há um certo talento que vem de ser capaz de identificar alguém tocando sem que você tenha conhecimento de quem seja, desde o momento em que a sua guitarra começa a emitir qual seja o som em qualquer música.
E embora alguns possam encontrar o seu som característico por horas grudado em seu amplificador girando um botão após o outro, o guitarrista do LED ZEPPELIN, Jimmy Page, encontrou o seu som por meio da experimentação crua.
Desde o seu humilde começo no THE YARDBIRDS, Page já estava procurando inovar além da posição padrão de músico de estúdio empregando diferentes equalizações em seu som. Depois que o guitarrista Eric Clapton deixou esse grupo para seguir sua carreira, Page aprendeu ainda mais com o próximo substituto, Jeff Beck, muitas vezes tocando baixo na maior parte do tempo enquanto observava Beck entrelaçar notas umas nas outras na guitarra.
No momento em que Page encontrou a hora certa de voar sozinho com o LED ZEPPELIN, ele já havia começado a acumular a sua biblioteca de licks e pronto para abrir asas com músicas como "Communication Breakdown" (1º disco, "Led Zeppelin", 1969). E apesar de todos os timbres incríveis de guitarra que surgiram nos primeiros 05 álbuns de estúdio da banda, Page é rápido em dizer que todos esses 05 discos não foram tudo sobre tom de guitarra pra ele.
Uma vez em entrevista, Page foi citado como tendo dito que ele tinha uma configuração bastante rudimentar durante a maior parte dos anos de glória do LED ZEPPELIN, lembrando: “Tudo o que eu tinha para trabalhar era um pedal overdrive, um wah-wah, um Echoplex e o que eu configurava na minha guitarra. Não era muita coisa e foi assim que eu tive que criar toda aquela gama de sons encontrados nos primeiros 05 álbuns do LED ZEPPELIN”.
Então, com os blocos básicos de construção de qualquer guitarrista, como Page descobriu maneiras de "deformar" a guitarra de uma maneira que ninguém nunca tinha escutado antes? Onde a maioria das pessoas teria visto a pouca quantidade de pedais de efeitos atrapalhando o seu processo, Page adotou uma abordagem diferente usando o que tinha de maneira única.
Para uma música como "Black Dog" (4º disco, "Led Zeppelin IV", 1971), o som distinto de sua guitarra vindo nos primeiros versos vem dele conectando-a diretamente no console da mesa de som do estúdio para obter esse timbre. Como não havia pedal de reverberação na época para Page trabalhar, uma outra canção, "Whole Lotta Love" (2º disco, "Led Zeppelin II", 1969), apresentava uma reverberação natural de Page intencionalmente dobrando uma das cordas ligeiramente desafinada para que ecoasse como uma corda aberta.
Page também encontrou maneiras diferentes de distorcer o seu tom de guitarra enquanto trabalhava com instrumentos acústicos. Em uma música como "Ramble On" (2º disco), ele fez questão de dedilhar a guitarra mais perto da ponte da mesma, dando-lhe um ataque mais agudo quando os microfones a captaram. Isso foi antes dele entrar em suas travessuras além da mesa de mixagem, incluindo a enorme tapeçaria de ruído que entrou na seção de colapso na canção "Whole Lotta Love".
Mesmo que Page não tivesse o melhor equipamento para trabalhar nos seus primeiros dias, alguém poderia dizer que a falta de um material de ponta poderia ter prejudicado algumas das clássicas canções do LED ZEPPELIN - ledo engano para um dos melhores guitarristas que o mundo já viu.
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