Josh Homme: "a coisa que menos acontece é alguém gravar seu 15º álbum de estúdio e ser seu melhor disco na carreira", disse o frontman do Queens of The Stone Age
O frontman do QUEENS OF THE STONE AGE, Josh Homme, recentemente avaliou em entrevista que as bandas têm que estar dispostas a arriscar perder fãs caso queiram evoluir. No entanto, ele também acrescentou que os verdadeiros fãs esperam que seus músicos preferidos mudem com o tempo.
Homme e sua banda têm se esforçado para explorar novos territórios sonoros desde o álbum "Like Clockwork" (6º disco, 2013), e seu lançamento mais recente, o álbum "In Times New Roman" (8º disco, 2023), não é exceção. Porém, tal abordagem apresenta o risco inerente de perder fãs e Homme explicou o por quê durante uma coletiva de imprensa antes da apresentação do QUEENS OF THE STONE AGE no Hellfest Festival na França.
“A coisa que menos acontece é alguém gravar seu 15º álbum de estúdio e ser seu melhor disco na carreira. Assim como parece natural que, às vezes, você se copie ou tente ficar seguro na sua zona de conforto, ou se preocupe demais com os fãs em vez de com o que está acontecendo na sua vida. Mas acho que seria tão maravilhoso fazer parte de um grupo onde o último disco que eu gravar antes de morrer seja o melhor de todos da minha banda”.
“Eu acho que é difícil isso acontecer e acho que você tem que estar disposto a perder seus fãs às vezes. Eu acho que você tem que ficar viciado no risco de tentar soar diferente, mas tentar soar familiar ao mesmo tempo, quero dizer, nós nem sempre fizemos assim, mas eu acho que a gente tenta fazer pelo menos”.
Homme sugeriu ainda que os verdadeiros fãs de qualquer banda querem que seus ídolos evoluam: “Acho que os fãs leais são aqueles que esperam a mudança de uma banda. Comecei a ouvir GBH, THE EXPLOITED, SUBHUMANS, BLACK FLAG, THE MISFITS, tipo, eu ainda amo a música ‘Legacy of Brutality’ do THE MISFITS tanto quanto eu sempre amei. É tão viciante, boa e eu quase gosto dela por razões diferentes agora, porque estou mais velho e posso ouvi-la de uma maneira diferente”.
O vocalista/guitarrista do QUEENS OF THE STONE AGE finalizou: “Mas eu acho que alguém que gosta de nós esperaria que a mudança acontecesse, só porque eles também ficaram mais velhos. Acho que se você apenas escrever músicas de um momento instantâneo da sua vida que você presenciou ou viveu, então, está tudo bem. Mas eu espero que em algum momento, alguém bata na minha porta e comece a tirar toda a merda das paredes e diga: 'Isso acabou!' Quero dizer, acho que seria tolice não pensar que tudo isso é algo muito temporário, certo? E é por isso que eu gosto de não saber o que vai acontecer. Eu gosto de arriscar meu corpo e gosto de arriscar a minha mente também”.
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