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Josh Homme: quando o frontman do Queens of The Stone Age citou os primeiros "vilões" do rock‘n roll

  • by Brunelson
  • há 13 minutos
  • 3 min de leitura

O conceito inteiro do rock'n roll nunca foi suposto a ser manso e familiar. 


Os jovens de hoje podem ter uma "imagem limpa" em comparação às épocas de ouro do rock na pré-internet, mas a razão em 1º lugar pela qual as crianças, adolescentes, jovens e adultos resolveram entrar em certos grupos sociais naquela época para quererem se identificarem e serem aceitos, era muito por causa do quanto seus pais não tinham aprovado o que eles escutavam em casa - o bandido rock'n roll. 


Já o frontman do QUEENS OF THE STONE AGE, Josh Homme, normalmente se deleita com a ideia de ser um verdadeiro "vilão" do rock and roll, sentindo que seus heróis das antigas pegaram tudo o que era perigoso sobre o gênero e trouxeram para os lares do mundo todo através de aparições na TV, rádios, entrevistas e MTV.


E o que Homme começou fazendo e ainda faz com sua banda, é o suficiente para se tornar em algo inerentemente tóxico. Literalmente nos primeiros discos da banda e figurativamente em sua sonoridade, tanto no começo, quanto em suas transições nos 03 últimos álbuns da banda, por exemplo.


Isso que nem citamos a parte lírica da coisa. Olhando cada uma de suas músicas, Homme não é estranho a falar sobre o lado mais sombrio da vida, quer isto significasse falar sobre si mesmo ou projetando para terceiros. E tudo isso veio de suas influências que estavam a quilômetros de distância do que Homme começaria fazendo, primeiramente sendo guitarrista da banda KYUSS no começo dos anos 90 e depois uma breve passagem sendo o 2º guitarrista da banda grunge SCREAMING TREES, para depois formar sua própria banda em 1998 com o QUEENS OF THE STONE AGE.


Em uma entrevista para a revista Guitar World, Homme disse uma vez: "Eu estava assistindo a uma filmagem selvagem de Jerry Lee Lewis de uma de suas primeiras apresentações na televisão. Ele estava tendo ataques e tremores enquanto cantava e tocava piano, e basicamente encorajava o público a fazer o mesmo. Os primeiros roqueiros como Jerry Lee Lewis, Elvis Presley e Little Richard, eram tão radicais para sua época, que eu poderia imaginar os pais das crianças que estavam assistindo aquilo tudo, dizendo: 'Esses caras são os vilões. Isso tem que acabar!'"


Comparado ao que estava por vir, esses artistas citados por Homme seriam o menor dos problemas para os pais. Quando gente como Iggy Pop, Jim Morrison e Alice Cooper começaram a dar as caras na cena, as pessoas estavam prontas para bani-los completamente por serem de muita má influência para seus filhos ouvirem e verem (até hoje é assim em muitas famílias) ou, no caso de Iggy Pop, era um lunático completo que foi solto pelo manicômio por algumas horas para ser vocalista de uma banda de rock.


Mas todos esses pais preocupados deixaram passar uma coisa fundamental sobre esses supostos "vilões". Eles podem ter saído da norma, mas o que eles estavam fazendo era somente distorcer o rock and roll em diferentes formas para pessoas como Homme construírem suas próprias coisas décadas depois... Apenas pulsão de vida e faíscas de criativadade para introjetar e projetar, tudo como forma de terapia.


E assim como Kurt Cobain dizia: "É tudo sobre música, cara. Apenas música".


Quem faz o caminho e escolha dos seus desejos, é o próprio viajante...


"Villains of Circumstance" (7º disco do QUEENS OF THE STONE AGE, "Villains", 2017)


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