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  • by Brunelson

Kim Gordon: escolhendo sua música preferida do Sonic Youth

Quer você seja um entusiasta comprometido do rock alternativo dos anos 90 ou um ouvinte casual de músicas de guitarra, o SONIC YOUTH possui um catálogo completo de canções que merecem um lugar na lista de suas músicas preferidas.


De sucessos como as canções "Teenage Riot" (5º disco, "Daydream Nation", 1988) e "Kool Thing" (6º disco, "Goo", 1990), a noises crus que mais parecem serras elétricas, sua discografia está repleta de músicas que garantem que você se sinta muito mais legal do que você realmente é.


E para aqueles fãs que já tiveram dificuldade para escolher sua música favorita do SONIC YOUTH, tenha certeza de que Kim Gordon está no mesmo barco (vocalista/baixista). 


Gordon foi uma das forças motrizes por trás do som icônico do SONIC YOUTH, infundindo-o com linhas de baixo matadoras, arte visual e sua voz distinta. Com 03 décadas de lançamentos somando ao total 16 álbuns de estúdio, compreensivelmente que ela teve dificuldade para escolher sua canção preferida da banda.


“Não sou boa em escolher as minhas favoritas ou as minhas 10 melhores ou algo assim”, admitiu Gordon ao escolher suas 05 músicas preferidas de sua carreira para o site The Line of Best Fit. Entre escolhas de sua carreira solo, projetos paralelos e com o SONIC YOUTH, a única que ela selecionou de sua principal banda foi a música "Pattern Recognition".


Esta canção abre o 13º disco do SONIC YOUTH, chamado "Sonic Nurse" (2004), com guitarras fortes e letras tensas. Tomando emprestado o romance homônimo de William Gibson, Gordon assume o papel de um “caçador licenciado” enquanto as letras atravessam questões reais e podres que o ser humano é capaz de fazer, com frases como: “Você pode me vender a garota de ontem?"


Os vocais de Gordon oscilam entre o frio e o tenso sem esforço nenhum, enquanto ela nos guia através da percussão crescente e do toque cativante das guitarras. Seus vocais e as palavras que ela transmite são um destaque do começo ao fim, mas o elemento mais interessante da canção vem em seu longo final.


À medida que o tempo de duração ultrapassa os 04 minutos, parece que a música está prestes a desaparecer, mas na verdade, isto se transforma em mais 02 minutos de noise e feedbacks. O final longo e confuso apenas aumenta o drama da canção, se transformando em um clímax sonoro estridente para a história que é contada.


Sua gravação de estúdio de alguma forma consegue capturar toda a coragem e os temperos grunge essenciais do som do SONIC YOUTH, com Gordon admitindo que tinha uma queda por querer tocar essa música nos shows: “Era uma canção muito divertida de tocar ao vivo, porque eu realmente gosto da urgência que ela emite”. 


E Gordon é tão empenhada em querer tocar essa música ao vivo, que ela não a ouviu mais desde a última vez que o SONIC YOUTH a apresentou no palco.


Considerando o quão abrasiva e comovente a versão gravada ficou registrada no álbum, é fácil imaginar o porquê ela seria uma parte marcante de seu setlist nos shows. Aproveitar a ferocidade dos vocais de Gordon, a urgência das guitarras que os cercam e seu feedback final, é uma experiência que nenhum fã do SONIC YOUTH recusaria.


Entre instrumentais urgentes e lirismo literário sombrio, a canção "Pattern Recognition" é certamente uma escolha digna em ser a melhor música do SONIC YOUTH para Kim Gordon. Corajosa e grunge na gravação de estúdio, e divertida e confusa nas versões ao vivo, é uma destilação do som distinto e único da banda. 


É simplesmente Gordon no seu melhor, como contadora de histórias, vocalista e baixista.


"Pattern Recognition"


















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