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by Brunelson

Lars Ulrich: "Motorhead uniam pessoas de todos esses gêneros musicais diferentes", disse o baterista do Metallica

No mundo da música pesada, o METALLICA percorreu um longo caminho para quebrar as barreiras. 


Embora eles sejam categorizados como um ato do heavy metal, o grupo americano fomentou uma base de fãs que se estende muito além do público típico do gênero. E como eles pegam emprestado elementos de cantos mais suaves da paisagem rock, seu som é um caldeirão construído para o apelo das massas.


As pessoas fora do gênero geralmente estranham o rock mais pesado. Parece um mundo impenetrável e intimidador, com os fãs de metal ganhando uma reputação injusta, pintando-os como inacessíveis e como se eles desprezassem qualquer coisa que não seja metal. Muitos podem ser vistos e são como puristas, o que não quer dizer que eles não escutem outras coisas.


O próprio METALLICA é um exemplo brilhante disso. Após sua formação em 1981, o grupo vem retorcendo a tradição metal desde então. Seus ritmos rápidos e som alto onde criaram o trash metal, rapidamente os estabeleceram como uma das maiores bandas do mundo, mas ao ouvir músicas dos anos 90 como "Nothing Else Matters" ou "The Unforgiven" (ambas do 5º disco, "Black Album", 1991), o som mais suave e acessível às rádios foi algo muito diferente do seu currículo - o que afastou muitos puristas do metal. O mesmo pode ser dito sobre os álbuns posteriores da banda no decorrer da década de 90, "Load" (6º disco, 1996) e "Reload" (7º disco, 1997), pegando emprestado temperos de outros gêneros como o rock alternativo, grunge e até country.


Essa habilidade de ir além dos limites e se livrar de quaisquer restrições é algo que o baterista da banda, Lars Ulrich, claramente procura em seu próprio gosto musical. Ao escolher os 05 álbuns sem os quais ele não poderia viver sem eles, Ulrich concedeu uma vaga a um disco que viu como pioneiro e expansor do gênero metal, ajudando a abrir caminho para sua própria banda.


“A única coisa que foi diferente no MOTORHEAD era que eles uniam pessoas de todos esses gêneros musicais diferentes”, disse Ulrich uma vez em entrevista. E o álbum do MOTORHEAD que ele se refere é o disco ao vivo de 1981, "No Sleep ’til Hammersmith", como particularmente importante para a história do rock.


“Em 1980, o mundo da música rock era muito mais segregado do que é agora”, disse Ulrich sobre as maneiras pelas quais o gênero não definia apenas a música, mas setores inteiros da sociedade e subculturas. “Então, se você fosse um cara do heavy metal, havia um visual específico, tipo um uniforme. Se você fosse um garoto do punk rock, era a mesma coisa, ou um garoto do rock alternativo se você gostasse de JOY DIVISION ou algo assim. Tudo era muito segregado, especialmente na Inglaterra”.


Mas ele argumentaria que o MOTORHEAD deu passos importantes para acabar com essas divisões e unir tribos rivais: “Todos esses punks, garotos alternativos e garotos do metal, tipo, todo mundo amava o MOTORHEAD. Em uma época de divisão e segregação do tipo: ‘Foda-se, você não pode estar na minha gangue’ ou ‘Eu não quero estar na sua gangue’ ou ‘Nós vamos bater em vocês', o MOTORHEAD foi a 1ª banda a realmente unir os fãs em todos esses gêneros diferentes”.


O baterista do METALLICA finalizou: “Eles acabaram com toda essa divisão e isto é uma parte importante a ser lembrada na história do MOTORHEAD”.

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