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by Brunelson
LED ZEPPELIN lançou alguns álbuns pesados em sua discografia, mas teve um disco que o vocalista Robert Plant chamou de "um choro das profundezas".
Entre 1968 à 1975, LED ZEPPELIN entrou em uma jornada que poucas bandas jamais igualaram. Desde o poderoso disco de estreia homônimo do grupo em 1969, até o considerado por muitos músicos consagrados como o melhor álbum da banda, "Physical Graffiti" (6º disco, 1975), a banda desfrutou de um sucesso comercial sem precedentes como músicos gravando em estúdios e fazendo acontecer em turnês.
Dado o apetite dos membros do LED ZEPPELIN por excessos na estrada, foi um pequeno milagre que eles tenham sobrevivido por tanto tempo (apesar de somente 12 anos juntos), mas em agosto de 1975, uma mancha surgiu na lente do grupo com um acidente de carro que deixaria Plant temporariamente em uma cadeira de rodas.
A esposa de Plant, Maureen, sofreu ferimentos ainda mais graves do que ele e tiveram que ser levados da Grécia de volta para Londres para entrarem numa cirurgia de emergência. E como o LED ZEPPELIN havia decidido passar aquele ano no exterior em exílio fiscal auto-imposto, isto significou que Plant teve que deixar a sua esposa e família nesses tempos turbulentos.
Então, Plant voou para a Califórnia para começar a trabalhar em novas músicas com o guitarrista Jimmy Page, o que acarretaria na gravação do álbum "Presence" (7º disco, 1976), o álbum mais "dark" da banda de todos que lançaram, com Plant dizendo uma vez que esse disco foi o "choro de sobrevivência" do LED ZEPPELIN.
Na época, os críticos descreveram o álbum "Presence" como o de mais rock progressivo que o LED ZEPPELIN havia lançado, mas você poderia facilmente chamá-lo de o disco mais metal que o grupo já gravou. Do poderoso e barroco da música “Achilles Last Stand” a “Nobody’s Fault But Mine” e além, os ouvintes receberam uma forte dose do poder do LED ZEPPELIN.
E embora Page sempre tenha gostado de incluir canções acústicas nos álbuns da banda, você não encontrará nenhuma no disco "Presence", assim como nenhuma música baseada em teclados. Quanto às letras, você pode sentir a angústia que Plant estava experimentando naqueles dias...
“Tentando salvar a minha alma essa noite”, Plant lamentou em uma dessas letras esmagadoras. "A culpa é só minha" e "Macaco nas minhas costas” para como esse macaco “vai mudar os meus hábitos essa noite”, são apenas outros enxertos retirado destas canções, o que estava muito longe de letras como da música “Dancing Days” lançada no álbum "Houses of The Holy" (5º disco, 1973).
“Foi realmente como um choro de sobrevivência”, havia dito Plant mais tarde nessa entrevista para a revista Circus. “Não haverá outro álbum como esse, entenda dessa maneira. Foi um choro das profundezas e era a única coisa que podíamos fazer naquele momento”.
Já Jimmy Page chamou o disco "Presence" de um "reflexo da ansiedade total da época".
Com o baixista e tecladista, John Paul Jones, praticamente fora de cena enquanto escreviam as músicas para o álbum "Presence" na Califórnia, Page se aprofundou e compôs canções focadas exclusivamente em seu trabalho abrasador na guitarra, sendo que ele estava exatamente na mesma página que Plant no que diz respeito ao tom do material criado.
“Acho que foi apenas um reflexo total da ansiedade e emoção daquele período em que foi gravado”, disse Page para a revista Trouser Press em 1977. Page repetiu este sentimento em outras entrevistas da época, também dizendo: “O álbum 'Presence' é o nosso melhor em termos de emoção ininterrupta”.
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