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Lemmy Kilmister: “se você quer uma banda de rock and roll, então, você não tem como errar com o The Who"

by Brunelson

O rock and roll nunca foi concebido para ser a música mais complicada do mundo. 


Na verdade todo o apelo de um grupo como os BEATLES ou ROLLING STONES era que, se uma criança aprendesse sério o suficiente, ela poderia realmente ser capaz de tocar suas músicas.


E para um ainda garoto Lemmy Kilmister, o futuro frontman do MOTORHEAD iria crescer tendo o THE WHO em sua mente como o grau mais perto da perfeição.


Mesmo assim, ninguém confundiria uma música do MOTORHEAD com a do THE WHO, mas Lemmy absorveu em sua mente o espírito central de um grupo como o THE WHO, se tratando no que eles deixavam nos palcos e em atitude ao crescer escutando sua música e depois formando o MOTORHEAD na fase adulta - além de outros artistas e bandas já citadas por Lemmy que também lhe influenciaram como Chuck Berry e o MC5.


Ao lado dos seus contemporâneos britânicos dos anos 60, THE WHO foi indiscutivelmente a banda "punk rock" da cena, com seu guitarrista e principal compositor, Pete Townshend, criando músicas que arrepiava a espinha das pessoas, ainda mais através da performance do grupo que era considerada a melhor banda ao vivo de rock'n roll - e eventualmente quebrando seus instrumentos no final dos shows.


O volume do som também estava ficando cada vez mais alto graças aos amplificadores empilhados de Townshend nos palcos. Jimi Hendrix pode ter levado o amplificador mais longe do que Townshend jamais poderia, mas trazer à tona as primeiras pilhas de amplificadores da Marshall fez sua guitarra soar como um animal selvagem sempre que ele a conectava, o que é parte da razão pela qual o termo hard rock foi criado.


Uma vez em entrevista para a revista Planet Rock, Lemmy reconheceu que poucos artistas poderiam vencer o THE WHO na década de 60 e 70, concluindo: “Se você quer uma banda de rock and roll, então, você não tem como errar com o THE WHO... Você sabe o que eu quero dizer, certo? Pete Townshend é um guitarrista maravilhoso e mesmo não tocando muitos solos, ele é incrível e a maneira como ele toca os acordes é inacreditável”.


Além disso, existem algumas orientações criativas que parecem ter sido tiradas do manual de Townshend.


A tentativa de Lemmy de fazer música progressiva no álbum "Another Perfect Day" do MOTORHEAD (6º disco, 1983) parece ser derivada do trabalho experimental do THE WHO, e há uma boa chance de que uma peça conceitual como o álbum "1916" do MOTORHEAD (9º disco, 1991) não teria existido se os álbuns ópera rock do THE WHO, "Tommy" (4º disco, 1969) e "Quadrophenia" (6º disco, 1973), não tivessem lançado as bases primeiro.



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