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by Brunelson
O grupo também possui um dos catálogos mais impressionantes do heavy metal e é notável por apresentar o guitarrista Dave Mustaine ao mundo (frontman do MEGADETH).
Mustaine foi dispensado da banda no início dos anos 80, o que feriu o guitarrista, mas ao invés de se afogar na tristeza, ele canalizou a sua dor no excelente trabalho que iria perpetuar criando o MEGADETH.
“Somos todos diferentes agora”, admitiu Mustaine numa entrevista. “Somos pais, estamos mais velhos agora e eu acho que provavelmente foi a coisa mais chocante e difícil de tolerar ou aceitar a minha dispensa da banda naquela época. Eu senti como se tivesse parado no tempo e sabia que isso não era verdade, mas o que um jovem garoto deve pensar na hora? Eu não tinha mentores e ninguém falava comigo durante a minha vida me dizendo: 'Você vai superar isso e ficará muito mais feliz por isso no futuro'".
Mustaine foi substituído pelo guitarrista Kirk Hammett, que combinou o romantismo do frontman James Hetfield com a musicalidade frenética do baterista Lars Ulrich. De fato, Hammett, Hetfield e Ulrich, forneceriam a base principal e clássica da banda até hoje, servindo como uma estação sólida para os baixistas que passaram pelo grupo.
Robert Trujillo é o atual baixista da banda, tendo substituído Jason Newsted em 2003, com Trujillo trazendo mais "arrogância" e força para o processo musical do METALLICA - assim como a criação de suas próprias linhas de baixo para as músicas que já haviam sido criadas antes de sua entrada na banda.
E da mesma forma que foi com Hammett, o baixista conseguiu combinar os sabores e a musicalidade colossal dos seus 02 principais compositores.
“É claro que gosto de tocar a música 'Dyers Eve', porque é um desafio toda vez que a tocamos nos shows. Toda vez que toco aquele solo de guitarra e consigo interpreta-lo, me pego pensando: 'Sim! Consegui fazer de novo'. Sabe, é um solo de guitarra muito difícil pra tocar”, disse o guitarrista do METALLICA.
As guitarras voam por toda a música, cortando as bordas, tirando lascas e soando como uma bala ricocheteando numa câmara de aço, demonstrando as habilidades de pulverização de Hammett e criando uma nova e ardente forma de solo prolongado de guitarra.
Como a maioria das gravações do METALLICA, a gravação dessa música no estúdio serviu como um protótipo para o show, que foi totalmente mais feroz e explosivo em performance. Embora a versão de estúdio desta canção se encaixe num padrão de guitarra intenso e massivo, a versão ao vivo fornece uma faceta mais fresca e variada para ela.
Para ficar claro, a versão originalmente gravada no estúdio é relativamente urgente, mas a versão ao vivo é notavelmente mais urgente ainda...
Na mesma entrevista, Hammett destacou também as músicas "Seek & Destroy" e "Jump in The Fire" (ambas do 1º disco, "Kill 'Em All", 1983) como as que ele gosta de tocar ao vivo, principalmente porque mostram um lado mais alegre da banda, enquanto a canção "Dyers Eve" destaca os empreendimentos mais esotéricos do grupo, que, de fato, pode ser o único aceno ao gênero rock progressivo do METALLICA.
Mas em vez de ceder aos fantasmas de uma era progressiva passada, METALLICA estava ansioso para assimilar essas influências em um número de rock monstruoso mais forte e turbinado.
A música "Dyers Eve", como o álbum que a acompanha, foi projetada para os palcos, onde se transformou em algo maior e mais frenético em design e textura. A banda estava atirando em todos os lados de forma criativa na década de 80, o que provavelmente explica por que o disco "And Justice For All" é considerado por muitos fãs obstinados como o auge das capacidades de composição da banda.
A bateria colossal de Ulrich também permeia a canção, já que o baterista se vê tocando em todos os lados do seu kit para demonstrar um som explosivo que representa as bombas lançadas no campo de uma zona de batalha. O baterista fez questão de que todos pudessem ouvi-lo, não importando a intensidade das letras ou a ferocidade dos guitarristas à sua frente.
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