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by Brunelson

Metallica: qual a música que prejudicou a voz de James Hetfield ao grava-la?


Parte do apelo do METALLICA vem do rosnado do seu vocalista/guitarrista, James Hetfield.

Embora ele possa não ter sido o cantor mais operístico do mundo, o latido característico de Hetfield em todas as músicas iniciais do METALLICA na década de 80 tornou-se um cobertor de segurança para os fãs, pavimentando uma das bases de seu som em músicas futuras como "Sad But True" e "Enter Sandman" (ambas lançadas no 5º disco, "Black Album", 1991).

Ao longo da carreira inicial da banda, Hetfield inicialmente não estava interessado em ser o vocalista. Em vez das performances habituais que ele faz sempre que sobe ao palco, o frontman estava muito mais interessado em ser o guitarrista rítmico e nunca falando muito nos primeiros shows da banda entre os intervalos de cada música.

E quando chegou a hora do grupo entrar no estúdio para gravar o seu disco de estreia, "Kill 'Em All" (1983), Hetfield rapidamente assumiu "de verdade" o papel de frontman por necessidade, onde aos poucos foi se abrindo ao público e maleando a sua conduta sempre que podia.

Assim, a abordagem única de Hetfield aos vocais começou a ficar incomparável, quase usando a sua voz como um instrumento rítmico cuspindo cada palavra que saía de sua boca. E embora a banda gostasse de criar os seus próprios momentos épicos com vocais cortantes, o maior dano que Hetfield já sofreu em sua voz foi gravando um cover da canção "So What" (que ficou de fora do "Black Album").

Inicialmente um sucesso da banda punk ANTI NOWHERE LEAGUE, Hetfield "explodiu" a sua voz no estúdio quando a estavam gravando para o "Black Album", conforme ele relembrou no DVD "Classic Albums": “Na verdade, perdi a minha voz durante a gravação do 'Black Album'. Eu estava gravando os vocais para um cover que não lançamos no disco, que foi a música ‘So What’, onde forcei demais a minha voz e foi isso que me levou a um treinamento vocal e a um programa de conservação e manutenção da minha voz”.

Embora Hetfield precisasse recuperar a forma de sua voz para continuarem as gravações do álbum, ele admitiu ter ficado intimidado quando se encontrou com um treinador vocal pela 1ª vez: “Procurei um treinador vocal que era cantor em alguma igreja ou sinagoga e fiquei muito nervoso, sabe? Ele se sentou ao piano e me disse, ‘Ok, cante a escala tal’, e eu disse: ‘Ah, não...’, mas olhei para cima e vi alguns discos de ouro de outras bandas pendurados na parede de sua casa com os quais ele tinha trabalhado. No final do meu treinamento, ele me levou a um ponto em que eu poderia produzir uma nota a hora que eu quisesse, mas eu não sou um cantor de ópera e mesmo se eu quisesse, não consigo fazer isso, porque eu ainda canto como um marinheiro”.

Embora Hetfield ainda possa apresentar as suas próprias peculiaridades em seu vocal, a diferença entre o seu desempenho vocal para os álbuns thrash metal da banda dos anos 80 para o "Black Album" é como a noite para o dia. Comparado à fúria implacável dos primeiros álbuns da banda, ouvir Hetfield cantar com ternura em músicas como “The Unforgiven” e “Nothing Else Matters” do "Black Album" foi uma lufada de ar fresco para os fãs do METALLICA, onde todos nós estávamos ouvindo aquele mesmo vocalista dos anos 80.

Hetfield pode ter começado com sons brutos de heavy metal e punk rock, mas esse treinamento vocal em sua voz no começo dos anos 90 abriu uma nova porta de performances para ele.


"So What"































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