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by Brunelson

Neil Young: a atitude da indústria musical que ele chamou de "um monte de besteira"


Neil Young fez carreira sendo dono de si mesmo e jogando fora o mapa para navegar "corretamente" na indústria da música - e é por isso que o trovador canadense é uma entidade única que nunca será replicada.

Young nunca teve medo de usar a sua posição elevada para identificar as armadilhas da indústria da música e há diversas áreas da indústria musical moderna que ele considera deploráveis, não apenas se restringindo ao Spotify ou alguns portais precários de qualidade musical gravada.




Young sempre lançou músicas em uma velocidade alucinante e nunca foi particularmente "protetor" com o seu material. Ao longo de sua vida como artista musical, o cantor e compositor acumulou mais de 40 álbuns de estúdio lançados em seu nome (além de coletâneas e discos ao vivo) e quando um disco seu é concluído, ele geralmente está pronto para compartilhá-lo com o mundo quase que imediatamente.

Apesar das plataformas de streaming permitirem que os músicos lancem quantas músicas desejarem, muitos optam primeiro por transmitir as suas canções e compartilhar inúmeras postagens nas redes sociais, antes que elas cheguem às plataformas. Essa estratégia de marketing altamente considerada não agrada Neil Young, que acredita que o trabalho de um artista deve incluir apenas a sua arte.

Como resultado da sua abordagem despreocupada ao lançar música, Young admitiu que alguns dos seus álbuns “não são muito bons” e embora não tenha especificado quais sejam, ele não se arrepende de nenhum dos seus discos que gravou.



Durante uma entrevista ao podcast The Zach Sang Show, Young falou sobre os seus álbuns: “Alguns deles não são muito bons e alguns deles são muito bons, mas não importa, porque todos eles estão lá em seu devido lugar”.

Sobre o método que adotou em suas composições, Young adicionou: “Você pode fazer o que quiser e as pessoas só precisam se libertar”. Quando o entrevistador interveio dizendo que muitos artistas e bandas não têm certeza de qual caminho seguir, Young detalhou como o fator mais importante é: “Ir em frente e fazer acontecer... Não espere por nada”.

Young também afirmou que “nunca percebeu” na época quando um álbum seu não atendia às expectativas, porque ele já havia passado a trabalhar no próximo disco, o que significa que ele não havia tempo para pensar. Em resposta a um comentário depreciativo do entrevistador sobre quanto “estoque” é colocado em um álbum, onde geralmente o artista ou disco é apenas conhecido por 01 canção, Young respondeu brutalmente: “Isso é realmente um monte de besteira e eu não gosto dessa parte, cara. É como se as pessoas já estivessem tentando descobrir o que vão fazer com a merda que ainda nem fizeram”.

Em última análise, como Young observa sabiamente, a música é realmente a única coisa que importa e cada álbum não precisa ser pensado demais e deve existir dentro do seu próprio mundo. Como Young demonstrou ao longo dos seus mais de 50 anos de carreira, nem todo lançamento precisa ser um sucesso para criar um legado duradouro, sendo que o fator mais importante é a perseverança.

A pressão das exigências da indústria musical moderna afeta os artistas, que precisariam seguir o livro da vida de Neil Young e aceitar que o "fracasso" é uma parte inevitável de sua jornada. Concentre-se apenas na arte, que o resto cuidará de si mesmo.

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