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Neil Young: a banda que ele chamou o som de "muito lindo e fazem música magnífica"

  • by Brunelson
  • há 10 horas
  • 5 min de leitura

Ninguém acorda uma manhã e diz que vai reescrever o futuro com sua música. 


Qualquer um pode tentar fazer algo autêntico, mas quando você começa a falar sobre música como se fosse uma versão artística de Nostradamus, é quando as pessoas começam a olhar desconfiado para as coisas. 


Mas o futuro da música é ditado apenas por aqueles que ainda estão por perto para vê-lo, e embora Neil Young já estivesse por aqui há muito tempo, ele sabia que algo futurístico estava no horizonte, quando ele viu uma certa banda emergindo da ativa cena e berço do punk rock em New York no começo dos anos 80 - mas que não era punk rock. 


Era uma coisa que nem tinha nome...


Antes de falarmos dessa banda, muitas pessoas se esquecem de quão visionário Young era no início de sua carreira. Muitos artistas estavam explorando os mesmos sons tradicionais de canções folk, mas como Young adicionou muito mais distorção à mistura, ele preencheu a lacuna entre os fãs do LED ZEPPELIN e do THE BYRDS de uma só vez.


Considerando seu total "desrespeito" por tudo ter que soar sempre afinado ou se algo era muito complicado tecnicamente, Young também parecia à beira da revolução punk rock muitos anos antes dela surgir em meados da década de 70 em New York.


A maioria dos seus contemporâneos não teria a confiança para fazer um solo de 01 nota só na guitarra, mas naquele intervalo no solo da música "Cinnamon Girl" (2º disco, "Everybody Knows This is Nowhere", 1969), Young estava escrevendo o manual da simplicidade que Johnny Ramone seguiria à risca sempre que pegasse sua guitarra atuando com os RAMONES.


Assim que a onda original do punk rock estava no auge quebrando tudo em New York e contaminando o resto do mundo, outro grupo da cidade chamado SONIC YOUTH, pegou todas as lições que seus colegas mais velhos lhes ensinaram e foi ainda mais artístico com isso. Enquanto Thurston Moore (vocalista/guitarrista) e Kim Gordon (vocalista/baixista) tinham a mesma inclinação artística em suas músicas, o ruído cru por trás das guitarras e bateria descendia diretamente do THE STOOGES.


Embora todo o punk rock fosse conhecido por ser bastante simples, a maioria dos guitarristas está em uma jornada alucinante quando estão juntando tantos acordes ao mesmo tempo - sejam repetidos ou não. E outra coisa, o punk rock nunca deveria soar em comparação a nada, então, por que não sair da afinação convencional também? 


Olhando a discografia do SONIC YOUTH, algumas de suas melhores músicas apresentam afinações que não são vistas em nenhuma outra banda ou canção do SONIC YOUTH, especialmente suas versões ao vivo que partem para uma área inédita até então na música, algo que era descrito no início como "orquestra de guitarras" e depois com a mídia rotulando aquilo como noise rock.


E mesmo que Young fosse um inovador genuíno e continuasse a pensar fora da caixa, uma vez ele falou sobre o som do rock moderno que descendia do SONIC YOUTH, quando a banda surgiu no início dos anos 80: “É óbvio que eu gosto do SONIC YOUTH. No meu livro de histórias, eles realmente fazem o rock moderno. Eles fazem música magnífica... Você conhece aquela canção, ‘Expressway to Your Skull’? É incrivelmente boa e tão linda. É um clássico pra mim. Melodia soberba e ainda melhor escutando-a ao vivo. Eles têm algumas dessas que também são tão boas assim”.


É difícil negar que o rock moderno da época - rock alternativo - não teria soado nem metade tão bom nos anos 90 se não fosse pelo SONIC YOUTH. Afinal, quando o SONIC YOUTH assinou com uma grande gravadora, a Geffen Records, eles lançaram o álbum "Goo" em 1990 (6º disco), e já sendo reverenciados no cenário underground desde a década de 80, tudo foi analisado para a métrica usada em cima do sucesso posterior do NIRVANA.


Só lembrando que foi o SONIC YOUTH que indicou o NIRVANA à sua nova gravadora, servindo de base para os executivos estimarem quantas cópias poderiam fabricar para a venda do álbum "Nevermind" do NIRVANA (2º disco, 1991).


Se vendesse 50 mil cópias, seria o máximo para eles e já impossível de alcançar...


Bem, não é preciso dizer que o disco "Nevermind" esgotou das prateleiras das lojas e o resto da historia todos já sabemos - não há nada mais inovador do que inspirar a próxima voz de uma geração.



"Expressway to Your Skull" (3º disco do SONIC YOUTH, "Evol", 1986)




































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