Neil Young: breve análise sobre o álbum "On The Beach"
Às vezes, a única coisa que um álbum precisa antes de se tornar um clássico é um pouco de tempo após seu lançamento e o exemplo perfeito disso é "On The Beach", 5º disco de Neil Young lançado em 1974.
Quando Young lançou seu álbum antecessor, "Harvest" (4º disco, 1972), o mesmo foi um clássico instantâneo, com muitas músicas alegres que os ouvintes instantaneamente se sentiram atraídos. Canções como "Heart of Gold" e "Old Man" foram icônicas que consolidaram Neil Young como um dos músicos mais prolíficos de sua época.
Posteriormente, quando ele lançou o álbum "On The Beach", foi um choque para todos.
Foi tão chocante por causa de quão taciturno era. Desde o momento em que inicia, o disco se estabeleceu como algo bastante deprimente e triste, com uma das músicas, "Revolution Blues", falando de como Neil Young conheceu Charles Manson, antes de virar o serial killer enviado do capeta aqui na terra para a tristeza de muitos.
Inicialmente, as pessoas não gostaram muito desse disco porque ele estava distante do que estavam acostumados com a produção de Young, mas com o passar do tempo, ficou claro que a habilidade de composição de Young nesse álbum era diferente de tudo o que outros músicos poderiam alcançar.
Muitos músicos referem-se ao disco "On The Beach" como um dos seus melhores álbuns, não só pela forma como envelheceu, mas porque foi bem recebido em uma época sombria na vida de Young.
Tanto que o vinil do álbum se esgotou e continua sendo um dos mais raros de se achar de Neil Young. Da mesma forma, o disco só foi lançado em CD em 2003, quando 5 mil pessoas assinaram uma petição para tal.
"On The Beach" é a prova de que tudo o que um álbum precisa para ser considerado bom é tempo para as pessoas realmente ouvi-lo e ver onde ele se encaixa no cenário musical moderno.
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