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by Brunelson

Neil Young: "desde 1981 estamos vivendo a era da idade das trevas do som gravado"


Se há uma coisa que Neil Young odeia, é a tecnologia moderna.


No passado, ele lamentou a ascensão de tudo, desde o streaming de música ao Google e além, engajando-se no que só pode ser descrito como uma busca solitária contra a modernidade.


Portanto, não é surpresa descobrir que ele uma vez fez um discurso contra o CD, agora, um meio de audição relativamente pitoresco.

“Tudo o que vem sendo gravado desde, digamos, de 1981 até hoje, será conhecido como a idade das trevas do som gravado”, começou Young quando foi entrevistado pelo site Wired em 2019.


Na superfície, o seu desgosto pelo CD parece um pouco dramático demais, mas ele tinha várias razões importantes para não gostar do formato.

O CD veio com a intenção de substituir a fita cassete e o vinil e foi lançado em conjunto com aparelhos de som equipados com o botão de programação livre da ordem das músicas, permitindo também ao ouvinte reorganizar listas de produção com a ordem das músicas ao seu próprio gosto - essencialmente dando o dedo do meio para intenções de artistas como Neil Young, que acreditavam tão fortemente na santidade de sua visão artística.

Mas para Young, o CD anunciava algo muito pior: o domínio do som digital.

“É quase como uma tortura”, ele argumentou. “O digital faz você pensar que está ouvindo melhor do que antes, mas só está ouvindo um esboço da coisa, você está apenas ouvindo a superfície".

Young possui um ponto: o som digital. Ao contrário de formatos analógicos como fita cassete e vinil que são impressos fisicamente com ondas sonoras gravadas, o som digital é frequentemente considerado mera representação do som gravado e não consegue ler linhas sonoras no extremo ápice das duas bordas da frequência de som.

Segundo Young, o surgimento de formatos de som digital como o CD mudou a forma como as pessoas ouviam música, marcando o fim daquela forma ordenada de ouvir que era querida pelo amplo espectro de áudio inerente aos formatos analógicos.


De acordo com Young, o que as pessoas estão ouvindo quando colocam uma gravação de áudio digital são: “Números binários sendo cuspidos de um conversor digital que recria o som da música… Você ouve um CD uma vez e pronto, já o ouviu. Você não vai mais fundo porque não há para onde ir”.

Se desde 1981 Neil Young argumenta a forma de como a qualidade sonora é distribuída, onde estamos agora?

A rejeição de Young da música digital com base no fato de que é uma representação do som em vez de uma gravura original, é notável, mas é inegável a ascensão dos formatos digitais que mudaram a forma como ouvimos música e como algumas (poucas) plataformas digitais se "puxaram" para representar, pelo menos, uma audição limpa e livre de chiados e outros apetrechos.

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