Neil Young: duas músicas de sua autoria que ele usou como autorretrato
Para qualquer cantor e compositor, a música é o momento em que eles podem ser mais honestos com seus sentimentos.
Pode não ser fácil articular o que você quer dizer com as palavras em uma conversa natural, então, colocar tudo no papel e se "esconder" atrás de um instrumento musical ajudou muitos artistas a compartilhar seus sentimentos com o mundo.
E enquanto Neil Young tinha o hábito de criar personagens em suas obras e citar seu próprio sentimento mais do que algumas vezes, músicas como "The Loner" e "Drifter" foram as primeiras vezes em que ele começou a se criticar.
É verdade que Young nunca seria do tipo envolvente sempre que se sentasse para entrevistas. O que você viu foi o que você obteve quando se tratava da música dele, e sempre que você perguntava a ele sobre do que se tratavam suas músicas, era provável que você obtivesse uma pergunta em forma de resposta.
Sobre a canção "The Loner" (1º disco, "Neil Young", 1968) que apresentou ao mundo como Neil Young realmente se via, embora ele esteja se dirigindo a esse personagem na 2ª pessoa, não é difícil ver o que Young quer dizer com as letras sobre um homem que guarda toda a sua dor dentro de si, seja quando se trata de se separar de sua esposa ou de enfrentar o dia a dia. Há também algumas dicas sobre o papel de Young como compositor, chamando esse homem de “arranjador de sentimento” em seu tempo livre.
É esse tipo de seriedade que tornou Young tão cativante. Mesmo que tudo não estivesse exatamente afinado em seus discos, a honestidade por trás das performances foi o que vendeu metade de seus melhores álbuns, seja a inclinação rústica do álbum "Harvest" (4º disco, 1972) ou a coragem selvagem no álbum ao vivo, "Rust Never Sleeps" (10º disco, 1979).
Já na música "Drifter" (16º disco, "Landing on Water", 1986), em vez de falar sobre sua vida pessoal, parece que Young disse tudo o que queria dizer à sua gravadora em uma única canção. Como a gravadora nessa época o cobrava para querer algo mais em voga, Young escreveu uma música falando sobre tudo isso, confessando que gosta de mudar as coisas assim que as pessoas pensam que o entenderam.
As canções "The Loner" e "Drifter" é apenas uma das explicações perfeitas do porquê Young é considerado um dos maiores na história do rock, onde a chave por trás de cada música que ele cantou era não querer ser popular. Ele só poderia ser ele mesmo e os fãs enxergaram que isso era mais do que suficiente.
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