Neil Young: "nunca fui alcoólatra e nunca usei heroína"
by Brunelson
7 de dez. de 2022
A relação de Neil Young com as drogas ao longo de sua carreira foi significativa.
Não no sentido convencional, como você pode supor para um rockstar viciado em substâncias químicas, mas da maneira que Young estava cercado por rockstars e celebridades lutando contra o vício.
É claro que ele se envolveu com drogas aqui e ali, mas algumas das melhores canções de Young surgiram ao discutir a destruição que o vício em drogas causa no sujeito.
Na clássica música, "The Needle and The Damage Done" (4º disco, Harvest, 1972), notoriamente a letra descreve os efeitos do vício em heroína nos músicos do círculo íntimo de Young, incluindo o seu colega de banda e amigo próximo, o guitarrista Danny Whitten, a qual a canção foi em sua homenagem após o seu falecimento.
Os efeitos destrutivos do vício em drogas se tornariam um tema para o sombrio álbum de Neil Young de 1975, "Tonight's The Night" (6º disco), que reflete sobre o passado recente de Young e as overdoses de Whitten e Bruce Berry, um roadie da sua banda de apoio que faleceu tragicamente em 1973.
Apesar do fato de que durante o início dos anos 70 a vida de Young foi drasticamente alterada pelas overdoses dos seus 02 amigos, ele não conseguiu se livrar da imagem de "drogado" que a mídia pintava dele, algo que talvez possa ser atribuído à sua importância no movimento contracultural e ao fato de que ele gostava de fumar maconha e não escondia isso de ninguém.
Em uma entrevista de 1988 para a revista Rolling Stone, Young começou a dissipar esse mito de uma vez por todas.
Questionado sobre os seus pensamentos sobre as drogas em relação à sua imagem de "drogado", Young respondeu: “Isso é um mito. Quero dizer, como eu teria me mantido por tanto tempo se eu fosse um drogado? Seria impossível. Você não poderia fazer tudo o que eu fiz se estivesse usando drogas... Mas claro, eu usei algumas, sim".
Young explicou: “Eu fumei muita maconha nos anos 60, continuei fumando maconha nos anos 70 e me envolvi com outras drogas, mas nunca fiquei viciado em... Você sabe, nunca perdi o controle com as drogas mais pesadas. Eu experimentei, mas acho que sou basicamente um sobrevivente e posso dizer que nunca fui alcoólatra e nunca usei heroína”.
Ele explicou por que nunca experimentou heroína e como nunca entrou em contato direto com ela: “Nunca houve heroína diretamente ao meu redor, porque as pessoas sabiam como eu me sentia a respeito. Qualquer coisa que matasse pessoas, eu não queria ter por perto. Qualquer coisa que você tivesse que ter e que fosse maior do que você, eu não era e não sou a favor”.
Um músico cuja vida foi afetada de várias maneiras pelo vício, os pensamentos de Neil Young sobre o tema são essenciais para uma reflexão maior de como encarar a vida e os seus benefícios.
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