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by Brunelson
Alguns compositores são talentosos o suficiente para deixar as palavras e notas fluírem e acenar adeus às pessoas queridas quando atingem o éter e não residem mais em suas almas.
Isso geralmente permite que o cantor fique, pelo menos em algum aspecto, desvinculado de um conteúdo físico/existente. Assim, músicas que podem ter vindo de um momento sombrio de suas vidas podem viver na atmosfera e longe do ponto sensível de onde vieram.
Neil Young é um desses compositores e há uma música (dentre várias do seu catálogo) que nos emociona.
Esta canção está envolvida na dor e miséria causadas pelo estilo de vida vacilante de Whitten e como Young se sentiu responsável por isso.
Tirada do monumental álbum de 1972, "Harvest" (4º disco), esta é possivelmente a melhor música antidrogas que você já ouviu. Considerando que foi escrita no início dos anos 70, a ideia era sobre um assunto arriscado na época. Inspirado pelo vício em heroína de Danny Whitten e aqueles ao seu redor, Young permite que a sua dor se torne uma mensagem para o futuro.
Young sempre afirmou que Whitten era a sua alma gêmea musical, mas o vício de Whitten levou a melhor sobre ele, o qual sucumbiu a uma overdose na noite em que Young o demitiu de sua banda de turnê. É uma das histórias mais tristes do rock and roll, pois Young estava em turnê e contratou a banda CRAZY HORSE como apoio (acompanha Neil Young até hoje), mas Young foi ficando cada vez mais irritado com o comportamento de Whitten.
Na época, Young era um dos compositores mais reconhecidos de sua geração e a sua paciência havia se esgotado. Ele demitiu Whitten no meio da turnê e deu a ele U$ 50 dólares para se internar numa clínica de reabilitação e o colocou em um avião para Los Angeles. Quando o guitarrista pousou em Los Angeles, mais tarde o mesmo teve uma overdose de álcool e Valium, matando-o aos 29 anos de idade e levando um pedaço de Neil Young com ele.
Observado no livro "Neil Young - Long May You Run: The Illustrated History", Young falou sobre a morte de Whitten: “Eu me senti responsável, mas na verdade mesmo, não havia nada que eu pudesse fazer. Quero dizer, ele era o responsável por si próprio, mas por muito tempo pensei que eu era o responsável. Danny simplesmente não estava feliz e tudo caiu sobre ele. Ele foi engolido pela heroína e foi muito ruim, porque Danny tinha muito ainda para oferecer... Era apenas um garoto e ele era muito bom na guitarra”.
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