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by Brunelson

Nick Mason: o disco do Pink Floyd que ele recusou tocar bateria nas gravações


Há uma expectativa tácita de que cada membro de uma banda contribua com seus álbuns de estúdio que irão gravar. 


Embora fazer turnês por longos períodos possa ser cansativo, passar um tempo no estúdio geralmente é considerado um pedido razoável, mesmo que isto signifique trabalhar em músicas que podem não ser pessoalmente agradáveis.


E apesar de enfrentar desafios significativos durante a gravação do álbum "The Final Cut" (12º disco, 1983), a experiência do PINK FLOYD quando foram gravar o álbum seguinte, “A Momentary Lapse of Reason” (13º disco, 1987), foi ainda mais assustadora, levando o baterista Nick Mason a optar por não participar do projeto.


Ao mesmo tempo, Mason já era conhecido como um dos melhores bateristas em sua área, mas quando a banda começou a trabalhar em álbuns como "The Wall" (11º disco, 1979), as habilidades de todos começaram a ser questionadas por Roger Waters (vocalista/baixista). Além de forçar o grupo a tocar as músicas que só ele ouvia e entendia em sua cabeça, nenhum membro estava a salvo das críticas de Waters, com o tecladista Richard Wright eventualmente sendo demitido temporariamente da banda depois que ele bateu de frente com Waters.


Se o álbum "The Wall" foi um trabalho de amor difícil de fazer, então, o disco "The Final Cut" foi uma tortura total. Após o enorme ciclo de turnê que foi divulgando o álbum "The Wall", Waters imaginou que eles usariam o resto do tempo livre no estúdio trabalhando nas várias músicas que não entraram no disco "The Wall", soando como uma coleção glorificada de lados-b, em vez de um álbum propriamente dito.


Sendo assim, Mason não compareceu na maioria das sessões de gravação do álbum "The Final Cut", recusando-se a trabalhar integralmente no projeto gravando 07 músicas de 13 que foram lançadas, porque achava que não estava tão "equipado" para tocar de acordo com seus próprios padrões pessoais.


E depois com a saída de Waters e a banda indo gravar seu 1º disco sem ele, “A Momentary Lapse of Reason”, Mason se arrependeu de não ter emprestado suas habilidades de baterista de forma efetiva para nenhuma música desse álbum.


Assim como ele deixou escrito em seu livro, "Inside Out": “Em retrospectiva, eu realmente deveria ter tido a autoconfiança para tocar todas as partes da bateria. Como resultado, ficou um álbum muito ‘cuidadoso’ e com poucos riscos assumidos. Essas coisas juntas me fazem sentir um pouco afastado do disco 'Momentary Lapse of Reason', a tal ponto que nem sempre as músicas que foram lançadas se parecem como nós”.


Isso não quer dizer que Mason esteja completamente ausente das sessões. Ele contribuiu mais com efeitos sonoros, bem como tocava partes estranhas de bateria eletrônica e acústica enquanto deixava todos os outros fazerem o trabalho pesado com bateristas convidados. 


E mesmo que Mason ainda estivesse disposto a contribuir da maneira que pudesse, o álbum "A Momentary Lapse of Reason" praticamente parece um disco solo de David Gilmour (vocalista/guitarrista).


"One Slip"






























































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