Nick Mason: quando escolheu suas músicas preferidas do Pink Floyd da era Syd Barrett
by Brunelson
há 7 horas
Depois de alguns shows fundamentais como uma banda de rhythm and blues mais convencional, o PINK FLOYD se juntou à onda do rock psicodélico de Londres com roupas e sons através de shows com luzes em technicolor.
E muito deve-se ao vocalista/guitarrista/compositor original do PINK FLOYD, Syd Barrett, que escreveu algumas letras atraentemente bizarras e linhas de guitarra cósmicas para combinar com seu mantra.
Os fãs puritanos da banda frequentemente elogiam a era de Syd Barrett como a melhor do grupo, e seu disco de estreia, "The Piper at The Gates of Dawn" (1967), como a obra-prima geral do PINK FLOYD. Ainda assim, uma proporção maior de fãs e do público mainstream argumentarão que os anos de Roger Waters no comando (vocalista/baixista) - que assumiria as rédeas depois que Barrett foi dispensado da banda - foram muito superiores com álbuns épicos como "The Dark Side of The Moon" (8º disco, 1973) ou "The Wall" (11º disco, 1979).
Bem na real mesmo, ambas as eras são essenciais e incomparáveis. Melhor ter as duas do que qualquer uma delas, e sem nenhuma delas seria um crime.
Em uma entrevista de 2024 para a rádio britânica da BBC, o baterista Nick Mason celebrou as raízes psicodélicas do PINK FLOYD, dizendo que o 2º álbum de estúdio, "A Saucerful of Secrets" (1968) - o último a contar com Barrett na banda - não pode ser considerado "subestimado" e sente que é "enormemente digno de ser revisitado".
"Acho que o disco 'A Saucerful of Secrets' é um dos meus álbuns preferidos do PINK FLOYD, porque tem essa extraordinária variedade de coisas nele. Apresenta uma espécie de elemento de 'adeus a Syd', sem contar a música 'Set The Controls For The Heart of The Sun', que pra mim, ainda é uma das minhas canções favoritas para tocar ao vivo", disse Mason.
Em outra parte da entrevista, Mason citou outra música preferida da época de Syd Barrett, "Astronomy Domine", que abre o álbum de estreia do PINK FLOYD. E iniciando o lado-b desse disco, está outro hit cósmico do grupo e também uma das preferidas de Mason, a canção "Interstellar Overdrive". Essa faixa instrumental foi um esforço coletivo de composição com algumas baterias inspiradas no jazz e um trabalho de guitarra pesado de Barrett.
Mason disse que também gosta de tocar a faixa-título, "A Saucerful of Secrets", por causa de sua capacidade de improvisação: “Quando você toca os riffs de abertura, você pode improvisar de muitas maneiras diferentes na bateria. Naquele momento, tínhamos uma maneira de tocar, mas depois quando a apresentávamos nos shows, sempre esperava que tomasse outras direções”.
Depois de elogiar o trabalho de Barrett no single de estreia "realmente incomum" do PINK FLOYD, a música "Arnold Layne" (1967), e a "maravilhosa" canção "Vegetable Man", Mason descreveria a música "Bike" como um momento enganosamente pungente. Sendo a canção que encerra o 1º disco, a mesma carrega uma vibração psicodélica enquanto Barrett entrega suas letras adjacentes à rima infantil.
Para finalizar, nenhuma música se encaixa tão confortavelmente na memória de Barrett para Mason quanto "Bike": “A letra desta canção é tão Syd Barrett e surpreendentemente inteligente. É divertida, mas há uma profundidade de tristeza nelas. Quando eu a ouço agora, percebo o quão jovens e imaturos éramos e o quão sem esperança estávamos em lidar com o colapso mental de Barrett”.
Depois que Mason teceu elogios a ela, foi possível mirar seus olhos marejados pelas lembranças.
"Arnold Layne" (single, 1967)
"Astronomy Domine" (1º disco)
"Interstellar Overdrive"(1º disco)
"Bike"(1º disco)
"Set The Controls For The Heart of The Sun" (2º disco)
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