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by Brunelson
Apesar do seu estoque crescente, NIRVANA ainda era relativamente desconhecido fora de sua cidade natal e região, onde as poucas pessoas que conseguiram vê-los se apresentar ao vivo durante esse período emocionante e ainda no âmbito underground, sem dúvida, irão refletir sobre essa vivência todas essas décadas depois.
Para aqueles de nós que não tivemos a sorte de estar lá ao vivo e a cores presenciando marcas históricas do rock no palco a nossa frente, felizmente há uma infinidade de filmagens no Youtube que é a coisa mais próxima que podemos chegar em ver Kurt Cobain e a sua banda, antes de ascenderem ao estrelato após o lançamento do álbum "Nevermind" em 1991 (2º disco).
Porém, quando esse disco foi relançado internacionalmente pela nova e super gravadora do NIRVANA em 1992, a Geffen Records, o mesmo alcançou a posição nº 89 no ranking principal da Billboard, chegando em 33º lugar na parada de álbuns do Reino Unido e no 34º lugar no ranking de álbuns na Austrália.
Mas antes do lançamento do álbum "Nevermind" com o NIRVANA ficando conhecido no mundo inteiro, o disco "Bleach" tinha vendido "somente" 40 mil cópias em todo o mundo, mas após o sucesso cósmico do álbum "Nevermind", milhões de novos fãs do mainstream em todo o mundo sintonizaram a MTV e as rádios para comprar e escutar o disco "Bleach" e o mesmo vender mais de 1,9 milhão de cópias apenas nos EUA.
E uma das músicas que foram lançadas no álbum "Bleach" e que se tornaria figurinha carimbada em todos os shows do NIRVANA até o seu final em 1994, foi "Negative Creep", reconhecidamente um dos momentos de destaque do disco e uma de suas melhores canções.
A música mostra Cobain escrevendo sobre si mesmo de uma maneira franca e brutalmente honesta, um método que foi inovador em 1989 e que se tornaria parte de sua personalidade como escritor. É uma questão lírica e sonora tão sincera e crua, que são elementos que enfatizam a razão pela qual o NIRVANA era tão identificável para muitas pessoas ao redor do planeta.
“A 1ª vez que ouvi o disco 'Bleach', me lembro de virar para os meus amigos e dizer: 'Temos que começar a escrever músicas melhores em nossa banda'. Sabe, foi uma mudança total de perspectiva e definitivamente arrancou uma folha de papel do meu bloco mental de notas”, lembrou Homme em uma entrevista para a revista Rolling Stone.
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